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Florestan Fernandes Jr

Florestan Fernandes Júnior é jornalista, escritor e Diretor de Redação do Brasil 247

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Apertem os cintos, a velha mídia está de volta

Todos nós sabíamos que essa "lua de mel" da Globo com Lula é provisória, oportunista e limitada

(Foto: Ricardo Stuckert | Reprodução/Twitter)
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O Jornal Nacional de ontem (23/03) saiu em defesa do ex-juiz Sergio Moro no pior estilo de parcialidade da informação e no melhor estilo inflamado e pseudo-indignado do auge da cobertura da Lava Jato.

A longa reportagem que abriu o JN destacou a polêmica provocada pela fala de Lula, sugerindo uma eventual armação no caso PCC do ex-juiz bolsonarista, e encerrou a matéria com uma fala de Moro, lida em teleprompter. O hoje senador da bancada de extrema direita, se diz vítima da falta de solidariedade à segurança dele e de sua família por parte do presidente da república.

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Com essa reportagem, a TV Globo rosnou para Lula, mostrando seus dentes de “animal carniceiro.” Deixou claro que da mesma forma que ajudou a colocar e a tirar Bolsonaro do poder, seus instrumentos estão a postos contra Lula.

Com o vazio deixado por Bolsonaro, que se autoexilou nos EUA após a derrota nas urnas, a mídia hegemônica se lançou numa busca implacável para encontrar o substituto “confiável” nos quadros disponíveis da extrema-direita. Um deles, sem dúvida, é o ex-juiz parcial Sergio Moro. Será ele o escolhido para antagonizar com Lula, agora usando a tribuna do Senado? Como político, ele tem as mesmas "qualidades" de Bolsonaro: é um despreparado e indigente intelectual. Mas perde para seu ex-chefe no quesito popularidade. O jeito para Moro é arrumar bons assessores, visando apresentar projetos e textos que ressoem e inflamem suas bases. Certamente, suas falas na tribuna do Senado terão a cobertura entusiasmada da mídia corporativa.

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Todos nós sabíamos que essa "lua de mel" da Globo com Lula é provisória, oportunista e limitada. Está com os dias contados.

Desses recentes episódios, temos algumas lições: o Governo tem que ser mais ágil em lidar com as crises que serão criadas daqui pra frente. Deixaram os fascistas (de novo) dominar a narrativa. Vivemos na era da produção individual de notícias e distorção delas.

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Óbvio que o que eles queriam era desviar a atenção do escândalo dos diamantes das arábias, que sangrava diariamente Bolsonaro e impedia sua volta ao Brasil.

Óbvio também o interesse em impedir a repercussão da prisão e da liberação pelo TRF4, do doleiro Alberto Youssef, o "arquivo secreto" da Lava Jato, que pode enterrar as pretensões de Moro.

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Os mestres das fake news criaram e exploraram um episódio da ameaça de morte a Moro. Isso mexe com algo que eles bem sabem que movimenta os afetos da população: segurança. Nesse tema, a direita surfa. Estamos a pouco menos de 100 dias do governo Lula e essa sucessão de fatos - ocorridos ou inventados, expõe a necessidade de se reforçar o papel da comunicação institucional e mesmo do campo progressista. Em tempos de comunicação viralizada, é indispensável que haja um esforço conjunto das esferas democráticas no sentido de proteger a verdade, de combater as distorções. O timing das respostas não nos favorece. A nossa frágil e tão erodida democracia depende dessa conjugação de forças e da atenção ao tempo das respostas. Para o bem da Democracia e do futuro deste país, como tão bem cantou Caetano: "é preciso estar atento e forte"

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