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      Enio Verri

      Diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional

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      Impeachment de Dilma ou impeachment de Beto Richa?

      Cabe à oposição, independente do âmbito de governo, desenvolver seu papel de fiscalização e de equilíbrio da democracia brasileira. Participando da vida política através de um plano de governo que atenda a expectativa da população e do eleitor e, não, de maracutaias para retomar a presidência e seu projeto neoliberal

      O que esperar de um governo com nível recorde de desaprovação? Com membros de sua administração acusados de corrupção, quando não presos? E que convive com uma grave crise econômica?

      Impeachment?

      Se a resposta foi afirmativa, vista sua camisa da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), troque a capa de suas redes sociais e saia as ruas, proferindo palavras de ordem e exigindo o impeachment do Governador Beto Richa (PSDB) – eleito democraticamente pela grande maioria dos paranaenses no primeiro turno.

      Suplique pela cassação do governador que convive com a operação Publicano, promovida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que investiga um esquema de corrupção na Receita Federal, o qual teria beneficiado a campanha de Richa a reeleição.

      Trata-se de esbravejar contra um mandatário acusado de se reeleger às custas de um esquema de extorsão e propina, comandado por um primo "distante" de Richa, conforme denúncias divulgadas pelo Gaeco. Uma fraude que envolveria até mesmo a primeira-dama do Estado, Fernanda Richa.

      Vá as ruas contra um mandatário que, embora obteve 55,67% dos votos válidos em 2014, alcançou níveis recordes de desaprovação no Paraná. Segundo pesquisas divulgadas, o governador chegou a casa de 80% de rejeição durante seu quinto ano à frente do Palácio do Iguaçu.

      Uma gestão atrelada ao sucateamento do Estado, desrespeito e violência contra professores, confisco do fundo previdenciário de servidores públicos e calote em fornecedores e profissionais, entre outras decisões equivocadas que não só paralisaram o Estado, como ainda, gerou descontentamento de setores que o apoiaram em 2014.

      Pois bem, as reações de uma elite parecem não serem as mesmas quando um tucano está na mesma situação do que a presidenta. Acertam ao respeitar o voto dos paranaenses, mas ignoram a democracia, quando o objetivo é tomar o poder a qualquer custo.

      A democracia, conquistada com tanto suor e sangue, merece respeito e compromisso com os milhões de eleitores que elegeram o programa de governo do Partido dos Trabalhadores e Dilma Rousseff. Respeito aos mecanismos legais que garantem o direito de escolha de todos os brasileiros.

      Cabe à oposição, independente do âmbito de governo, desenvolver seu papel de fiscalização e de equilíbrio da democracia brasileira. Participando da vida política através de um plano de governo que atenda a expectativa da população e do eleitor e, não, de maracutaias para retomar a presidência e seu projeto neoliberal.

      * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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