Futuro da articulação política intriga parlamentares, que defendem nome mais alinhado ao Congresso
O líder do MDB na Câmara, Isnaldo Bulhões, é o mais citado por colegas de Plenário, inclusive do PT, por ser considerado habilidoso nas negociações
Depois de dar o pontapé na reforma ministerial, ao substituir Nísia Trindade por Alexandre Padilha, o presidente Lula precisa agora definir o nome que assumirá a articulação política do governo. Há uma série de especulações sobre se Lula adotará o caminho de manter um petista na pasta ou se cederá o espaço para um nome de fora do partido, essa última opção bastante defendida por parlamentares.
O líder do MDB na Câmara, Isnaldo Bulhões (MDB-AL), é o mais citado por colegas de Plenário, inclusive do PT, por ser considerado habilidoso nas negociações, ter bom trânsito em todos os partidos e, além disso, ser um deputado governista. Também pesa a favor dele a relação de amizade com os presidentes da Câmara e do Senado. O cargo, no entanto, é considerado delicado, por expor o ministro a críticas e reclamações na ausência de entregas e promessas não cumpridas. Padilha, por exemplo, foi algo de artilharia pesada e de uma fritura pública por parte de Arthur Lira, ex-presidente da Câmara.
Os petistas, no entanto, não querem perder o espaço para o chamado Centrão e defendem que o indicado seja um nome do partido, com relação de confiança com o presidente Lula, já que é alguém com quem o presidente precisa despachar diariamente. Neste caso, estão no páreo Gleisi Hoffmann e José Guimarães. O problema é que nenhum deles consegue apontar o rumo que Lula adotará.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.




