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Cássio Muniz

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Inferindo o resultado das eleições para governador no segundo turno

Desenvolvi um modelo estatístico endógeno que, baseado em dados do primeiro turno, infere o resultado das eleições para governador no segundo turno

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Eleições em dois turnos são desenhadas pra conferir legitimidade ao sistema politico, uma vez que impede a eleição de um candidato que não tenha a chancela de metade mais um do eleitorado contato em votos válidos. O Brasil adotou tal sistema desde a redemocratização e tal instituto tornou-se comum: aproximadamente metade dos estados decidem os seus pleitos para governador em segundo turno. Este tipo de eleição também oferece uma excelente oportunidade para modelos probabilísticos de previsão de resultados eleitorais. Assim, desenvolvi um modelo estatístico endógeno que, baseado em dados do primeiro turno, infere o resultado das eleições para governador no segundo turno.

A metodologia deriva-se do princípio da proximidade ideológica na orientação dos votos. No espectro ideológico da direita à esquerda, o eleitor escolhe o partido que mais se aproxima da sua convicção ideológica. Assim, o eleitor cujo partido fracassou no primeiro turno se reposicionará no segundo turno para escolher o partido mais próximo de sua posição ideológica inicial. Neste caso, partimos do pressuposto segundo o qual o eleitor tem identidade ideológica mínima – um ponto não pacificado nos estudos políticos brasileiros. Consequentemente, faz-se a redistribuição determinística dos votos do primeiro turno para o partido mais próximo que chegou ao segundo turno.

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O modelo computado em regressão logística condicional considerando as eleições para governador entre 1990 e 2010 consegue prever 76% dos governadores eleitos no segundo turno. Como se trata de um modelo binário, o resultado só faz sentido se prever acima de 50% dos casos – obviamente jogando-se um moeda obter-se-ia pelo menos metade dos resultados corretamente. Mais precisamente, consegue-se prever 79% dos eleitos e 71% dos não eleitos. Finalmente, o modelo estatístico também considera outros fatores como a posição final no primeiro turno, se o partido ou candidato disputa reeleição, a coligação e o alinhamento com o atual presidente para inferir o resultado das eleições para governador conforme tabela abaixo.

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A tabela 1 mostra a probabilidade e a chance em valores percentuais de cada candidato a governador e respectivo partido de vencer em cada estado com eleição a ser decidida em segundo turno. A tabela 2 mostra apenas o candidato e respectivo partido com maiores chances de vencer o segundo turno em cada estado de acordo com o modelo probabilístico.

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