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César Fonseca

Repórter de política e economia, editor do site Independência Sul Americana

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Guedes e Campos afundam candidatura de Bolsonaro-2022 ao bombearem fuga de capital para offshores em paraíso fiscal

"Guedes e Neto viraram raposas para tomar conta do galinheiro, isto é, do orçamento geral da União, para assegurar, por meio do teto de gastos sociais, os lucros crescentes do mercado financeiro e sua propensão à fuga para os paraísos fiscais", escreve o colunista César Fonseca

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o ministro da Economia, Paulo Guedes
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Candidatura de Bolsonaro à reeleição em 2022 pode afundar de vez com notícias do Consórcio Nacional de Jornalistas Independentes de que o  ministro da Fazenda, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central, Campos Neto, são promotores de fuga de capital para paraísos fiscais, a partir dos seus próprios exemplos ilegais como gestores públicos; algo inaceitável pela ética pública, como determinam regras institucionais republicanas; agora fica mais claro ainda porque o dólar não para de subir; a política econômica neoliberal tocada pela dobradinha Guedes-Campos Neto está em xeque; ambos são os maiores interessados no dólar alto, canalizado aos paraísos fiscais offshores onde ganham milhões; seus exemplos seriam ou não seguidos pelos que apoiam sua política econômica, enquanto o país mergulha na miséria, na fome, no desemprego, na inflação, na concentração de renda, na desigualdade social, na instabilidade cambial e, consequentemente, na  fuga de capital?

O exemplo vem de cima e sua expansão está diretamente ligada às reformas neoliberais, que contribuíram, decisivamente, para concretizar o oposto do que prometeram tais autoridades econômico-financeiras; não aconteceu nada do que disseram, ou seja, que as reformas elevariam a oferta de emprego para retomar a economia afogada na então recessão petista, comunista, corrupta, tremendo fakenews bolsonarista neoliberal para enganar a população; não se viu nada disso; as reformas jogaram a economia na recessão, impulsionada pela financeirização especulativa, motivando o que praticam, ou seja, abertura de contas correntes em paraísos fiscais para fugir do risco que a economia, tocada por eles, passou a representar.

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Nesse jogo, construído por Guedes-Campos, promoveu-se/promove-se fantástica manipulação fiscal e monetária que impulsiona recessão e subconsumismo, enquanto ocorre descolamento do capital da produção e do consumo para a especulação na economia fictícia bursátil, abstrata; os paraísos fiscais bateram palmas; nesse cenário, fazendo jogo duplo, de servidores públicos falsificados e de especuladores, como guardiães do tesouro e da política fiscal e monetária, Neto e Guedes, em sintonia com o mercado financeiro, multiplicaram seus lucros como operadores de suas próprias empresas, nos paraísos fiscais. Guedes, segundo o Consórcio, mantém-se na ativa, enquanto Campos Neto teria desativado a ratoeira sonegadora de impostos em outubro do ano passado.

CPI URGENTE

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Trata-se de assunto para CPI, urgente, com consequente afastamento desses dois anti-servidores do Estado, jogando com interesses próprios, como se fosse interesse público; o descolamento do capital da produção e do consumo para a especulação, no contexto do arrocho fiscal, patrocinado pela reforma neoliberal, é o leitmotiv que produz expansão dos offshores; a insuficiência de consumo interno que reduz estoques e eleva os preços para manter constante taxa de lucro na economia real deprimida, é o mecanicismo do descolamento da produção para a especulação, via juro alto, sob argumento de combate à inflação; a inflação virou sócia preferencial de Campos Neto e Paulo Guedes, no fortalecimento da jogatina, que patrocinam nos paraísos fiscais; explica-se, assim, porque o Banco Itaú e os demais bancos privados, favorecidos pela fuga de capital, que formam o oligopólio financeiro especulativo no país, resistem à candidatura Lula; inventam que Bolsonaro é insuportável e Lula indesejável; indesejável, claro, para a elite, já que, nas pesquisas de opinião, ele é pule de dez para ganhar eleição.

A pressão popular por mudança, retrato real das pesquisas, expressa temor dos que estão ganhando nos paraísos fiscais, com a ajuda de Paulo Guedes e Campos Neto; a manutenção, pelo BC Independente, de juros elevados em nome do combate à inflação, em meio ao contrassenso do subconsumismo decorrente do superarrocho salarial, é, contraditoriamente, principal causa da inflação; trata-se de mecanismo economicida de transferência de riqueza dos mais pobres para os mais ricos, intensificada pelo golpe de 2016, que fixou, pela PEC 95, teto de gastos públicos nas áreas sociais não financeiras(saúde, educação, infraestrutura, segurança etc), para sobrar recursos ilimitados para as áreas financeiraS, em forma de pagamento de juros e amortizações de dívidas; o oligopólio financeiro já abocanha 50% do Orçamento Geral da União(OGU), como comprova a Auditoria Cidadã da Dívida; tal mecanicismo econômico especulativo mantém a economia permanentemente na UTI.

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RAPOSAS NO GALINHEIRO

Guedes e Neto viraram raposas para tomar conta do galinheiro, isto é, do orçamento geral da União, para assegurar, por meio do teto de gastos sociais, os lucros crescentes do mercado financeiro e sua propensão à fuga para os paraísos fiscais; Lula é o inimigo principal dos especuladores, porque sua eleição implicaria interrupção desse processo de dilapidação do patrimônio nacional; a jogada combinada de Campos-Neto vira, agora, maior inimiga política de Bolsonaro, pois inviabiliza sua reeleição, como demonstram as pesquisas de opinião. Nesse contexto neoliberal ultrarradical de sobreacumulação de capital, que multiplica miséria e fome, o preço da gasolina e do diesel tende a subir para além dos R$ 7 e R$ 8, respectivamente; trata-se de racionalização perversa que se constitui no jogo da inflação, a partir da financeirização, colocada em marcha pelo Banco Central Independente, independente, justamente, para se ver livre da fiscalização dos poderes republicanos; o Congresso está na obrigação de abrir, imediatamente, CPI para investigar as manobras da financeirização patrocinada pelo BCI que causam fuga de capital para beneficiar os próprios gestores da política econômica antinacional.

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