Justiça é um prato que se come frio

No Brasil, a justiça passou a ser entendida como vingança, por alguns patriotas remanescentes dos atos antidemocráticos patrocinados pelo governo do genocida e por seus apoiadores. 

Os adeptos ‘baphomet’, estão sempre usando uma frase fora de contexto de uma entrevista que Lula concedeu ao Brasil 247, em que diz que “só pensava em me vingar do Moro”, quando esteve 580 dias presos injustamente por conta da perseguição que sofreu para que ficasse fora da disputa eleitoral de 2022. 

Uma das personagens mais atuantes da guerra jurídica contra Lula, foi Deltan Dallagnol, ex-Procurador e agora Deputado Federal cassado pelo Supremo Tribunal Eleitoral. 

Dallagnol é um ‘peixe’ considerado de grande porte, porém menor do que Sérgio Moro e Jair Bolsonaro, quando avaliado sob o aspecto macro no que se configurou a interrupção do Estado Democrático de Direito.  

Deltan Dallagnol tentou ficar sob o cobertor da imunidade parlamentar para fugir dos processos que estavam tramitando contra si. Foi o deputado mais votado do Paraná na última eleição, parecia que estava protegido, mas o TSE engoliu o rabo do ‘peixão’. 

Outra personagem que está escondida sob o manto da imunidade é o ex-juiz e ex-ministro de Bolsonaro, o senador Sérgio Moro. O senador sabe que também tem contas a pagar, principalmente com a história. Seu mandato será cassado pelo TSE por conta de um caixa 2. 

O caso de Bolsonaro é ainda mais instigante, porque parte do cardume que o rodeava está preso e pode aceitar delação premiada. Mesmo que não o delatem, Bolsonaro já é um peixe na rede aguardando a traineira. 

Dallagnol, Moro e Bolsonaro serão devidamente julgados e punidos com provas suficientes para levá-los à prisão. A justiça precisa limpar o rastro de sujeira que ficou daquele fatídico golpe contra a democracia.