Fux ‘mata no peito’, golpe, luta de classe e rapinagem, os golpistas e a história como ela é
Não se enganem. Luiz Fux, ministro do STF, é uma peça importante da direita e da extrema direita no tabuleiro político e ideológico no Brasil
‘In Fux We Trust’ significa ‘Supremo Com Tudo’. É simbólico, foi real e continua real na Segunda Turma do STF.
Não se enganem, meus caros. Luiz Fux, ministro do STF, é uma peça importante da direita e da extrema direita no tabuleiro político e ideológico no Brasil. O magistrado está aí para atender às demandas da burguesia nacional, que é a própria direita, sendo que a causa principal dos herdeiros da casa grande escravagista é a efetivação de políticas neoliberais que, evidentemente, suspendem os investimentos públicos e eliminam os direitos sociais conquistados pouco a pouco pelos brasileiros no decorrer de quase um século, principalmente a partir do primeiro governo do estadista Getúlio Vargas.
Fux age como um enclave dentro do STF, a juntar-se a dois magistrados conservadores que atuam na 2ª Turma da Corte e que são ligados aos interesses da direita brasileira e, por sua vez, à burguesia que luta para que seus inúmeros interesses se sobreponham aos interesses da maioria do povo brasileiro, que é transformar o estado em um estado mínimo.
Um estado, sobremodo, voltado para atender os ricos e concretizar seus negócios para enriquecê-los ainda mais, tanto no que concerne à riqueza financeira quanto no que é relativo ao acúmulo patrimonial, a manter, indefinidamente, o Brasil como um País não merecedor de um projeto real de desenvolvimento. Isto é ser Luiz Fux. Ele é a cara da “elite” econômica deste País. Fux trabalha e sempre trabalhou para o establishment — o status quo.
Dito isto até o momento, quero reafirmar que o ministro Luiz Fux evidenciou para o País suas últimas duas ‘jogadas’ como ministro da Primeira Turma de tantas jogadas que o magistrado lavajatista e bolsonarista dos quatro costados colocou em prática no STF. Fux entrou em campo e ‘matou no peito’ por intermédio do seu voto pleno de incoerência e partidarismo, quando no decorrer de 13 horas sem permitir intervenções de seus pares inocentou o chefe da organização criminosa, Jair Bolsonaro.
Não importaram ao lavajatista Fux as investigações da Polícia Federal, as denúncias e relatório robusto da Procuradoria-Geral da República, que esclareceram que Bolsonaro e sua escória organizaram um golpe de estado para se manter no poder com a intenção de dar início a um regime ditatorial no Brasil. Ou algum oligofrênico ou celerado acha que um mandatário efetiva um golpe para se manter no poder vai preservar a democracia e o estado de direito? Óbvio que não. Golpistas desejam ditaduras como os famélicos desejam se alimentar.
Não satisfeito de realizar ações tão abomináveis e lamentáveis durante o julgamento em que por 4 votos a 1 Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão, o bolsonarista e lavajatista Luiz Fux nesses dias recentes pediu revisão (gramatical) de seu voto a favor de Bolsonaro com o propósito malévolo de procrastinar a publicação do acórdão, ou seja, adiar dentro do possível o encarceramento do ex-presidente de ideologia fascista, que passou quatro anos no poder a tripudiar em cima das instituições republicanas, da sociedade brasileira e a prejudicar de todas as formas e maneiras os interesses de soberania do Brasil e de emancipação do povo brasileiro, a cometer crimes em série, que serão em seu tempo investigados para serem posteriormente julgados.
Todavia, o STF ignorou a solicitação de Fux para fazer revisões gramaticais de seu voto pró-Bolsonaro e publicou, sem perder tempo, o acórdão de condenação do ex-presidente que militarizou seu governo, que também primava por um aspecto perigosamente policialesco. Por sua vez, a defesa do ex-presidente terá cinco dias para apresentar recursos, sendo que são grandes as chances de Bolsonaro e comparsas do seu bando irem para o presídio da Papuda até o fim de 2025.
A outra jogada recente do nobre ministro “In Fux We Trust” foi o pedido ao presidente do Supremo, Edson Fachin, para que ele possa se transferir da Primeira Turma para a Segunda Turma do STF. Fux foi atendido por Fachin em sua empreitada malignamente política e agora o juiz vai para perto dos “seus”. Dessa maneira ladina e evasiva, Fux passará a compor politicamente com os dois ministros alinhados com a extrema direita, a exemplo de Nunes Marques e André Mendonça, realidade perigosa porque permite dar início à luta política e ideológica na Corte em prol de atender os interesses da extrema direita, que tentou com violência dar um golpe de estado em 8 de janeiro de 2023.
Desse modo, a Segunda Turma do Supremo passará a contar com três votos dos cinco e, por seu turno, garantir os interesses da direita e da extrema direita, que, como todo mundo sabe, têm como principais projetos submeter o Brasil como colônia alinhada automaticamente aos Estados Unidos, diminuir o estado brasileiro de maneira que ele apenas atenda à burguesia e entregar o patrimônio público e as riquezas do País para deixá-lo eternamente na condição de exportador de commodities, porque é e foi dessa maneira que os escravagistas deste País em todas as épocas ganharam muito dinheiro e controlaram o poder central e os governos dos estados.
Portanto, a Segunda Turma do Supremo passaria a ser um enclave político e ideológico ultrarreacionário e de compleição golpista a serviço de grupos autoritários e reacionários dentro do Tribunal, mas ainda com franca minoria quando se tratar de votações com a presença dos 11 ministros no pleno da Corte. Controlar politicamente um Tribunal de máxima grandeza como o STF, mesmo que seja por meio de apenas uma turma em um Brasil há anos a enfrentar uma direita fascista com vocação para efetivar golpes de estado.
Todo esse processo dantesco é essencial para que os interesses da burguesia sejam atendidos, bem como de seus sócios do exterior, notadamente os Estados Unidos, que neste momento enfrenta a China, a Rússia, o Brics, está a desdenhar da União Europeia, reprime violentamente os palestinos ao apoiar o governo sanguinário e genocida de Israel, ameaça a soberania da Ucrânia, a exigir a extração de terras raras, cerca militarmente a Venezuela, além de confrontar a Colômbia.
Evidentemente, toda essa arrogância e prepotência não parou por aí e, obviamente, o governo de Trump tentou intervir no Brasil, quando sobretaxou produtos brasileiros em incríveis 50% e ainda impôs a Lei Magnitsky ao ministro Alexandre de Moraes, seus familiares e a outras autoridades brasileiras aparentemente por causa do golpista e traidor da Pátria Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo, apesar que recentemente, após o encontro de Lula com Donald Trump em Kuala Lumpur, na Malásia, o Senado dos EUA aprovou projeto de lei para encerrar as tarifas cobradas por Trump contra o Brasil. Contudo, a matéria passará pelo crivo da Câmara e depois pelo presidente dos EUA. Mas não deixa de ser um sinal de recuo por parte dos yankees, muitos deles de extrema direita.
Trump espalha por intermédio da ameaça e da força seus tentáculos que buscam o controle geopolítico da América Latina, riquezas e lucros para os grupos multinacionais dos Estados Unidos que se confundem com o próprio estado norte-americano, principalmente quando se trata de petróleo, de terras raras, de controle dos mercados internos de outras nações e de combate aos governos de esquerda, que se recusam colocar o cabresto hermeticamente fechado e historicamente colocado pelos sucessivos governos estadunidenses nos países da América Latina, que é uma maravilha cultural, multifacetada, diversificada, com amplas reservas minerais e florestais, além de ser multirracial com vocação para o desenvolvimento.
Nesse estado de coisas se encontra o Brasil, um País poderoso economicamente cujo povo é vítima de sua burguesia, a dona da casa grande, responsável por uma das maiores concentrações de renda e riquezas do mundo. Obviamente que o Brasil é alvo dos interesses econômicos e geopolíticos do governo e do estado estadunidenses, que têm interesse no petróleo nacional (Margem Equatorial/Pré-Sal), além de querer dominar o imenso mercado interno brasileiro, cujas empresas nacionais de grande porte foram severamente sabotadas com o propósito de não ganharem mercados tanto internamente quanto no exterior.
Refiro-me à dura realidade acontecida contra os interesses do Brasil após a deposição de Dilma Rousseff, quando a quadrilha dos bandidos da Lava Jato realizou o papel sujo de sabotagem às grandes empresas brasileiras, principalmente as companhias dos importantes setores, a exemplo da construção civil, petróleo e gás, indústria de transformação e indústria naval, sendo que a Petrobrás começou a ser criminosamente predada com vendas de suas subsidiárias de grande importância estratégica, assim como a indústria naval praticamente fechou.
Trata-se realmente de governos criminosos e traidores da Pátria, nas pessoas de Michel Temer, vulgo Vampiro, e Jair Bolsonaro, vulgo Bozo. O Bozo vai mofar na cadeia e o Vampiro até hoje usufrui da vida como se nada tivesse acontecido, porque se encontra livre, leve e solto, o que é um deboche — acinte. Usurpador do poder, golpista e traidor inconsequente e irresponsável, foi Temer e sua equipe econômica de vândalos que deram um golpe de estado para impor ao Brasil um choque ultraneoliberal, que foi radicalizado posteriormente pelas mãos de Paulo Guedes, do governo fascista e militarista de Jair Bolsonaro. Eles entregaram o Pré-Sal, venderam inúmeras subsidiárias da Petrobras, entregaram de mão beijada a Eletrobras para a iniciativa privada dominada por capitalistas picaretas, que somente pensam no lucro doa a quem doer.
Entretanto, aproveitaram-se das ações bandoleiras da quadrilha da Lava Jato, uma escória de procuradores e juízes que por interesses políticos, financeiros e ideológicos intervieram ilegalmente no sistema político e eleitoral brasileiro e cooperaram, e muito, para que as empresas nacionais fossem à bancarrota, perdessem mercados dentro e fora do Brasil para empresas estrangeiros, sendo que 4,44 milhões de empregos foram extintos e as maiores construtoras brasileiras perderam 85% da receita, bem como as grandes indústrias frigoríficas foram quase aniquiladas. Ao invés de prenderem os ladrões, resolveram criminosamente destruir as grandes empresas nacionais.
O resultado da traição contra os interesses do País e das ações criminosas perpetradas pela quadrilha da Lava Jato mancomunada com os interesses dos EUA foi uma verdadeira tragédia e proporcionou a maior pilhagem das riquezas do País de todos os tempos, que causou, inclusive, o retorno do Brasil ao mapa da fome. Ladrões famigerados passaram o rodo no Brasil, os preços de produtos variados, da gasolina, do óleo e dos alimentos subiram exponencialmente e inúmeros produtos alimentícios e de limpeza, por exemplo, tiveram suas embalagens e pesos diminuídos, mas os ladrões do empresariado mantiveram os preços, sendo que muitos deles resolveram aumentá-los. Até as malas de passageiros de avião resolveram cobrar e, pode crer, bastante caro. A direita política e o empresariado assaltaram virulentamente o País.
A “elite” escravocrata brasileira, dona da Casa Grande, roubou a população brasileira sem dó e piedade, vorazmente e ferozmente, como jamais fez na história da República, volto a ressaltar. O golpe dos fascistas neoliberais foi a maior rapinagem dos tempos contemporâneos, porque a vontade para roubar com grande apetite e entregar o patrimônio público, que é o roubo dos roubos, era e continua a ser estratosférica. Após os 14 anos de governos trabalhistas a controlar o poder central, a direita deu um golpe contra a ordem democrática e arrombou a porta do Estado brasileiro para dar início ao grande roubo da Nação brasileira, a começar por desmantelar o estado e desconstruir, por intermédio do bloqueio e da diminuição de diversos orçamentos destinados a instituições, estatais, órgãos, fundações e corporações brasileiras, civis e militares.
Roubaram como nunca roubaram, a exemplo da entrega do Pré-Sal, e mataram como nunca mataram, como fizeram por meio do terror exemplificado nas mais de 700 mil mortes por Covid-19. A direita e a extrema direita mostraram, sem censura e tão claramente como uma manhã de sol suas ações malévolas sem disfarçá-las, manipulá-las ou tentar escondê-las, apesar das mentiras que reproduzem o caráter pernicioso e sombrio de governos e partidos direitistas, principalmente nas redes sociais, quando perderam definitivamente a vergonha na cara e passaram a repercutir sem qualquer filtro, de forma transparente, que a burguesia e a classe média brasileiras, a direita partidária, a grande imprensa de mercado, os grandes empresários das cidades e os latifundiários (agronegócio) são indelevelmente preconceituosos e odeiam profundamente o povo brasileiro e seus milhões de trabalhadores, aposentados e estudantes.
Odeiam também os negros, as mulheres, os indígenas, os gays e os pobres. Juntaram-se, como sempre, à luta de classe perpetrada pela alta burguesia de interesses essencialmente econômicos, os setores e segmentos a seguir: Forças Armadas, Judiciário, MPF, polícias (PF, PRF, Polícia Civil, Polícia Militar), Médicos (CFM, CRMs) que chegaram ao ponto de compactuar criminosamente com a loucura de receitar cloroquina e ivermectina na crise da Covid-19, imprensa de negócios privados e de caráter golpista dos patrões bilionários e, incrivelmente, lideranças da OAB, dos muitos advogados coxinhas, preconceituosos, reacionários e classistas, que se revelaram golpistas e, o mais lamentável, fascistas. Sequestraram o Direito para apoiar golpe de estado e se imiscuírem na luta de classe, sempre a tomarem partido das “causas” dos ricos, evidentemente.
Esses canalhas odeiam o povo brasileiro e seus milhões de trabalhadores e aposentados, que para essa “elite” golpista e ordinária, que agiu e atuou como malfeitora ou delinquente de alta periculosidade, os trabalhadores só servem para trabalhar de maneira subserviente, sem direitos garantidos e proibidos de reclamar em busca de ascender socialmente e assim terem acesso a uma vida de melhor qualidade. Se os patifes pudessem, retornariam aos tempos da escravidão ou da República Velha, com gosto e prazer, a soltar fogos enquanto mantêm como reféns pessoas com salários baixíssimos que engolem humilhações para garantir a comida do dia a dia de suas famílias, e olhe lá!
Primeiro, volto a lembrar, roubam o povo pobre deste País rico. Afinal, roubaram do Brasil o Pré-Sal, Eletrobras, Telebras, CSN, Vale do Rio Doce etc. Agora os colonialistas e imperialistas daqui e de fora estão de olho no petróleo da Margem Equatorial, que, segundo os técnicos e pesquisadores de universidades federais e da Petrobras, suas reservas são maiores do que as do Pré-Sal. Porém, fica-se a saber que não faltarão no Brasil os traidores, os subservientes e os lacaios da pior espécie, que farão tudo para sabotar a Petrobras e o governo nacionalista e trabalhista de Lula-3.
Portanto, atenção: se a direita e a extrema direita chegarem ao poder, prepara-se, porque acontecerão perseguições políticas e profissionais severas, bem como a entrega do patrimônio público e das riquezas do País serão realizados a toque de caixa, como também os preços dos alimentos subirão como foguetes e os programas sociais e os orçamentos direcionados à proteção do meio ambiente e tudo o que comporta nele serão francamente sabotados e até mesmo extintos, bem como a reforma agrária será literalmente paralisada e grupos como MST, MTST, indígenas e as minorias em geral serão severamente sabotados em seus direitos e perseguidos com violência pelos fascistas civis da sociedade brasileira, pelos políticos de direita e pelas polícias.
Lembre-se, uma das primeiras decisões do desgoverno corrupto de Michel Temer, um sujeito golpista e usurpador de marca maior, foi dar um choque ultraneoliberal na economia, bem como a primeira medida que o fascista e golpista Jair Bolsonaro realizou foi extinguir o Ministério do Trabalho e todos os ministérios ou órgãos que cuidam das minorias, além de estrangular financeiramente as universidades públicas e os órgãos de fiscalização de inúmeros setores e segmentos, bem como liberou as armas que hoje estão nas mãos de milicianos e traficantes por intermédios dos CACs e do afrouxamento da fiscalização nas fronteiras secas em todo o País, nos portos e aeroportos. Entendeu, cara-pálida? Ou quer que eu desenhe?
Por sua vez, voltemos ao Luiz Fux, figura central deste artigo e um juiz lavajatista e alinhado aos interesses da direita política e empresarial deste País no Supremo Tribunal Federal. Evidentemente que o STF não está fora desse processo político, geopolítico e econômico, bem como trata de questões relativas à luta de classe, porque também é um balizador de conflitos que requerem intervenções, mas sempre a pender para os interesses da burguesia, a depender do juiz, que pode ser como o Luiz Fux ou o Nunes Marques ou o André Mendonça, magistrados que se sentem muito à vontade no campo da direita e fazem o contraponto aos juízes considerados legalistas e progressistas.
Esses juízes deixaram claro com suas palavras, ações e julgamentos que, sem sombra de dúvida, estão ao lado dos interesses não somente das “elites” econômicas, mas dos políticos que formam o grupo bolsonarista, o mesmo que tentou um golpe de estado em janeiro de 2023, assim como antes do quebra-quebra dos palácios da República aconteceram ações de violência e atentados contra uma unidade da Polícia Federal e graves ações com coquetéis molotovs e episódios de quebradeiras no centro de Brasília, na rodoviária e em setores comerciais, além da tentativa de explodir bomba no aeroporto, bem como um homem morreu perto do STF ao explodir um artefato. Trata-se de ações da intentona bolsonarista de extrema direita, que explodiu finalmente na Praça dos Três Poderes.
Afinal, o mais poderoso Tribunal do País decide sobre incontáveis interesses de poder e monta por parte de um influente empresariado que financia políticos importantes, principalmente os do campo da direita. Sendo assim, prejudicar e até mesmo tentar impedir que um governo como o de Lula-3, profundamente democrático e que luta por igualdade e soberania não tenha facilidade para executar seus projetos, planos e programas de governo, tanto em âmbito interno quanto externo, é realmente uma questão de ordem na agenda do establishment brasileiro.
A direita deste País e seus aliados internacionais querem impor o neoliberalismo, desmontar o estado nacional e se submeter para se alinhar aos ditames dos interesses econômicos e geopolíticos dos Estados Unidos, como faz o presidente argentino Javier Milei, assim como fez em seu tempo de assombros econômicos e misérias humanas o agora presidiário Jair Bolsonaro, que não está ainda na Papuda, mas antes de ir para lá está à espera em sua casa há meses sem poder sair e a portar uma tornozeleira eletrônica.
A verdade é que, sem margem para dúvida, a atuação dos três ministros bolsonaristas sempre foi em defesa dos golpistas de 8 de janeiro, da ralé do quebra-quebra dos palácios e das autoridades que promoveram a intentona bolsonarista e toda a inconsequência e irresponsabilidade que essa gente rasteira e canalha impôs ao Brasil. Não se sabe ainda o que o presidente do Supremo Edson Fachin vai decidir, mas que é temerário deixar metade dos processos do STF nas mãos de ministros alinhados à extrema direita é realisticamente temerário.
Parece que Luiz Fux não poderá carregar consigo os processos que já tiveram início, a exemplo da Trama Golpista. Mesmo em minoria, porque são apenas três dos 11 ministros, Fux, Nunes e Mendonça controlariam 50% do Supremo se votarem rotineiramente de forma alinhada na Segunda Turma, a atenderem os interesses da extrema direita de propósitos golpistas, que até hoje, a despeito de tudo o que aconteceu, atua no Congresso sempre com foco no golpismo, na divisão da sociedade brasileira, no ódio, na mentira e, se puder, toma de assalto o Legislativo como tentaram quando ocuparam criminosamente a Mesa Diretora da Câmara e assim interditaram os trabalhos do plenário.
Dito isto, vamos à continuidade do artigo que trata sobre um juiz que esteve também ao lado da turma de Sérgio Moro, Deltan Dallagnol e Cia, dois personagens que envergonharam a Justiça e o Ministério Público.
O ministro Luiz Fux, do STF, parece ser um cidadão bom de bola, mas, creio eu, que de todos os fundamentos do futebol que tornam um jogador bom de bola, Fux demonstra ter o pleno domínio de uma jogada: a matada no peito! Sim, meus camaradas, o magistrado lavajatista do Supremo, que adentra o gramado sempre a se posicionar pela direita, ‘mata no peito’ como ninguém.
Porém, Fux revelou recentemente que seu domínio sobre tal jogada não prima muito pela categoria que ele diz ter. Portanto, o juiz da Suprema Corte me leva a dizer que ele é um jogador verdadeiramente perna de pau, a começar pela sua incoerência proposital quando se trata de seus julgamentos, que têm por ‘princípio’ condenar as pessoas de acordo com as circunstâncias e interesses políticos.
A verdade é que o ideológico juiz Luiz Fux há muito tempo politizou suas considerações, observações e pensamentos quando se trata de julgar, principalmente as pessoas que atuam e agem nos campos da direita e da esquerda, mas quase sempre a sinalizar para a direita e a defender o que é indefensável e justificar o que é injustificável, de uma maneira medíocre e desastrosamente imponderável.
Tais fatos e realidades são nítidos e às claras, porque Luiz Fux não se faz de rogado quando tem de decidir conforme seu partidarismo e ideologia, como demonstrou inúmeras vezes em sua carreira cheia de polêmicas, quando um juiz deveria ser discreto, silencioso e dedicado a fazer, de fato, justiça, coisa que Fux não faz, porque ele está empenhado em criar situações de ordem política e, com efeito, causar ainda mais polêmica em uma sociedade há mais de 10 anos dividida
A intenção de Fux é dar fôlego ao embate político perpetrado incansavelmente pelo bolsonarismo, que age como uma seita violenta de fanáticos, que mistura política com religião e inferniza a vida brasileira por meio de pautas falsas moralistas há uns 10 anos. Todo mundo vê e percebe esse estado lamentável de coisa, menos o Luiz ‘Mata no Peito’ Fux — o famoso ‘In Fux We Trust’ dos membros da escória da Lava Jato.
Ao agir desse modo deletério, Fux fortalece a oposição bolsonarista de extrema direita no Congresso, bem como setores reacionários da burguesia, como tal juiz fez nos tempos da Lava Jato. Trata-se de segmentos reconhecidamente insidiosos que querem porque querem que golpistas e usurpadores sejam anistiados e desse modo se manterem politicamente por meio da impunidade, mesmo após uma tentativa de golpe de estado, com autoridades marcadas para morrer, dentre elas o presidente Lula e o ministro-relator da trama golpista no STF Alexandre de Moraes, além do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin.
Por sua vez, mais um episódio da politização das ações de Fux ocorreu há pouco tempo no julgamento em que Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de cadeia e, com efeito, o juiz de direita envergonhou o tribunal e a sociedade brasileira, quando todo mundo sabe que o magistrado foi duríssimo com a lumpesinato golpista, ou seja, a escória travestida de verde e amarelo que invadiu e destruiu os palácios dos Três Poderes, com o propósito de efetivar um golpe de estado.
Fux, para quem não sabe, condenou com penas pesadas a ralé reacionária que orava, ridiculamente e perversamente, nos muros dos quartéis para que houvesse um golpe de estado, como se não bastasse a ultraviolência dos militares e seus cúmplices civis no decorrer da ditadura iniciada em 1964. Essa gentalha esquizofrênica e histérica, que saiu dos subterrâneos pútridos da classe média e da classe baixa para formar inúmeras quadrilhas em todo o território nacional, penou nos julgamentos de Fux, que condenou sem dó e piedade todos os bolsonaristas fanáticos que foram presos nos presídios da Colmeia e da Papuda, porque condenados há muitos anos de prisão.
Essa gente desmilinguida tinha a ilusória esperança que as tropas do Exército saíssem dos quartéis para garantir que Bolsonaro, um político fascista, permanecesse no poder, de forma autoritária para dar fim à democracia e ao estado de direito. Surreal! Em pleno século XXI, o Brasil foi vítima de uma intentona fascista de essência também religiosa, porque grande parte desse pessoal sem eira nem beira se autodenomina “cristã” evangélica.
Certamente que algo está errado no quartel de Abrantes e, evidentemente, que essa realidade tem de ser avaliada, ponderada e investigada pelo poder público, pois é público, notório e histórico que a fusão de religião com política é uma bomba sempre prestes a ser detonada para explodir. E quem sabe disso? Todo mundo, evidentemente, mas os golpistas, que são criminosos, realmente não se importam com isso, porque acreditam que por meio do autoritarismo vão se beneficiar, de uma forma ou de outra. É assim que a banda toca para esse tipo de gente imoral e criminosa.
Contudo, a despeito de tudo o que disse até este parágrafo, Fux continua a matar no peito e a tigrada grita: ‘In Fux We Trust!’, especialmente quando resolveu absolver Jair Bolsonaro de seus graves crimes contra o Brasil, enquanto condenava, no mesmo processo em julgamento, o tenente-coronel Mauro Cid, que foi ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, ou seja, uma pessoa que fazia parte do núcleo mais íntimo do ex-presidente de extrema direita, que tentou dar um golpe de estado contra o presidente Lula, no início de 2023.
Não é incrível, cara-pálida? O oficial subalterno a Bolsonaro, que ocupava o cargo estratégico de ajudante de ordens, que estava sempre presente no Palácio do Planalto, que conversava presencialmente, pela internet e por telefone com inúmeras autoridades militares e civis, que realizava atividades até de transferência de dinheiro para Michele Bolsonaro, sem aqui fazer qualquer juízo de valor quanto à questão dos repasses financeiros, que estão sendo investigados, foi condenado por Fux e o seu chefe direto, Bolsonaro, não. Então, gritemos alto e bom som: ‘In Fux We Trust!’
A frase ‘In Fux We Trust!’ foi dita com espírito de regozijo — comemorativo —, como saudação entre a tigrada que compunha a perigosa organização criminosa Lava Jato, chefiada pelo juiz de primeira instância Sérgio Moro e pelo procurador Deltan Dallagnol, ambos integrantes da escória que apodreceu a Justiça e o MPF do Paraná, com seus atos persecutórios e criminosos, como depois ficou mais do que comprovado pela própria Justiça.
A mesma Justiça que está a cuidar de Moro, vulgo Marreco ou Russo, e de Dallagnol, vulgo Bispo, que saiu em um rompante do Ministério Público para escapar de ser punido com demissão e assim ficar apto para concorrer à eleição para deputado federal, quando se elegeu, mas a Justiça cassou seu mandato, por considerar que esse sujeito golpista e mentiroso (vide o powerpoint de sua autoria contra o Lula) deu uma de ‘esperto demais da conta’, como dizem os mineiros, mas o TSE o cassou até o ano de 2031 e assim Dallagnol está a perceber que ele não pode fazer tudo o que quiser e quer, sem antes ser solenemente punido por seus maus atos perante a sociedade.
Todavia, o assunto central é o juiz do Supremo, Luiz Fux, que disse a autoridades do primeiro governo de Lula que sabe “matar tudo no peito”. É que o juiz lavajatista queria ser ministro do Supremo. Puro interesse. A verdade é que Fux é bolsonarista, ideológico, de direita, lavajatista até a medula, além de interlocutor da Globo e de grandes empresários no STF, porque além de ser um juiz do Rio de Janeiro, ele é um cidadão que frequenta os salões da alta burguesia carioca e brasileira.
Fux é jogador e por isso mata no peito o Mensalão, que foi uma tentativa de golpe contra Lula em 2005, assim como destruiu José Dirceu e João Paulo Cunha, sendo que Dirceu poderia ser candidato a presidente da República; Fux mata no peito o general Villas Bôas, que fez ameaças ao STF se liberassem o Lula da prisão; Fux mata no peito a Débora do Batom e seus aliados de baderna e golpe; Fux mata no peito o Bolsonaro e seu bando de golpistas para livrá-los da cadeia; Fux mata no peito a Lava Jato golpista, responsável por crimes em série; Fux mata no peito o Moro e o Dallagnol, líderes da escória da Lava Jato; Fux mata no peito o Lula quando votou sistematicamente contra sua liberdade mesmo ele sendo inocente; Fux mata no peito o golpe de estado contra Dilma Rousseff; Fux mata no peito e anula a condenação da Globo a pagar R$ 3,5 milhões ao novelista Euclydes Marinho; pois Fux foi contra a decisão da Justiça do Trabalho e assim atender os bilionários irmãos Marinho. Fux mata no peito! “In Fux We Trust!” É isso aí.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
