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Raimundo Bonfim

Coordenador nacional da Central de Movimentos Populares (CMP)

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Greve da USP: uma centelha contra o neoliberalismo

A greve na USP é uma resposta à escassez de professores e às condições precárias de ensino e permanência

USP (Foto: Felipe Seriacopi/USP Imagens)
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A juventude sempre desempenhou um papel fundamental nas mobilizações sociais ao longo da história, e o que estamos vendo agora na greve da Universidade de São Paulo (USP) é um exemplo vibrante desse espírito combativo e da busca por justiça social. São os jovens que estão à frente, liderando o caminho para um futuro mais justo e igualitário.

As falsas narrativas, que buscam desmoralizar essa ação legítima dos estudantes, devem ser combatidas. Desde o primeiro dia de greve, a Universidade de São Paulo não tem ficado vazia, pelo contrário, os estudantes têm buscado encher o espaço de educação, cultura e esporte. São diversas as atividades e oficinas promovidas pelos grevistas que visam debater permanência, gerar conhecimento, a realização de pesquisas, compartilhar saberes diversos e trazer pessoas de fora para conhecer esse espaço público que é a USP. Tudo isso mostra o potencial de luta e o grau de comprometimento com a sociedade que os estudantes brasileiros possuem. 

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A greve na USP é uma resposta à escassez de professores e às condições precárias de ensino e permanência. Os estudantes estão lutando. Não apenas por seu direito à educação de qualidade, mas também por um sistema universitário que valorize o ensino e a pesquisa em igual medida. É um grito por uma universidade pública verdadeiramente acessível a todos, independente de sua origem ou condição financeira.

No entanto, essa mobilização vai além das fronteiras da USP. Ela serve como uma centelha para as mobilizações contra o neoliberalismo do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. O modelo político adotado pela administração da USP, vinculada ao governo do estado, é um reflexo das políticas neoliberais que priorizam o mercado em detrimento da educação pública. A partir deste exemplo, os estudantes da Unicamp também entraram em greve nesta semana.

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Os estudantes estão mostrando que não vão se calar diante dessas políticas que ameaçam o acesso à educação e à cultura. Eles estão unidos em sua determinação de resistir ao desmonte das faculdades de ciências humanas em favor de cursos que privilegiam o mercado financeiro. Essa é uma luta por um ensino que valoriza a formação integral do indivíduo, não apenas sua capacidade de gerar lucro.

A juventude na greve da USP está inspirando todos nós a nos levantarmos contra o neoliberalismo que segue corroendo nossos direitos em São Paulo. Eles estão mostrando que a união e a mobilização podem ser poderosas ferramentas de mudança. Este é um momento crucial em nossa história, e é imperativo que apoiemos e nos unamos à juventude na luta por um futuro mais justo.

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A greve dos estudantes também se insere no contexto da mobilização e defesa da educação pública liderada por outros segmentos de movimentos sindicais e populares. Nesse sentido, diversas entidades como a APEOESP e a CMP, vários movimentos de sem teto, farão o lançamento da campanha Grito pela Educação, contra a redução das verbas da educação de 30% para 25%, pretendida pelo Governador do Estado de São Paulo, o bolsonarista, Tarcísio de Freitas.  

É hora de dizer não ao neoliberalismo e sim à educação pública, de qualidade e gratuita para todos.

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