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      Eduardo Guimarães

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      Francisco trouxe seriedade à religião

      Francisco ousou defender os que não têm voz, escreve o colunista Eduardo Guimarães

      Mulheres passam por um retrato do Papa Francisco - 25/02/2025 (Foto: REUTERS/Shannon Stapleton)

      Por Eduardo Guimarães - Não é preciso falar muito para ressaltar a obra do portenho Jorge Mario Bergoglio. Seu maior feito foi ter coragem de dizer o que nenhum outro líder religioso diz, sua coragem em combater o deletério fanatismo religioso que empurra a humanidade para o abismo.

      Em um mundo em que lideranças religiosas exploram o fanatismo e (literalmente) demonizam os mais fracos, como os LGBTQIA+, as mulheres que recorrem a interrupção das gravidezes que não podem levar adiante e as que são transformadas em seres inferiores pelo patriarcado de extração medieval que ainda infecta TODAS as sociedades, Francisco ousou defender os que não têm voz. 

      Neste momento, o mundo assiste, atônito, ao ódio insano de Donald Trump contra populações homo e trans, chegando ao ponto de atacar instituições centenárias como Harvard em sua sanha punitivista contra aqueles que não fazem mal a ninguém ao serem quem são. Eis que Francisco levanta a voz e aponta o dedo da razão e do amor ao próximo contra a ferocidade infernal do autocrata estadunidense. 

      Francisco atraiu o ódio do capitalismo selvagem ao dizer uma verdade que gente supostamente mais civilizada que Trump quer esconder: o comunismo é a expressão do que pregou Jesus Cristo nos textos históricos que contêm relatos sobre aquele que o cristianismo reputa como Filho de Deus. 

      O principal feito de Jorge Mario Bergoglio, ora imortalizado como Francisco, foi tornar a religião o que ela deveria ser – e, raramente, o é. Amor ao próximo, compaixão pelos mais fracos, voz dos que não têm voz, vez dos que não têm vez. 

      O corpo mortal de Francisco nos deixou, mas o seu espírito se agigantou com seu ocaso físico, tornando-o imune ao ódio daqueles que ele combateu com amor, serenidade, generosidade e uma força moral que torna inútil canhões,

      bombas e riqueza dos que tentam subjugar a humanidade aos seus desígnios inconfessáveis. 

      Descansa em paz, Francisco. Sua obra é imortal e você continuará vivo em cada um dos que anseiam pelo mundo que você tentou ajudar a construir.

      * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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