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Antonio Nogueira

Poeta e mestre em história social. Autor do livro "O oráculo me seduz ao vácuo" (2020); interessado em marginalidades e discursos afins.

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Independência estrutural ou morte

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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O Brasil precisa ser entendido como pré-nação. Talvez uma nação imaginada por colonizadores latifundiários, militares e fundamentalistas religiosos, restritos a uma oligarquia com financiamento internacional que se projetam no escravagismo e se comportam como pais fundadores do “Novo Texas”.

Na nação imaginada pode existir preto, indígena e proletariado, porém nos moldes da democracia racial; mulheres destinam-se aos serviços domésticos, sendo reprodutoras de novos machos, sem fraquejar. O genocídio na favela, como o indígena, responsáveis por centenas de mortes anuais, corresponde a “necessária” matança dos marginais sobreviventes. Para os colonos o erro foi libertar em vez de fuzilar a subespécie que deveria morrer sem nenhuma política social abolicionista.   

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O escravagismo continua no pobre, submetido às reformas de condições do proletariado inglês do século XVIII, já que por hora, os colonos não tiveram ordem institucional (internacional) de joga-los de volta ao tronco, para tal, dependem do capitalismo do norte. E como segurar toda essa frustação? 

No estrangeiro, sentam se à mesa para negociar a partir da sua crueldade, vergonha dos seus povos e do desejo de serem colonos do norte. Essa raiva volta se mais violenta em território doméstico: a maximização dos lucros é intimamente ligada ao genocídio, por exemplo, ao desterrar pretos e indígenas no campo e na cidade. 

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Nunca se comeu tanta picanha e bebeu tanta cerveja nos quartéis, porque nunca o povo passou tanta fome ao ser desterrado. Nunca se queimou tanto terreiro, porque nunca houve tanto fundamentalismo religioso. O que tanto comemoram nos quartéis (com dinheiro púbico)? Essa diversão precisa ser discutida como perversão colonial, a propósito, as instituições não se descolonizaram. 

Igrejas, latifúndios e quartéis são comunidades imaginadas de um Brasil branco, cristão, escravista, militar; as instituições racionalizam nesta lógica governamental, os três poderes são pertencentes à casa grande e o mito da democracia racial, que se revezam historicamente em golpes a perpetuar o projeto colonizador. A fala do atual líder da camarilha é discurso imperial que sai da caserna.

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O indulto cedido ao congressista Daniel Silveira tem mais sentido como proveniente do poder moderador, que por sua vez, não é um recuo a 1964, mas continuidade colonial estrutural na governabilidade da pré-nação. Goulart foi golpeado por pensar um capitalismo menos dependente, o que não é interesse dos colonos da caserna.

A atual pré-nação imaginada, é uma colônia plantada numa falsa república pelos militares. O êxtase destes, com o perdão ao deputado só pode ser entendido voltando séculos atrás ao quarto poder. O STF por sua vez, passa aos olhos ingênuos da esquerda que chamara o ministro Alexandre de Morais de golpista, agora no tik tok, “Xandão”.

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Hoje, a direção colonial é militar, sua máquina de guerra são ideias ao alcance das mãos com desvarios de ditadura do STF. É preciso trazer à luz discursos coloniais. O poder moderador sinaliza duas frentes sombrias: o avanço ditatorial sob pessoas “matáveis” e muita picanha e cerveja pra comemorar o projeto jesuíta, branco, cristão, escravagista e ...militar; que sempre se oculta, golpe pós golpe.  

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