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Nuno Nunes

Filósofo, Escritor e Mestre em Educação e Comunicação pela UFSC, Doutorando em Planejamento pela UDESC. É colunista de geopolítica do portal Tribuna Universitária

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Inteligência Artificial dos EUA subjuga o Brasil de Bolsonaro

Quem toma as decisões sobre os rumos do país? Quais as instâncias e tempos dessas tomadas de decisão? Entenda o que é a Geopolítica Tecnológica

Inteligência Artificial dos EUA subjuga o Brasil de Bolsonaro
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Quem toma as decisões sobre os rumos do país? Quais as instâncias e tempos dessas tomadas de decisão? A democracia leva o povo às urnas para decidirem quem serão seus líderes nos próximos anos, mas quais métodos os líderes usarão para tomarem suas decisões? Há um lobby de empresas e países que passam pela Revolução 4.0 sobre os demais? Entenda o que é a Geopolítica Tecnológica.

Os brasileiros que elegeram Jair Bolsonaro (PSL) como presidente em 2018, cerca de 57,7 milhões, mal sabiam os planos por trás do candidato. Se perguntarmos nas ruas hoje, dirão que ainda não entenderam quais decisões serão tomadas para “mudar os rumos do país” e, como prometido na campanha, melhorar as vidas dos brasileiros.

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O candidato Fernando Haddad (PT) recebeu 47 milhões de votos e seu projeto de continuidade dos governos Lula e Dilma foram rejeitados nas eleições, mas não pela maioria. Cerca de 42,3 milhões de brasileiros não definiram entre os dois candidatos, registrado 40,87% dos eleitores que votaram em branco, nulo ou se abstiveram. Estes ficaram indecisos? Talvez pela última vez.

Quem toma as decisões sobre os rumos do país?

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Numa democracia como o Brasil, o presidente deve tomar as decisões respeitando a Constituição e as leis. Caso venha a ser denunciado por descumprir alguma regra, pode sofrer impedimento de continuar no mandato e seu vice passa a tomar as decisões sob as mesmas normas.

Como mandatário do povo, o cargo de presidente exige que as decisões sejam por ele(a) tomadas de forma racional, planejada, com metas, previstas no orçamento e, principalmente, que respeite a soberania do país.

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Porém, Bolsonaro foi eleito com apoio de um laranja (não o Queiroz) que vive cercado de estrategistas em tecnologia eleitoral, que trabalhou para Donald Trump e está organizando um grupo de militantes de extrema direita que chama de “O Movimento”. O nome do laranja internacional é Steve Bannon.

Bannon é diretamente ligado às corporações de Inteligência Artificial sediadas nos EUA, mais exatamente no Vale do Silício, que são: Google, Apple, Facebook, Amazon e Microsoft. Este conglomerado de corporações de tecnologia compõe a sigla GAFAM e, juntos, somam milhões de dólares em investimentos rumo a desenvolver a Inteligência Artificial.

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Os aplicativos no seu smartphone ou seu notebook, por exemplo, são uma fonte de informações para o GAFAM, que monitoram o que você está lendo, os lugares onde vai, horários, rotas, ainda ouvem suas conversas e dialogam com você apresentando sugestões de consumo. Não é coincidência o que você recebe de propaganda quando navega. É parte do Bigdata, que é a análise e a interpretação de grandes volumes de dados de grande variedade, que chegam para você sorrateiramente na tela do smartphone.

Estas informações ou dados analisados e processados buscam sugerir a você coisas e lugares, influenciando sua decisão de onde vai jantar, qual filme vai assistir, por qual rota vai andar pela sua cidade para fugir do trânsito. Agora pense que cada smartphone de cada pessoa na sua cidade, no seu país, no mundo, recebe informações analisadas e processadas pela GAFAM. Quem na realidade toma as decisões?

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Nas eleições de 2018 o imaginário dos brasileiros foi inundado por informações sobre candidato A ou B, e os eleitores indecisos apertaram as teclas da urna eletrônica induzidos pela Bigdata. Enquanto as empresas de pesquisa de opinião percorriam as ruas e faziam chamadas telefônicas para buscar dados e analisá-los em porcentagens, por um lado, os aplicativos do GAFAM induziam eleitores pelo outro. O resultado das pesquisas de opinião analógica ficaram distantes dos números da apuração final da eleição.

Nos EUA, a disputa entre Donald Trump e Hillary Clinton foi alvo de investigação, pois um lado acusava o outro de usarem tecnologias de Inteligência Artificial para manipular a decisão dos eleitores. Naquela parte do mundo, apontaram para interferência externa, no caso, a Rússia. Depois das investigações concluídas, nada de russo foi identificado; e também nenhuma acusação foi feita contra o GAFAM, que passou a prestar seus serviços na Guerra Híbrida pró-EUA, que tem a meta de mudar governos de outros países, como o Brasil e Venezuela.

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Bolsonaro doa Amazônia ao GAFAM

Após a viagem aos EUA, quando visitou a Agência de Inteligência (CIA), Bolsonaro anunciou que liberou a Amazônia para ser explorada em parceria com os EUA. Na Amazônia se encontram as últimas reservas planetárias de minérios usados na tecnologia de Inteligência Artificial e, em breve, mineradoras estarão poluindo terras e rios para arrancar riquezas nacionais que se transformarão em telefones inteligentes, TVs inteligentes, carros inteligentes, até geladeiras inteligentes. Isto tudo será regido pela GAFAM e sua Inteligência Artificial que conseguirá processar muitos dados. Mas o que os brasileiros ganharão com isto? Empregos? Renda? Smartphones mais baratos? Não.

Bolsonaro e alguns militares que ocupam ministérios trocaram as riquezas dos brasileiros para receber novas tecnologias de Inteligência Artificial em vigilância, que serão usadas para controlar a população, instaurando um Estado Policial. A Inteligência Artificial do GAFAM desenvolveu aplicativos, como o que já existe no Facebook, que identifica o rosto das pessoas que aparecem em fotos e sugere para serem marcadas pelos usuários. Esta tecnologia já está em câmeras de rua de muitas cidades, mapeando e identificando todos e todas. Um caminho sem volta.

A China é a única concorrência ao monopólio das corporações estadunidenses GAFAM. O conglomerado chinês é composto por Baidu, Alibaba, Tencent e Xiaomi, que formam a sigla BATX. O governo chinês já ampliou os recursos para pesquisa e desenvolvimento de Inteligência Artificial e ordenou que os dados dos cidadãos chineses não sejam disponibilizados para o exterior, com vistas a manter a segurança nacional e sua soberania. O que fez Bolsonaro?

Brasil subjugado na Quarta Revolução Industrial

A primeira Revolução Industrial mudou o modo de produção manual para a mecanizada, entre 1760 e 1830. A segunda Revolução Industrial, com a introdução da energia elétrica por volta de 1850, permitiu a manufatura em massa. E a terceira Revolução Industrial aconteceu em meados do século XX, com a chegada da eletrônica, da tecnologia da informação e das telecomunicações. A quarta Revolução Industrial vivemos agora, a cada momento, e ela traz consigo uma tendência à automatização total das fábricas.

A Revolução 4.0, como é chamada, introduz sistemas ciberfísicos, que foram possíveis graças à internet 5G (chamada internet das coisas) e à computação na nuvem, que você pode acessar de seu smartphone. Os sistemas ciberfísicos combinam máquinas com processos digitais, são capazes de tomar decisões descentralizadas e de cooperar com humanos mediante acesso à internet 5G.

A concorrência entre GAFAM (EUA) e BATX (China), levou à formação da Geopolítica Tecnológica, no mundo onde o capital já não tinham nacionalidades, agora não tem realidade e é completamente virtual. A Inteligência Artificial, via internet 5G, nuvem e computadores, toma as decisões para qualquer indeciso, sejam cidadãos, empresas, ministros e, inclusive, presidentes (como é o caso do Brasil).

Esta concorrência é para dominar territórios de países que não investem em Inteligência Artificial, como o Brasil, e por isso sofrerão com o “darwinismo tecnológico”, onde aqueles que não se adaptam não conseguirão sobreviver. Por isso, Bolsonaro e seus ministros militares paranoicos enterraram os brasileiros numa armadilha geopolítica que, para sairmos, teremos que formar uma geração de doutores em Inteligência Artificial, capazes de criar sistemas próprios do Brasil e fazer com que a população deixe de usar aplicativos e sistemas do GAFAM ou BATX, e passem a utilizar os nacionais. Será o período dos nacionalismos artificiais.

Porém, como o Brasil já provou inúmeras vezes, não possuímos uma elite interessada em desenvolver o país para os brasileiros. O lobby do GAFAM dominou o Congresso Nacional e arenas legislativas em muitos estados e cidades. Lembre-se quando taxistas foram substituídos por uma empresa de transporte que não possui carros, como a UBER. Leis foram alteradas para incluir a Inteligência Artificial estrangeira no nosso cotidiano.

Nossa elite subdesenvolvida, subimperialista, aceitou os lobbys e preferiu subjugar o próprio povo, instaurar um Estado Policial para instituir o controle a todos e todas. Não se interessaram em investir na liberdade da população e nossa inclusão no jogo mundial da tecnologia de Inteligência Artificial. E por quê a elite faz isso conosco?

Os ricos brasileiros pensam como jovens que criam startups, as empresas feitas para crescer pouco, depois serem vendidas para empresas maiores. Eles usam o recurso da venda das startups para adquirir imóveis que então  alugam utilizando aplicativos como Airbnb e contentam-se em viver desta renda. Bolsonaro é como um “presidente startup”, que vendeu nossa soberania em troca de alugar a Amazônia para o GAFAM e os EUA. Com isto, os únicos a ficarem felizes foram Trump, Bannon, os militares brasileiros e seus servos motoristas de “aplicativo do judiciário”, como Fernando Moro, Deltan Dallagnol, Roberto Barroso, Luis Fux, Edson Fachin e demais do STF, que deveriam defender nossa Constituição Federal e libertar aquele que derrubaria Bolsonaro nas urnas: Luis Inácio Lula da Silva.

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