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Helena Chagas

Helena Chagas é jornalista, foi ministra da Secom e integra o Jornalistas pela Democracia

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Guerra entre 02 e Bebianno é tiro no pé do Planalto

Jornalista Helena Chagas, do Jornalistas pela Democracia, avalia que a mais recente confusão entre o vereador Carlos Bolsonaro e o ministro Gustavo Bebianno mostra que a palavra de ordem no entorno presidencial é complicar; "Se Bebianno vai sair ou não passa a ser assunto secundário diante do principal, que é a capacidade do governo de dar tiros no próprio pé. Ou a constatação de que 01, 02 e 03 vão continuar a interferir em tudo. Ou, acima de tudo, a sensação geral de que, com o estilo jogo bruto dos filhos de Bolsonaro, vai ficar difícil agregar apoios e formar uma base parlamentar", diz ela

Guerra entre 02 e Bebianno é tiro no pé do Planalto (Foto: Esq.: Marcelo Camargo - ABR / Dir.: Divulgação)
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Por Helena Chagas, no Divergentes e para o Jornalistas pela Democracia - Nunca houve, nos anos recentes, clima mais favorável à aprovação da reforma da Previdência no Congresso do que este início de governo. Pesquisas mostram que a população já entendeu o drama das contas públicas e o presidente ainda desfruta da boa vontade natural com os recém-eleitos. Bastaria, ao Planalto, esforço médio e algumas concessões para ter a reforma no segundo semestre.

Só que não. Ao que parece, a palavra de ordem, no entorno presidencial, é complicar. Não contente em ter o PSL, envolvido em acusações de uso fraudado das verbas do fundo eleitoral, num caso levantado pela Folha de S.Paulo, o filho 02 de Jair Bolsonaro, Carlos, jogou mais lenha na fogueira das vaidades palacianas ao divulgar um áudio para mostrar que o ministro da Secretaria Geral, Gustavo Bebianno, teria mentido ao dizer que conversara com o presidente sobre o assunto.

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Bebianno é o alvo principal das acusações de malversação dos recursos eleitorais porque presidiu o PSL durante a campanha. A julgar pelos padrões mostrados no primeiro mês de governo, o episódio, por enquanto, não levaria Bolsonaro a demiti-lo – assim como não demitiu outros em situação parecida. Depois da intervenção de Carlos Bolsonaro, porém, a coisa agora muda de figura.

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Desafeto dos filhos de Bolsonaro – sobretudo Carlos, com quem travou disputa nos bastidores pelo comando da área de comunicação – Bebianno está com a cabeça a prêmio, pois além de acusado pelo mau uso das verbas do PSL, ele vira alvo da vexaminosa acusação de ter mentido em relação ao que conversou com o chefe.

E o próprio presidente vê a agenda limonada de sua alta hospitalar depois de 17 dias internado se transformar no limão azedo de uma crise no governo, mais uma vez envolvendo um de seus filhos.

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Se Bebianno vai sair ou não passa a ser assunto secundário diante do principal, que é a capacidade do governo de dar tiros no próprio pé. Ou a constatação de que 01, 02 e 03 vão continuar a interferir em tudo. Ou, acima de tudo, a sensação geral de que, com o estilo jogo bruto dos filhos de Bolsonaro, vai ficar difícil agregar apoios e formar uma base parlamentar.

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