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José Reinaldo Carvalho

Jornalista, editor internacional do Brasil 247 e da página Resistência: http://www.resistencia.cc

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José Martí, o ideólogo cubano da “Guerra Necessária”

O pensamento de José Martí está presente na luta anti-imperialista, pela integração e unidade latino-americana e caribenha

(Foto: Divulgação)
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Por José Reinaldo Carvalho - Há 127 anos, em 19 de maio, morreu José Martí, o Apóstolo de Cuba, o cérebro e o coração da "Guerra Necessária" pela independência da maior das Antilhas, aquele cuja obra teórica e ação prática inspirou Fidel e os combatentes da Sierra Maestra na Revolução que transformou Cuba no primeiro país socialista das Américas.

“Ya nos falta el mejor de los compañeros y el alma podemos decir del levantamiento…!”. Com esta frase em seu Diário de Campanha, referia-se  à morte de Martí Máximo Gómez, o General dominicano que comandou as tropas revolucionárias cubanas na Guerra de Independência.

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Herói Nacional Cubano, José Martí é e será sempre lembrado por seus compatriotas por seu legado histórico e universal. No contexto atual, inteiramente diverso do tempo em que viveu, suas ideias continuam atuais em face da complexidade das lutas contemporâneas, em que o empenho da atual geração de cubanos e latino-americanos em defesa da independência, da autodeterminação e da soberania nacionais encontra-se na ordem do dia, entrelaçado com o combate por um mundo melhor, socialmente justo, progressista e pacífico. 

O conjunto de sua obra como filósofo, político e ideólogo preclaro, publicista, escritor e poeta mostra que foi um homem de todos os tempos. 

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Martí nasceu em Havana em 28 de janeiro de 1853 e em 42 anos de vida até sua queda em combate em Dois Rios contra o colonialismo espanhol, sua maior missão foi a de lutar por uma Cuba livre. 

Sua sensibilidade social se faz notar desde bem cedo quando se manifestou contra os horrores da escravidão e se rebelou contra os grilhões da dominação colonial espanhola. Ainda adolescente, admirou-se com a gesta libertária de 1868, primeira tentativa de luta contra o colonialismo e, estudando aquela experiência, concluiu que só restava a Cuba o caminho da luta pela independência. 

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Por sua inteira dedicação a essa nobre causa foi preso e exilado. 

O pensamento e a obra do Herói Nacional de Cuba são os de um homem de raro talento e refinada sensibilidade, o publicista e o combatente que interpretou os problemas da época em que viveu e vislumbrou o futuro, do líder que foi capaz de fundar o Partido Revolucionário Cubano, que organizou e conclamou à guerra contra o colonialismo espanhol, o pensamento e a obra de um gigante, o que levou o comandante da Revolução Cubana, Fidel Castro, meio século depois do desaparecimento físico de Martí, a considerá-lo o inspirador e autor intelectual da façanha revolucionária vitoriosa em 1º de janeiro de 1959.

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O pensamento e a obra de José Martí seguem vigentes e contêm um legado político-ideológico humanista e latino-americano, com profundo sentido social porque orientado para “los pobres de la Tierra”, como ele dizia, e patriótico, porque voltado para a conquista da independência de seu país.

A época atual se caracteriza pela manifestação de dilacerantes crises, explosivas contradições, instabilidade e acidentadas transições nos aspectos econômico e geopolítico, o que está na raiz de conflitos nacionais, lutas populares e de classes. 

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Dizia Martí que “de Nuestra América se sabe menos de lo que urge saber”. Assim que, trilhar os caminhos martianos significa compreender e interpretar as tendências do que está ocorrendo na América Latina e no Caribe. Em nossa região as contradições econômicas e políticas geraram um cenário de luta com peculiaridades históricas, em um ciclo em que as forças progresssitas e revolucionárias  enfrentam, com fluxos e refluxos, forças oligárquicas, classes dominantes que se abrigam em partidos de direita e extrema-direita, aliadas à potência imperialista do Norte, esforçando-se por conquistas democráticas, sociais e pela verdadeira independência e desenvolvimento compartilhado. 

Essas forças progressistas, quando no governo, foram capazes de construir mecanismos de integração regional que, bem manejados, permitem assumir posições vantajosas em um cenário mundial de crise econômica e acentuados conflitos, abrindo a possibilidade de edificar novas alternativas para o desenvolvimento e de constituir um polo geopolítico que produz novas correlações de forças. 

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A maior expressão desse fenômeno é a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). 

O pensamento de José Martí está presente na luta anti-imperialista atual, pela integração e unidade latino-americana e caribenha, cada vez mais intensa, mormente quando se observa a ofensiva imperialista contra a América Latina, por meio da relação direta da Casa Branca com governos reacionários de turno e da sua agência "multilateral", a OEA. 

A unidade latino-americana e caribenha, inspirada no pensamento de José Martí, se entrelaçada com a luta nacional, democrática e social em cada país da região, pode ser capaz de fazer soar o dobre de finados do pan-americanismo inseminado pela Doutrina Monroe e desenvolvido com a orientação política que no começo do século 20 foi batizada de “Corolário Roosevelt”. 

Hoje as políticas externa e de defesa dos Estados Unidos são cada vez mais marcadas pelo afã de dominar o mundo.  

O pensamento e a obra de Martí servem para as atuais gerações como fonte de inspiração para lutar contra o perigoso vizinho do Norte. Os países da região, como as árvores, “hão de pôr-se em fila, para que o gigante das sete léguas (referindo-se aos EUA) não passe”. 

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