I.I.I.: Indigência Intelectual Ilimitada
Bolsonaristas sofrem cronicamente de I.I.I., Indigência Intelectual Ilimitada
O que se viu na Avenida Paulista no último 6 de abril não foi nada diferente do que se presenciou nas manifestações anteriores do gênero, capitaneadas por Silas Malafaia com o objetivo de manter Jair Bolsonaro na boca do povo. Incauta ou engajada na pauta da extrema direita, a imprensa tradicional brasileira cobre e noticia como ação política legítima um ato primitivo, liderado por um tirano desesperado, impedido de disputar eleições e prestes a ser condenado por crimes contra o Estado Democrático de Direito.
Desnecessário entrar no mérito do que foi dito ali, por absoluta desconexão com a realidade. “Sou perseguido por aqueles que deviam zelar pela Constituição”, afirmou o ex-presidente adorador de ditadores, que violou a Carta cada vez que abriu a boca durante o mandato. “Estamos aqui para denunciar o ativismo judicial, a ditadura da toga”, bradou o pastor-ofensor do Judiciário, cuja noção de justiça é tão deturpada quanto sua ideia de religião.
Por eleitoralmente canhestros, os governadores presentes à tosca manifestação nada têm a perder. A dúvida que permaneceu por tanto tempo - por que homens tão sem carisma e sem caráter, que nada de positivo têm a mostrar na vida pública, angariam seguidores - já tem resposta. E a resposta encontra-se na psiquiatria e nas características que definem a pessoa desprovida de inteligência.
Bolsonaristas sofrem cronicamente de I.I.I., Indigência Intelectual Ilimitada. Especialistas ouvidos pela coluna enumeraram suas principais facetas comportamentais, as quais inegavelmente coincidem com os pendores do líder.
Vamos a elas.
- Repetição de padrões destrutivos ou prejudiciais mesmo quando as consequências são claras;
- Pensamento binário e incapacidade de lidar com nuances;
- Resistência à informação nova ou contraditória, recusa de fatos bem estabelecidos porque não se encaixam em suas crenças ou opiniões;
- Falta de empatia ou compreensão emocional, não percepção de como as próprias ações afetam os outros, desconsideração de sentimentos alheios;
- Argumentos circulares, apelos à emoção ou autoridade em vez de evidências racionais;
- Incapacidade de reconhecer a própria ignorância (efeito Dunning-Kruger);
- Apego excessivo a clichês e frases feitas, uso automático de ideias prontas em vez de pensamento próprio ou análise real;
- Tomada de decisões impulsivas, sem pensar nos impactos a médio e longo prazos;
- Credulidade extrema e pensamento conspiratório, crença fácil em boatos, fake news ou teorias mirabolantes;
- Fuga constante de responsabilidades, culpando-se os outros ou circunstâncias externas pelos próprios fracassos.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

