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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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“Isso vai dar merda com Michel” liga Cunha e Temer a Joesley já em 2012

A certeza é que Temer participava ativamente da distribuição dos “convites” da JBS e sempre queria ficar com a maior parte deles; a dúvida é por que Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves estão presos e ele solto, se ele tem, em liberdade, muito mais instrumentos do que eles para obstruir as investigações, o que, aliás, está fazendo e a constituição brasileira afirma que todos são iguais perante a lei, diz o colunista Alex Solnik; Temer deve ser atingido, em breve, pelas delações de Eduardo Cunha e Lúcio Funaro

cunha, funaro, joesley (Foto: Alex Solnik)
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A frase com que Eduardo Cunha respondeu à afirmação de Henrique Eduardo Alves de que Joesley daria dois “convites” para São Paulo e um para o Rio Grande do Norte – “isso vai dar merda com Michel” – encontrada em seu celular pelos agentes da Polícia Federal confirma que transações entre o dono da JBS e o então presidente do PMDB e atual do Brasil eram comuns, frequentes, secretas (senão, por que usar o termo “convites” em vez de “contribuição ao PMDB”. Por que usar linguagem cifrada?). já aconteciam em 2012 e confirma tudo o que Joesley disse a respeito do apetite de Temer em relação a “convites” que certamente não eram para o Rock’n Rio nem para o camarote da Brahma nem para o seu casamento.

   Eles são muito burros. Não deveriam falar em “convites” se Joesley não promove shows. Da próxima vez é melhor usar “bife” ou “filé” ou “picanha” para disfarçar.

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   Divulgada dois dias depois da mais corrupta votação da Câmara dos Deputados dos últimos tempos, a frase dá uma pálida ideia do linguajar empregado pelos membros da cúpula do PMDB e pode ser tanto a mais apropriada para resumir a sua curta e nefasta administração como ser inscrita em sua lápide como definição do lado impublicável da sua longa vida pública, quando ele se for.

   A continuação da conversa revela a preocupação de Cunha em não contrariar Temer. Ele propõe ao interlocutor outra solução, sem mexer com os “convites” de São Paulo.

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   Se faltava alguma prova de que Temer não é Madre Teresa de Calcutá agora não falta mais nada, embora isso não vá alterar um milímetro o resultado de quarta-feira, ainda que obtido no tapetão, com cenas de corrupção explícita no recinto da votação.

   Como se sabe, o STF não entra em bola dividida.

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   A troca de mensagens gera uma certeza e uma dúvida.

   A certeza é que Temer participava ativamente da distribuição dos “convites” da JBS e sempre queria ficar com a maior parte deles; a dúvida é por que Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves estão presos e ele solto, se ele tem, em liberdade, muito mais instrumentos do que eles para obstruir as investigações, o que, aliás, está fazendo e a constituição brasileira afirma que todos são iguais perante a lei.

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