CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
blog

Jornalismo em disputa

A democracia está em jogo e o golpe vem pela televisão. Vamos nocautear nas redes?

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

O cenário político é delicado. Do que sabemos, a única certeza é: nada teria a dimensão alcançada sem o papel estrutural dos meios de comunicação de massa. Ilude-se quem pensa que à imprensa cabe a cobertura dos fatos.

Estamos sempre a refletir sobre o papel das mídias. Mas, para compreendermos o que é classificado como jornalismo, é importante analisar de que forma ele é concebido e o horizonte ideológico que ele pode ser significado. Também é super importante refletir sobre o que é notícia, o que é cobertura jornalística e de que forma ela é produzida.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Desde os tempos primórdios a mídia possui posicionamento. A intenção de formação da opinião pública é um dos objetivos mais marcantes da comunicação e todo mundo sabe disso. São frases repetidas à exaustão, invizibilização de todos os lados de um acontecimento, enquadramentos, palavras, enunciados que fazem qualquer discurso perder sua neutralidade.

Nesse mês de março, estamos assistindo a rede globo propagar à atual gestão da Presidenta Dilma Rousseff um fardo de "pior governo de todos os tempos". Uma narrativa convincente e descarada que está mobilizando parte expressiva dos brasileiros a pedirem o impeachment de um governo que foi democraticamente eleito. Um vexame midiático de constranger qualquer profissional. Uma atuação autoritária parceira de um judiciário que passa por cima da constituição.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Ao longo da semana, matérias que proclamavam " o governo está encurralado", " a Dilma não vai aguentar a pressão". Até chegaram a se referir à Dilma como "Ex presidente". Repórteres e comentaristas se revezando para enaltecer protestos de uma elite branca, a fim de jogar sobre os atos um peso decisivo sobre a política do país. O telespectador ficou até sem o filme da sessão da tarde no último domingo. Durante o programa do Faustão teve cobertura ao vivo das manifestações. Isso é grave.

Michel Kunczik (2002) aborda questões muito importantes a se pensar nesses últimos dias. A vulnerabilidade do trabalho jornalístico, a obsessão pela notícia nos dias atuais, a cultura profissional dos jornalistas e da organização do trabalho e a relação com os aspectos sociais que envolvem: como jornalista escrever sobre uma situação ou objeto que por ele é totalmente desconhecido e como ele escreve quando o objeto é conhecido.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

" Um jornalismo objetivo e neutro, distanciando passivamente dos eventos de que trata. O oposto é o jornalismo ativamente comprometido, participativo e socialmente engajado, que promove causas. Na realidade essas duas imagens normativas não se excluem mutuamente. Um jornalista pode sentir-se igualmente comprometido com a reportagem objetiva e neutra e com uma obrigação social...". (Kunczik 2002 )

Na possibilidade de adotar apenas uma das duas condutas apresentadas, a função do jornalista apresentada pelo autor como "defensor" é concebida como o suporte para causas sociais seus próprios interesses. Este lado da prática jornalística representa, portanto, uma tentativa de mudar a estrutura social na qual se vive. Então, o texto jornalístico, trabalhado de tal maneira, teria mais poder de persuasão sob o leitor?

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

É evidente que um discurso e um contexto específico atinge efetivamente o público. A grande missão dos meios de comunicação de massa é a formação da opinião pública. O que isso nos diz é que o pau que dá em Chico dá em Francisco. Se o facebook hoje conta com mais de 1. 4 bi de usuários no mundo e 80% da população brasileira está conectada, o que estamos esperando?

É lógico pensar também, que, após vinte e um anos de regime militar (1964-1985), a imprensa brasileira assumiu um novo papel. Passou a ser compreendida como agente central na construção da cidadania e também da democracia. Num país até então marcado pela repressão da censura, o marco da liberdade, no final dos anos 80, seria justamente um alívio e a reconquista de um direito fundamental, a liberdade de imprensa.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Este fato marcante na história nos faz compreender, portanto, que a visibilidade é uma condição essencial para a cidadania e justifica como o jornalismo é visto socialmente como ferramenta de utilidade pública.

O que fazer então com esse cenário montado, essa farra na produção e veiculação de informações, práticas, atitudes na TV?

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Se a imprensa pode atuar como partido político, deixem que digam os factóides deles durante o Jornal Nacional à noite. Atacaremos com as #REDES durante o dia.

#NãoVaiTerGolpe

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247,apoie por Pix,inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO