Isolamento e tragédia
A República Popular da China é um país comunista, onde quem governa é o Partido Comunista da China; um fato de amplo conhecimento, mas ao que parece desconhecido da chapa do capitão e do general; como se ainda vivessem na Guerra Fria, atacam "países comunistas" e vizinhos latinos, enquanto alinham-se incondicionalmente aos Estados Unidos
A República Popular da China é um país comunista, onde quem governa é o Partido Comunista da China. Um fato de amplo conhecimento, mas ao que parece desconhecido da chapa do capitão e do general. Como se ainda vivessem na Guerra Fria, atacam "países comunistas" e vizinhos latinos, enquanto alinham-se incondicionalmente aos Estados Unidos.
Para se ter uma ideia da dimensão do desastre anunciado, a China é o maior mercado dos produtos brasileiros, destino de um quarto das nossas exportações no primeiro semestre de 2017. Além disso, atualmente a China é o maior exportador de capitais para a América Latina. Apenas em 2015, os "comunistas" chineses aportaram 250 bilhões de dólares em quase todos os países do continente.
Essa postura é de uma irresponsabilidade política e econômica sem precedentes, que contraria a história das Forças Armadas, em especial do Exército. Nos anos setenta, o general Ernesto Geisel reatou relações com a China, identificando no país "comunista" um parceiro privilegiado para o futuro do Brasil. Enfrentando as mesmas teses defendidas por quem hoje bate continência para "mau militar" candidato, Geisel questionava a ideia da submissão unilateral aos norte-americanos.
Em tempos de guerra comercial mundial, o Brasil abrir mão de seu protagonismo internacional - político e econômico -´é uma tragédia. Não apenas por abdicar de sua soberania e independência, mas também por alinhar-se ao inimigo de seu principal parceiro comercial. Na provável eventualidade de retaliações norte-americanas, produtores brasileiros e as exportações do país pagariam a conta da catástrofe.
A traição aos interesses nacionais torna-se mais grave ao incluir a instalação de bases militares na Amazônia para atender à política intervencionista dos EUA na região. A cada dia fica mais evidente que o compromisso do capitão e sua turma vai além de bater continência para a bandeira norte-americana. Às FFAA está reservado o inédito e criminoso papel de invasor de um país vizinho, no caso, a Venezuela.
Impedir toda sorte de insanidades reinantes, e colocar a defesa da Nação no centro do debate, é dever de todos os setores políticos, econômicos e sociais do país. A eleição, em seu segundo turno, não pode deixar passar estes temas em branco, sob o risco de mergulhar a sociedade no caos social. O Brasil tem vocação para ser uma grande Nação, mas nunca à mercê de piratas, saqueadores e traidores.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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