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Ricardo Kotscho

Ricardo Kotscho é jornalista e integra o Jornalistas pela Democracia. Recebeu quatro vezes o Prêmio Esso de Jornalismo e é autor de vários livros.

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Já estamos caminhando para uma nova ditadura? Para o “mito”, democracia é um estorvo

"Parece que o presidente joga no caos generalizado para ver o circo pegar fogo e depois surgir como o salvador da pátria", avalia o jornalista Ricardo Kotscho, ao mencionar medidas de desmonte do estado praticadas pelo presidente Jair Bolsonaro; "Ele mesmo falou em Washington que primeiro é preciso destruir para depois começar a construir um novo Brasil. A destruição já começou, mas ninguém sabre o que virá no lugar dos escombros", diz Kotscho

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Por Ricardo Kotscho, no Balaio do Kotscho e para o Jornalistas pela Democracia

"Bolsonaro assume posturas de ditador" (Aldo Fornazieri, professor e sociólogo).

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Numa só canetada, ao completar 100 dias de governo, o presidente Jair Bolsonaro, também chamado de "Mito", acabou na semana passada com mais de 700 conselhos da sociedade civil organizada.

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Não escapou nem o Conade (Conselho Nacional das Pessoas Deficientes).

Entre todas as maluquices e indignidades cometidas até agora pelo governo do capitão de olhos arregalados, o mais grave para mim foi este decreto, um verdadeiro AI-5 redivivo, que acabou com os conselhos criados desde a redemocratização do país.

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O mais impressionante nisso é que a demolição deste sustentáculo da democracia participativa não gerou maiores reações da sociedade civil, como se fosse uma coisa normal.

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Fornazieri alerta em seu artigo publicado hoje no portal 247, que também publica este Balaio:

"Portador de uma mentalidade ditatorial _ não por acaso elogia ditadores sanguinários, Bolsonaro não se preocupa muito com as avaliações da opinião pública. Os políticos vocacionados às ditaduras tornam-se cada vez mais perigosos à medida crescente de seu isolamento".

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Despencando em todas as pesquisas, volta-se cada vez mais para o núcleo duro do seu eleitorado, os chamados "bolsonaristas de raiz", a extrema direita brasileira que lhe dava 20% dos votos na campanha presidencial, antes da facada e da prisão de Lula, que decidiram a eleição.

E o que se poderia esperar de quem tem como seus ídolos e modelos políticos figuras abomináveis como Pinochet e Stroessner, um deputado do baixo clero sempre defendeu a ditadura e as torturas do regime militar e tem como guia o coronel Brilhante Ustra e Olavo de Carvalho?

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Chegamos a um ponto de esquizofrenia política que já tem muita gente achando que só os generais, liderados pelo vice Mourão, podem salvar o Brasil de uma nova ditadura.

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O fim dos conselhos foi um passo emblemático deste governo paramilitar para afrontar o Estado de Direito, o respeito às liberdades individuais e o direito de organização e participação da sociedade num regime democrático.

Para Bolsonaro, as conquistas sociais e civilizatórias dos últimos anos são um apenas um estorvo na sua escalada autoritária, em que só ele quer mandar no pedaço, como se o Brasil fosse uma propriedade privada dele.

Acabar com os radares nas estradas, o liberou geral das armas, as seguidas agressões aos órgãos de defesa do meio ambiente, tudo isso faz parte de uma estratégia ensandecida do "quanto pior, melhor", que antes era uma arma da oposição, não dos governos.

Acreditando mesmo que é um "Mito", que cumpre uma missão divina, parece que o presidente joga no caos generalizado para ver o circo pegar fogo e depois surgir como o salvador da pátria.

Ele mesmo falou em Washington que primeiro é preciso destruir para depois começar a construir um novo Brasil.

A destruição já começou, mas ninguém sabre o que virá no lugar dos escombros.

Vida que segue.

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