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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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“João Dólar Jr” põe Alckmin em sinuca de bico

"Não é a primeira vez nem será a última em que aqueles que se arrogam como defensores da ética e da moralidade são flagrados como seus maiores transgressores. O caso de João Dória Jr. – que faz, cada vez mais, jus ao apelido João Dólar Jr. - é exemplar e está apenas no começo", diz o colunista Alex Solnik; "O escândalo do Panamá mudou tudo. A essa altura os tucanos devem estar pressionando Dólar Jr. a retirar sua candidatura, que estava praticamente confirmada, pois não vão carregar nas costas um candidato que esconde a fortuna em offshores onde também se abrigam os maiores escroques do mundo e nem os eleitores irão votar num escândalo ambulante", diz o colunista, que faz ainda uma sugestão: "João Dólar Jr. pode ser um bom candidato (de fachada) a prefeito da Cidade do Panamá"

"Não é a primeira vez nem será a última em que aqueles que se arrogam como defensores da ética e da moralidade são flagrados como seus maiores transgressores. O caso de João Dória Jr. – que faz, cada vez mais, jus ao apelido João Dólar Jr. - é exemplar e está apenas no começo", diz o colunista Alex Solnik; "O escândalo do Panamá mudou tudo. A essa altura os tucanos devem estar pressionando Dólar Jr. a retirar sua candidatura, que estava praticamente confirmada, pois não vão carregar nas costas um candidato que esconde a fortuna em offshores onde também se abrigam os maiores escroques do mundo e nem os eleitores irão votar num escândalo ambulante", diz o colunista, que faz ainda uma sugestão: "João Dólar Jr. pode ser um bom candidato (de fachada) a prefeito da Cidade do Panamá" (Foto: Alex Solnik)
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Não é a primeira vez nem será a última em que aqueles que se arrogam como defensores da ética e da moralidade são flagrados como seus maiores transgressores. O caso de João Dória Jr. – que faz, cada vez mais, jus ao apelido João Dólar Jr. - é exemplar e está apenas no começo.

Ele atravessou o ano passado em campanha agressiva contra a corrupção no PT e no governo Dilma e não poucas vezes cobrou, inclusive do juiz Sergio Moro punições severas para petistas, com foco principal em Lula e a deposição da presidente.

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Tornou-se um dos maiores tietes de Moro, que sempre correspondeu aos confetes sem pudor algum, abdicando constantemente da sua condição de juiz, cuja principal virtude deve ser a imparcialidade.

Ele perdeu essa virtude em relação a Dólar Jr. e agora está num beco sem saída. Ou se omite em relação ao envolvimento de seu amigo no maior escândalo internacional da atualidade, o Panamá Papers e, além de cair mais um degrau em sua já visível decadência pode até ganhar a pecha de cúmplice ou resolve investigá-lo e colabora no desmascaramento de mais um moralista de fachada – uma fachada tão frágil quanto a da offshore que comprou na Mossack Fonseca e acaba de vez com a carreira política e, possivelmente, também empresarial do amigo.

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Mas quem está mesmo numa sinuca de bico é o governador Geraldo Alckmin. Introduzido no ninho dos tucanos por Mário Covas, embora não tivesse passado de combate à ditadura militar, e um perfil claramente conservador, nunca foi tolerado pelos companheiros de Franco Montoro, mas seu sucesso eleitoral obrigou-os a aceitar sua liderança.

Seu lance mais ousado foi lançar João Dólar Jr. a prefeito de São Paulo, empreitada que estava dando certo até agora.

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O escândalo do Panamá mudou tudo. A essa altura os tucanos devem estar pressionando Dólar Jr. a retirar sua candidatura, que estava praticamente confirmada, pois não vão carregar nas costas um candidato que esconde a fortuna em offshores onde também se abrigam os maiores escroques do mundo e nem os eleitores irão votar num escândalo ambulante.

Ou Alckmin, a exemplo de Moro, faz ouvidos moucos e repete a cantilena de que ele ainda pode se explicar, e os advogados de Dólar Jr. fazem das tripas coração para mostrar que o diabo não é tão feio como se pinta ou toma uma decisão de verdadeiro líder e defenestra Dólar e com isso enterra definitivamente suas pretensões de disputar a presidência da República em 2018.

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Quem deve estar se divertindo com isso é um de seus desafetos mais notórios, José Aníbal, aliado de Aécio em São Paulo. Alijado da disputa da prefeitura pelo efeito Dólar Jr., que “empolgou” o PSDB, Aníbal teve que se manter na retaguarda, recebendo de Aécio, como prêmio de compensação a presidência do Instituto Teotônio Vilela.

Outro motivo de alegria de Aníbal é a provável e suposta nomeação de Serra para um ministério do futuro e suposto governo Temer. Suplente de Serra, ele finalmente poderá voltar aos holofotes políticos, agora como senador – se não aparecer no caminho uma pedra parecida à que deve tirar Dólar Jr. da corrida à prefeitura.    

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Mas nem tudo está perdido: João Dólar Jr. pode ser um bom candidato (de fachada) a prefeito da Cidade do Panamá.

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