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Chico Teixeira

Historiador e professor titular da UFRJ

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Golpe na Coreia do Sul: ainda estamos sob risco

"O golpe coreano, assim como seria o golpe brasileiro, é uma tremenda arma de pressão norte-americana sobre a China Popular", escreve Chico Teixeira

Manifestantes protestam do lado de fora do Parlamento em Seul, Coreia do Sul 04/12/2024 (Foto: REUTERS/Kim Soo-hyeon)

Temos que analisar cinco pontos:

  1. Os EUA possuem 28.500 tropas na Coreia do Sul, um país dependente da presença militar americana.
  2. Os oficiais sul-coreanos são formados em escolas e academias militares americanas e, assim como os brasileiros, mantêm um fluxo constante de intercâmbio de todos os tipos.
  3. A burocracia norte-americana e seus representantes mentem regularmente sobre seus propósitos em política externa.
  4. Não é razoável que dois serviços de inteligência de ponta, o sul-coreano e o norte-americano, não se consultassem e não percebessem os movimentos de preparação do golpe.
  5. Se os EUA não quisessem o golpe, isso teria sido expresso na preparação do movimento.

Devemos, também, registrar a larga autonomia do "Estado Profundo" na área de Segurança Internacional.

O golpe coreano, assim como seria o golpe brasileiro, é uma tremenda arma de pressão norte-americana sobre a China Popular. É isso que interessa a Trump e seus formuladores de política de Defesa e Segurança Internacional.

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.