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Marcus Pestana

Deputado federal e presidente do PSDB mineiro

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Futebol: espetáculo, negócios e responsabilidade

O retrato do futebol brasileiro hoje está a léguas de distância da coreografia mágica das seleções de 1970 ou 1982. O vexame nos 7×1 contra Alemanha acendeu o sinal amarelo

Seleção brasileira em partida conta o Japão no Singapore National Stadium. Foto: Rafael Ribeiro / CBF (Foto: Marcus Pestana)
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O futebol é a grande paixão nacional. Das peladas de rua às finais dos grandes campeonatos, a população respira e transpira futebol. Este é o país de Pelé, Garrincha, Tostão, Reinaldo, Dirceu Lopes, Leônidas da Silva, Zico, Romário e Ronaldo. O pentacampeonato nos encheu de alegria e orgulho. Times de massa, como Flamengo ou Corinthians, são verdadeiras “religiões”. Disputas como as de Cruzeiro e Atlético, Grêmio e Internacional ou Flamengo e Fluminense dividem cidades ao meio. Como disse o grande poeta da música mineira: “Brasil está vazio na tarde de domingo, né? Olha o sambão, aqui é o país do futebol”. A verde e amarela encarna o sentimento de nação. Nas palavras de Nelson Rodrigues, “a seleção é a pátria de chuteiras”.

Mas, além de paixão popular, o futebol se transformou em um grande campo de negócios, mexendo com milhões e milhões de reais e configurando uma nova cadeia produtiva, a economia do futebol. Os tempos do amadorismo e do “amor à camisa” se foram. O futebol deixou de ser campo da ingenuidade presente nos dribles e nas fantasias de um Garrincha e virou, sobretudo, “business”.

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O retrato do futebol brasileiro hoje está a léguas de distância da coreografia mágica das seleções de 1970 ou 1982. O vexame nos 7×1 contra Alemanha acendeu o sinal amarelo. A desclassificação da Copa América piscou a luz vermelha. A crise econômica de nossos principais clubes apimenta o quadro preocupante, às vezes, desanimador. A corrupção em larga escala na Fifa e na CBF chama a atenção para a necessidade de profissionalização e boa governança no futebol. Transparência e seriedade são fundamentais para honrar o amor do torcedor ao futebol e assegurar um ambiente de credibilidade. Ainda bem que os grandes clubes mineiros foram pioneiros na modernização dos métodos de gestão e são citados como exemplo por meu amigo, atual assessor da CBF e ex-deputado, Walter Feldman.

A abordagem à questão da profissionalização e moralização do futebol foi o que inspirou a Câmara dos Deputados na votação da Medida Provisória 671, que instituía o Profut, relatada pelo deputado Otávio Leite (PSDB-RJ).

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Aproveitando o parcelamento das pesadas dívidas, foi introduzida uma série de contrapartidas na direção da boa governança.

Respeito a contratos, ficha limpa no futebol, seriedade nas relações profissionais, limites orçamentários com gastos de pessoal, inibição da antecipação de receitas, transparência contábil, valorização dos conselhos fiscais, meta de redução do déficit financeiro, constrangimento à perpetuação no poder de dirigentes, estímulo ao futebol feminino e às categorias de base, criação de fonte para novas práticas (Lotex), estímulo à migração para sociedade empresária, novos mecanismos de fiscalização, combate ao nepotismo, proteção ao patrimônio dos clubes, valorização e transparência na escolha dos árbitros, democratização de decisões – esses são alguns dos avanços obtidos com a nova lei.

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