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Nuno Nunes

Filósofo, Escritor e Mestre em Educação e Comunicação pela UFSC, Doutorando em Planejamento pela UDESC. É colunista de geopolítica do portal Tribuna Universitária

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Geopolítica: punitivismo de Moro e Heleno via Big Data

(Foto: MJSP)
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Difícil entender a realidade

Para entendermos o que está acontecendo no Brasil é preciso entender quem pensa e atua por Jair Bolsonaro, eleito presidente do Brasil em 2018 apenas por que Moro prendeu Luis Inácio Lula da Silva. Bolsonaro e seus filhos lutam para manter sua utilidade de presidente da República na estrutura medieval que Moro e Heleno estão tentando implementar no Brasil, sob o comando dos militares dos Estados Unidos da América. Neste plano, o presidente seria como um Rei num reino ocupado por um Imperador. No neocolonialismo neoliberal que vivemos desde Fernando Henrique Cardoso, o Império não precisou fazer guerras de ocupação ou derrotar o Rei do Brasil. Apenas elegeu um Rei que aceite que seu país seja um sub-império, ou melhor, uma colônia.

Lula aproveitou que os Imperadores Bush Filho e Obama estavam imperando sobre o Oriente Médio, onde causaram confusão para impedir que a produção de petróleo aumentasse e, assim, o preço diminuísse e, junto, o valor do Dollar que é atrelado ao petróleo. Dilma não teve a mesma sorte, pois herdou de Lula em 2011 um reino com o pré-sal recém descoberto e que poderia jogar o preço do petróleo lá embaixo. Isto chamou a atenção do Império que em maio de 2011 encerrou a busca pelo inimigo número 1, Osama Bin Laden, e voltou seus olhares para o a nova ameaça: pré-sal do Brasil. Isto foi provado 2 anos depois por Edward Snowden.

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A diferença de ser Rei e ser Imperador é a escala. O Rei atua num território menor que o Imperador, que atua em território pertencente a vários reis. A palavra Rei vem do deus egípcio “Rá”, também expresso por “Ré”. Rá é o Deus Sol, que viaja pelo céu à frente de seu povo levando uma tocha para iluminar o caminho. Desta referência astronômica que virou mito, temos a figura do Rei entre povos nômades. O Rei era quem apontava o caminho que os demais deveriam seguir e fazia isto com seu dedo, e por isso o “dedo do rei” era respeitado e deu origem à palavra “direito”. Ainda, temos aí a origem da palavra “regra”, que é a “escolha do rei”, ou o caminho que o rei escolheu para que todos o seguissem. Deste modo, temos que os caminhos indicados pela Rei são o que chamamos de “Real” ou “Realidade”.

Para entendermos melhor, pensemos no que não é Real. O oposto de Realidade é, nada mais nada menos, que “Virtual”, que é originado de “algo com virtude, com força de vontade para ser real, mas não é”. Outra palavra para oposto de Real é “Artificial”, que se refere a “algo criado e posto”, passando-se por Real. Na origem mitológica, é como se outro astro ocupasse (hackeasse) o lugar do Sol e passasse a ser o guia, confundindo a todos que caminham atrás, mandando seguir por outro caminho ou até mandando pararem. Esta figura é exatamente o que entendemos por Imperador, sendo aquele que “manda parar desde dentro”: Im (dentro), Parare (parar).

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Snowden em 2013 avia avisado que o Império dos EUA estava movendo seus olhos para o Brasil e iriam colocar seu próprio Rei. Mas isso não foi tão fácil como antes (1964), pois tiveram que criar um Rei artificial para ocupar o lugar do Rei eleito. O Rei Artificial criado em 2014, treinado pela CIA para operar a Lava-Jato, era Sergio Moro, que passou a perseguir o Sol brasileiro, Luis Inácio Lula da Silva, até colocar-se à frente do povo com a tocha, guiando todo para o caminho traçado pela Império.

Esta Realidade brasileira está em disputa desde 2014, numa batalha diária composta por militares de extrema-direita fascista como General Augusto Heleno, que instigou e instiga a rebeldia dos quartéis contra o que chama de inimigo “esquerdopata”, e bate na mesa xingando ao mínimo sinal de que a estratégia de anos é desmoralizada por uma entrevista de Lula. O General Eduardo Villas Bôas é quem dá o aval para o plano colonial, com a crença de que é melhor ser sub-império dos EUA que é ocidental do que qualquer país oriental que sua ignorância não permite saber a história nem língua, nem nada. Isso o faz ameaçar a democracia em nossa República com tuitadas dignas de golpista. Os demais Generais e subalternos das Forças Armadas apenas seguem o farol hackeado na caminhada, ou melhor, ficam paralisados aguardando ordens do Rei Hacker que, na verdade, não sabe onde levar seus seguidores e abre o país para invasão da União Europeia e EUA.

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Realidade X Artificialidade

Moro, por sua tarefa após a prisão de Lula – o candidato que venceria Bolsonaro nas eleições em 2018 – passou a focar na alteração do Sistema Penal brasileiro e a instaurar o modelo dos EUA: o Direito Penal do Inimigo. Para entendermos rapidamente do que se trata, temos que passar pelos Projetos de Lei que querem alterar as normas que o Brasil sobre combate a corrupção, crime organizado e crimes violentos: o Pacote Anticrime.

Com este Pacote de alterações no arcabouço jurídico brasileiro, Moro pretende antecipar a prisão e proteger o agente policial que decidir atirar em suspeitos. Estas alterações, se aprovadas no Congresso, transformariam o Brasil de um país que protege seus cidadãos a um que desconfia deles e os vê como potenciais inimigos. Isto é, priva a pessoa de seus direitos de cidadão e a coloca sob vigilância.

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Além disso, a outra tarefa de Moro é instaurar o Banco de Dados virtual com informações dos cidadãos e cruzá-las com câmeras de vigilância, celulares e tudo mais de alta tecnologia de espionagem dos EUA, conforme denunciado por Snowden em 2013. Não bastasse isso, Moro ainda quer que paguemos pelos serviços de espionagem com recursos dos impostos, pagos pelo cidadãos que perderão seus direitos.
Com esta divisão na sociedade (amigos x inimigos), Moro não deseja modernizar o Brasil, mas tornar um país medieval.

Atualmente, o país é dividido entre empregados e empregadores, isto é, entre trabalhadores e patrões. Michel Temer tentou quebrar este sistema atacando os sindicatos, que são a base da organização entre os dois lados no mundo do trabalho. Bolsonaro, ao assumir, também atacou o sistema sindical retirando a contribuição compulsória do sindicalizado. Com isto, quem permaneceu organizado conseguiu sobrepor-se ao outro, pois não há instância de negociação entre as partes. Sem os sindicatos e movimentos sociais, sobram organizados as Confederações patronais como da Indústria e Agropecuária, alto comando das Forças Armadas unido à maçonaria judiciária.

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Outro sistema tem sido instaurado no Brasil e outros países em desenvolvimento. O objetivo é embaralhar as organizações sociais e enfraquecer a nação. Este sistema que avança pode ser chamado de “identitarismo neoliberal”, que se vale dos ensinamentos do escravocrata estadunidense, William Linch (1742-1820) que se pronunciava como inventor do termo “linchamento”. Linch divulgava sua metodologia de controle de pessoas escravizadas em sua fazenda, que passava por identificar as diferenças entre elas e criar intrigas potencializando umas contra as outras. Como exemplo, colocava jovens em oposição a idoso, negros contra mestiços, agricultores contra serviçais, entre outros. Tal sistema permitia criar relações artificiais que eram controladas pelo escravocrata.

Esta artificialidade é regra atualmente, nos tempos das redes sociais e algoritmos de sugestões como do Google, Amazon, Facebook, Apple e Microsoft – GAFAM. Juntas, estas empresas privadas capturam, monopolizam e controlam as informações da população conectada, via alimentação dos próprios usuários das redes. Foi o que levou milhares de brasileiros às ruas em julho de 2013, com cartazes de diversas pautas contraditórias entre si.

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Big Data contra cidadãos

General Augusto Heleno é parte da extrema-direita de uma disputa de cabo de guerra artificial. Seu papel é puxar a corda por meio de discursos fascistas e socos na mesa. Bolsonaro fica logo à frente de Heleno na extrema-direita, porém tendo a missão de transparecer que age por pressão, puxando a corda após Heleno. Moro está, nesta lógica, tentando se aproximar do perfil que não puxa a corda para nenhum lado, mas os vazamentos expostos pelo TheIntercept.com/Brasil acabaram com sua artificial figura de “isentão” para posicioná-lo na extrema-direita.

Na extrema-esquerda, dentro do mesmo jogo de cabo de guerra, estão os deputados do PSOL acusados de estarem por trás de Gleen Greenwald. O PT e Lula são apontados logo após em direção ao centro, mas ainda na esquerda onde o trio Heleno, Bolsonaro e Moro, junto do Grupo Globo e CIA, tentam posicioná-los com a grande mídia. O PT que foi eleito em 2018 e pretende preservar o partido da perseguição da Lava-Jato, segue mais próximo ao centro.

Ao meio do cabo de guerra estão os eleitos para o Congresso com financiamento de:

  • Agronegócio – que vai de proprietários rurais latifundiários a arrendatários de ferrovias e portos que exportam a produção;
  • Indústria – que vai dos exploradores de minérios a fábricas pesadas;
  • Rentistas – que são os que investem seus recursos não em produção, mas em negócios financeiros que não geram empregos.

Estes são denominados e demonizados como Centrão, composto pelos partidos PTB, PP, Solidariedade, PRB, PSD, MDB, PR, Podemos, Pros, Avante, PSDB e DEM.

Moro, o menino do interior do Paraná que sonha em viver nos EUA, segue os planos de transformar o Brasil medieval. Porém, o Brasil não investe em pesquisas de Inteligência Artificial e Big Data, que exige conhecimentos em Tecnologia da Informação (TI) sobre grandes conjuntos de dados que precisam ser processados e armazenados com 3 Vs: Velocidade, Volume e Variedade. Moro prefere, como vimos, pagar aos EUA e suas empresas com dinheiro de impostos pagos pelo povo.

Uma aparente disputa no jogo do cabo de guerra é entre “TheIntercept X Moro“, que colocaram a população brasileira a se posicionar a partir das redes sociais sob tutela da CIA/EUA por um dos lados. Outra aparente disputa é entre o “Pacote Anticrime de Moro X Projeto de Lei de Abuso de Autoridade“. Esta disputa gera informações processadas pela Inteligência Artificial em Big Data, sobre as matizes de cidadania entre os brasileiros para, caso forem aprovadas as alterações desejadas por Moro/CIA/EUA, o banco de dados emitirá alertas de quem deverá perder o status de cidadão pleno, poderá passar a ser monitorado e, quem sabe, alvejado por algum policial que se sinta ameaçado.

Esta disputa é aparente, tendo em vista que quem a coordena sobrevive de artificialidades e não de realidade. O povo brasileiro pode, e deve, perceber o jogo e se reorganizar utilizando, além das ruas, as Tecnologias de Informação (TI) para seu próprio bem e planejamento de futuro comum. Uma alternativa, por exemplo, é um aplicativo que permita ao cidadão definir onde deseja que seja investido o recurso dos impostos que paga. Com isto, na caminhada rumo à realidade, onde as regras previstas na Constituição Federal de 1988 sejam seguidas, e a população decida seus próprios rumos sem permitir que seja “hackeada” por qualquer juiz golpista, procurador abestado, General fascista ou presidente FakeNews. 

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