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Janene morreu. Mas seu espectro continua vivo

Que bons negócios (para eles, ruins para o país) o trio Janene-Yousseff-Paulo da Costa teriam feito a ponto de levar este último a queimar documentos oficiais?

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(originalmente publicado em O Diário)
 
A Polícia Federal prendeu hoje o ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto da Costa. Sua prisão foi em decorrência da operação Lava Rápido, deflagrada segunda-feira para desbaratar uma quadrilha de doleiros especializada em lavagem de dinheiro.

O doleiro mais ilustre, no mau sentido, apanhado com a boca na botija é o londrinense Alberto Yousseff. A PF chegou a Paulo da Costa porque descobriu que ele ganhara um Land Roover de Yousseff, mas a prisão foi determinada porque o ex-diretor da estatal estava queimando documentos oficiais.

Seria mais um entre tantos casos de corrupção, não fosse o detalhe: Yousseff começou sua carreira criminosa bafejado pelo então deputado federal José Janene, falecido há dois anos (que Alá, o misericordioso, tenha tido piedade de sua alma).

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Janene foi réu oculto em dezenas de ações movidas pelo Ministério Público para apurar um amplo esquema de corrupção na Prefeitura de Londrina sob a administração de Antônio Belinati – que resultou cassado em 2000 por causa disso. A casa de câmbio de Yousseff foi usada para lavar dinheiro desviado da prefeitura.

Yousseff também se envolveu na operação de envio de dinheiro ao exterior por meio de contas fantasmas no extinto Banestado e, pelo jeito, tomou gosto pela coisa: os agentes e negócios públicos converteram-se em fabulosa fonte de renda (ilícita) para ele. A PF suspeita que ele esteja envolvido numa grande maracutaia com o Ministério da Saúde, sob a gestão de Alexandre Padilha, que resultou na contratação milionária de uma empresa minúscula para fabricar medicamentos que ela não estava apta a fabricar – e teve de terceirizar para uma gigante do setor…

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A PF atribui a Yousseff a propriedade da corretora Bônus-Banval, tristemente célebre por ter sido utilizada para desvio e lavagem de dinheiro do mensalão. Pela corretora passou todo ou a maior parte do dinheiro destinado ao PP, do qual José Janene era dirigente. Enivaldo Quadrado surgiu no processo como seu proprietário. A PF, no entanto, suspeita que ele seja mero laranja de Yousseff. Quadrado foi condenado ao cumprimento de pena alternativa por sua participação no esquema e posto atrás das grades no bojo da operação Lava Rápido.

Além dessas duas, Yousseff e Janene encontram-se em outra encruzilhada: Paulo da Costa, o ex-diretor da Petrobrás preso hoje. Janene é que o indicou para a diretoria da estatal e Yousseff o presenteou com o utilitário preferido dos corruptos, o mesmo que causou a desgraça do ex-secretário geral do PT Silvio Pereira, vulgo Silvio Land Roover.

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