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Jeferson Miola

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Gravidade da saúde do Bolsonaro é fato ou fake?

"O apelo à comoção, tal como naquele nebuloso 6 de setembro de 2018, dia da suposta facada, é um recurso oportunista que, todavia, por ora não está conseguindo esfriar a fervura da CPI, o avanço das investigações sobre corrupção e os inquéritos no STF", escreve Jeferson Miola

(Foto: Divulgação | @jairbolsonaro)
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É público e notório que Bolsonaro está com a saúde física comprometida – os soluços têm pinta de serem verossímeis.

Bolsonaro, cujo diagnóstico de sociopata [Transtorno de Personalidade Antissocial] é compatível com o descrito no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, também está emocionalmente mais transtornado que seu “padrão normal de sociopatia”.

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Em 16 abril passado ele já havia comunicado, com absoluta naturalidade, que teria de se submeter a nova cirurgia para remover uma hérnia – um problema benigno e crônico.

A possível intervenção cirúrgica, como Bolsonaro informou, estava prevista. Talvez tenha sido antecipada devido à obstrução intestinal, que pode ser efeito colateral da própria hérnia.

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É preciso ser elucidado, por isso, se o atendimento de urgência do Bolsonaro foi para solucionar o problema que ele próprio tornou público há cerca de 3 meses, em abril passado, agora precipitado pela obstrução intestinal ou se é, de fato, uma urgência.

A viagem de 4 dias do general Hamilton Mourão a Angola para encontro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa nesta mesma 4ª feira [14/7] sugere normalidade e “irrelevância médica” do problema de saúde do Bolsonaro. Seria improvável o afastamento do vice-presidente do país se o estado do Bolsonaro fosse efetivamente grave ou preocupante.

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Apesar das notícias apelativas, dos segredos e mistérios sobre a remoção apressada para São Paulo para ser operado com urgência, logo após os primeiros exames realizados o hospital comunicou “tratamento conservador” [clínico] dele, não-cirúrgico.

Em se tratando de Bolsonaro e governo militar, é difícil acreditar em qualquer coisa. Menos ainda quando eles estão em desvantagem na guerra. E, como na antiga frase atribuída ao senador estadunidense Hiram Johnson, “numa guerra, a primeira vítima é a verdade”.

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O governo dos generais está flanqueado pela CPI, desmoralizado pelas descobertas dos esquemas de corrupção e gangsterismo, peitado pelo STF e pressionado por gigantescas manifestações nas ruas.

O governo está no seu pior momento, e são limitadas as margens de manobra para reverter o cenário de morticínio, desastre econômico, desemprego colossal e perda de credibilidade do Bolsonaro, do governo e das Forças Armadas.

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O manto de mistério criado em torno do real estado de saúde do Bolsonaro sugere um tipo de sensacionalismo apelativo. É patente o objetivo de vitimizar o “mito”, desviar a atenção dos acontecimentos e mobilizar a matilha em oração pelo “corpo do herói em martírio”.

Nos tuítes publicados por volta das 17 horas, antes do embarque a São Paulo, Bolsonaro não prestou uma única informação sobre seu quadro clínico, apenas fez proselitismo mentiroso contra os “inimigos” para atiçar a matilha: “Mais um desafio, consequência da tentativa de assassinato promovida por antigo filiado ao PSOL, braço esquerdo do PT, para impedir a vitória de milhões de brasileiros que queriam mudanças para o Brasil. Um atentado cruel não só contra mim, mas contra a nossa democracia”.

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A oração “nos motiva a seguir em frente e enfrentar tudo que for preciso para tirar o país de vez das garras da corrupção, da inversão de valores, do crime organizado, e para garantir e proteger a liberdade do nosso povo”. Nada mal para um enfermo em estado grave!

As últimas palavras bíblicas dele no twitter foram: “Estaremos de volta em breve, se Deus quiser. O Brasil é nosso!”.

O apelo à comoção, tal como naquele nebuloso 6 de setembro de 2018, dia da suposta facada, é um recurso oportunista que, todavia, por ora não está conseguindo esfriar a fervura da CPI, o avanço das investigações sobre corrupção e os inquéritos no STF.

Fica a pergunta: a “gravidade” do estado de saúde do Bolsonaro é fato ou é fake?

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