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Lelê Teles

Jornalista, publicitário e roteirista

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Glossário progressista

O midiota - toma nota, caro amigo, para não se confundir nos termos - é aquele sujeito que só lê a mídia grande e passa o dia nas redes a papagaiar, acriticamente, qualquer bobagem que sai da boca suja dos bonecos de ventríloquo

O midiota - toma nota, caro amigo, para não se confundir nos termos - é aquele sujeito que só lê a mídia grande e passa o dia nas redes a papagaiar, acriticamente, qualquer bobagem que sai da boca suja dos bonecos de ventríloquo (Foto: Lelê Teles)
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o midiota - toma nota, caro amigo, para não se confundir nos termos - é aquele sujeito que só lê a mídia grande e passa o dia nas redes a papagaiar, acriticamente, qualquer bobagem que sai da boca suja dos bonecos de ventríloquo.

chego já a estes.

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sua origem etimológica é o idiota, do grego – idios, que designa um sujeito ensimesmado, indivíduo incapaz de exercer qualquer ofício na vida pública, que só se preocupa consigo mesmo e com os seus negócios.

há também a acepção moderna que qualifica o idiota como um tolo ou um ignaro.

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o midiota é, em suma, um analfabeto político.

um animal cívico apartado da polis que, repentinamente, resolveu ganhar as ruas.

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atendendo, claro, ao chamado da mídia grande.

esses imbecis flanam no limbo do Grande Simulacro, imersos numa realidade fantasiosa que julgam real.

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são multiplicadores do discurso oficioso da plutocracia.

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sabemos todos, há cinco ou seis famílias controlando tudo, elas compõem a mídia plutocrática, como bem definiu um jornalista das estranjas.

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no colo desses ploutos (também do grego, rico), sentam-se fagueiros colunistas: as celebridades descerebradas.

jabores, mervais, azevedos...

estes são os bonecos de ventríloquo.

como seus patrões controlam todos os meios, os bonecos dão um ar de ubiquidade a este vexoso exercício de ventriloquia.

estão sempre a falar, falam pelos cotovelos.

suas vozes se fazem ouvir em todos os meios disponíveis: rádios, jornalões, revistonas, sites, TVs e afins.

são sempre as mesmas caras, sempre os mesmos caras.

do colo dos patrões, que lhes sussurram aos ouvidos, eles alimentam os midiotas com factoides, mentiras e intrigas.

o lobby dos barões da mídia chegou a plantar um destes bonecos, o que escreve sofregamente, na Academia Brasileira de Letras, talvez para lhe dar fumos de fidalgo.

também a falar pelos cotovelos, mas menos onipresentes e gozando de menos prestígio que os bonecos de ventríloquo, papagaiam as chamadas Mari(nh)ontes.

estes são arautos descartáveis.

a palavra manipulação nunca coube tão bem a um personagem como a estas Mari(nh)onetes.

há uma mão invisível a controlá-las.

os dois mais recentes expoentes dessa vertente são Joaquim Barbosa e Rodrigo Constantino.

quem não se lembra deles, estavam aí a repetir tudo o que agradava aos donos do quarto poder.

estes lhes jogavam um osso de vez em quando: uma capa de revista, uma publicidadezinha de um livreco etc.

afagos da mão invisível.

vez por outra eram convidados a raspar as migalhas do banquete dos poderosos.

arranjaram um emprego pro filho de um deles como gratidão à sua sabujice.

alçados ao píncaro das subcelebridades, eles se achavam.

ambos mudaram-se para Miami, veja você.

um se deixou fotografar, pateticamente, ao lado do Pateta, o cão mais idiota do mundo.

o outro, um juiz desajuizado, posou para uma foto ao lado de um escroque procurado pela polícia e que se refugiara naquele balneário latino.

latindo, melhor dizendo.

até que um belo dia, com suas imagens já desgastadas pelas besteiras que eles mesmos faziam, os plutocratas resolveram cortar-lhes as cordinhas e... pluft.

caíram por terra, desfaleceram, perderam a alma, a anima, o ânimo.

desapareceram nas sombras.

todos estes patéticos personagens são usados como óleo lubrificante.

são eles que garantem o funcionamento dessa bisonha engrenagem demofóbica a que chamam grande mídia.

a máquina de fabricar midiotas que deixou os jornalistas do mundo inteiro estupefatos.

com mil diabos, disseram, em diversos idiomas.

estou dando nome aos bois para facilitar a compreensão dessa pantomima.

na certeza de que você, que me lê, não se encaixa em nenhum destes epítetos.

pra finalizar, não há um sorriso mais sincero que o sorriso de um banguelo.

palavra da salvação.

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