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Rubens José da Silva

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Janot implode consórcio do impeachment

Do farto material que Janot dispõe há tempos contra tucanos, parece que Aécio será boi de piranha. Assim, encerra-se a narrativa da imparcialidade e se reinicia a da diferença entre corrupção e caixa dois. Janot encontrou o timing perfeito. Para si e tantos outros

Procurador-geral da República, Rodrigo Janot (Foto: Rubens José da Silva)
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O Procurador-Geral da República Rodrigo Janot, um dos expoentes da coalizão jurídico, político e midiática que viabilizou a derrubada de Dilma, é hoje peça-chave no desmascaramento do golpe.

Ao puxar as calças de Temer e Aécio e deixa-los com a bunda de fora, comprando, automaticamente, uma briga com o escudeiro Gilmar Mendes, implodiu a coalizão.

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Janot resolveu delatar o golpe. Mas a troco de quê?

De limpar o seu nome de um conluio que se tornou insustentável.

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Em seu caso, pedir o boné, já bastante usado por quem não quer ser identificado como cúmplice de uma quadrilha que tomou o poder, não o exime. Ele precisava mostrar que seu combate à corrupção não era partidário.

Passa, então, a ser criticado por quem o aplaudia e vice-versa.

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Enquanto um lado o acusa de desvirtuar a verdadeira Lava Jato – a de Curitiba, que tem seu foco em Lula e PT -, o outro agora o reverencia por conduzir uma investigação baseada em provas e não em indícios e convicções.

Mas pera lá, nem tanto ao mar, nem tanto à terra. A gravação de Sérgio Machado com Romero Jucá, divulgada antes do impeachment, há mais de um ano, não deixava dúvidas sobre quem eram Temer e Aécio.

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Mas, realmente, Janot assumiu o protagonismo.

O procurador Carlos Fernando Lima ainda tentou pegar uma carona com Janot: "Enquanto diziam que éramos contra um partido ou outro, a Procuradoria da República se manteve firme na sua tarefa de revelar a corrupção político-partidária sistêmica".

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Tarde demais. Seus superiores sempre tiveram um único roteiro e qualquer tentativa de desvio era descartada por um "não vem ao caso" ou "não fazia parte da base do governo", apesar das evidências gritantes contra tucanos.

Sem dúvida, o atual momento de Janot escancarou a infantilidade e seletividade dos dallagnóis. A peça do powerpoint passou de patética à criminosa depois da delação da JBS.

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Cabe lembrar que um dos grandes juízes que trabalharam na Operação Mãos Limpas, inspiração maior da Lava Jato, ao retornar à Itália depois de uma visita ao nosso país, afirmou: "se nós tivéssemos feito o que o Moro faz no Brasil, nós é que acabaríamos em cana".

Com tanto mocinho sendo desmascarado, atores importantes da coalizão tentam se safar da pecha de golpista. E tal qual uma delação, em que se entrega o parceiro de falcatrua para se salvar, eles passaram a brigar entre si, acusando-se uns aos outros. Passamos, então, a assistir a Globo detonando Temer e Aécio, seus ex-candidatos.

E do farto material que Janot dispõe há tempos contra tucanos, parece que Aécio será boi de piranha. Assim, encerra-se a narrativa da imparcialidade e se reinicia a da diferença entre corrupção e caixa dois.

Janot encontrou o timing perfeito. Para si e tantos outros.

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