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César Fonseca

Repórter de política e economia, editor do site Independência Sul Americana

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Greve geral na Argentina derrota modelo Macri-Temer e fortalece Lula livre

Uma coisa é certa: a greve geral na Argentina derrota o modelo Macri, que é o mesmo de Temer, ditado de Washington, e fortalece movimento Lula livre

aro Nacional en todo el pais. vista del Puente Pueyredon. 25.06.2018 Foto Maxi Failla (Foto: César Fonseca)
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Lição política latino-americana

Uma coisa é certa: a greve geral na Argentina derrota o modelo Macri, que é o mesmo de Temer, ditado de Washington, e fortalece movimento Lula livre.

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Enquanto a população brasileira está envolvida pela Copa, mas alerta de que ela não enche barriga, na Argentina, onde a alvi-celeste está pior que a amarelinha, o pau está quebrando, com greve geral, que paralisou o país, hoje.

O golpe bateu fundo no estômago de Macri.

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Caiu na real que não conseguirá se reeleger se tiver de carregar a receita do FMI nas costas.

Pediu diálogo.

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Os sindicalistas argentinos estão dando uma grande lição de política latino-americana.

Obrigou o governo macrista, dirigido pelo mercado financeiro, o mesmo que age no Brasil de Temer, o ilegítimo, a recuar.

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Nova política econômica deverá ser resultado dessa greve geral.

Social democracia keynesiana

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O viés keynesiano social democrata europeu da política econômica argentina, que está na base do peronismo e da Cepal, reagiu aos ultraliberais, adeptos de Martinez de Oz, serviçal neoliberal de Washington, nos governos milatares, e de Domingos Cavallo, no governo Menem.

Ambos são professores do atual ministro das Finanças de Macri, cria de Washington e de Wall Street, cujos experimentos em cima do povo argentino levaram-no à greve geral.

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Os trabalhadores, com a greve geral de hoje, disse basta a Macri.

Quando os sindicalistas brasileiros farão como os argentinos para dar basta a Temer, ilegítimo, ao contrário de Macri, que, pelo menos, é legítimo, eleito nas urnas?

Nova etapa politica latino-americana

A bancarrota neoliberal Macri, que somente se mantém em pé com ajuda de Trump/FMI, abre nova etapa política, na Argentina, cuja seleção, em Moscou, balança.

Macri, com a greve, passou a balançar, também.

Mudou correlação de forças politicas no País, graças à mobilização popular.

UNIÃO DO RUIM COM O PÉSSIMO

O debate sobre melhor distribuição da renda, no país, se transformou em fator número um da atual etapa política, com argentinos escravizados pelo modelo financeiro do Consenso de Washington.

Polarizaram-se as posições no estresse neoliberal macrista, tão desastroso quanto o do ilegítimo colega brasileiro.

O FMI, como porta-voz dos bancos, exige estado mínimo radical, como tenta impor Macri, mas a greve geral barrou.

Não dá, disseram os argentinos, para engolir o remédio neoliberal que Washington exige, de tudo para o capital financeiro e nada para o trabalho.

Os sindicalistas argentinos fizeram o que os sindicalistas brasileiros não fizeram diante do golpe neoliberal contra Dilma e a prisão de Lula.

A greve geral argentina está ensinando ao Brasil que ela é a única linguagem que entendem o governo neoliberal, os bancos e as grandes corporações, que dominam, atualmente, o estado argentino.

Nova correlação de forças

Se as centrais sindicais, que se beneficiaram do governo Lula e Dilma, tornando-se interlocutores políticos, reagissem contra o golpe a história poderia ou não ter sido outra?

O fato é que, na Argentina, emerge novo contexto histórico, que coloca em xeque os limites do modelo neoliberal, como proposta econômica, social e política.

Não passou no teste por não ser, realmente, proposta válidade de política nacional integradora, soberana etc.

A realidade está mostrando o contrário, com a população odiando o comandante do neoliberalismo, no País, Michel Temer: menos de 3% nas pesquisas.

Seus resultados são desastrosos: 13 milhões de desempregados, mais de 30 milhões de desocupados.

Um mercado de 40 milhões de consumidores, que não consomem, vive no anticapitalismo, como destaca o deputado e economista mineiro Reginaldo Lopes(PT-MG).

O neoliberalismo não se preocupa com o consumo como fator de desenvolvimento, mas de reprodução capitalista, apenas, por meio da especulação financeira, especialmente, sobre a dívida pública nacional.

A existência do povo incomoda ao regime econômico que tem sua lucratividade, apenas, na manipulação da moeda e não por meio das atividades produtivas.

Estas, para o capital financeiro especulativo, são problemas, ao envolver antagonismo entre capital e trabalho.

Melhor, acabar com o povo, descartado como produto de riqueza, agora, multiplicada na mera especulação, como destacou o sociólogo Boaventura, português.

Na Argentina, a greve geral, muda essa situação.

Consequentemente, fortalece o movimento político favorável a Lula livre, cuja proposta, historicamente, demonstrou ser oposta à destruição executada pelo modelo neoliberal.

A receita neoliberal concentra renda, a de Lula desconcentra e empodera politicamente os trabalhadores, na luta política, social e econômica.

Sem essa receita, não nascem greve gerais dos trabalhadores contra os seus exploradores, para mudar a correlação de forças políticas.

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