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Cida de Jesus

Presidente do Diretório Estadual do PT de MG

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Juventude: um farol a iluminar a luta por justiça social

Sim, houve uma revolução, que passou por todos os níveis da educação, da creche à pós-graduação. Agora, todos esses avanços estão sendo esfacelados pelo governo golpista de Michel Temer, que vem paulatinamente destruindo as políticas sociais construídas nos 13 anos de governos petistas

Crédito: Carlos Alberto / Imprensa - MG Local: Cidade de Brumadinho - MG Data: 01-08-2017 Assunto: Escola Integral mais Educação , Secretária de Educação Macaé Evaristo (Foto: Cida de Jesus)
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No dia 11 de agosto, é celebrado, no Brasil, o Dia do Estudante. A data já foi motivo de comemoração, afinal tivemos no País uma era de direitos, ou, como dizem alguns, a era da inclusão social promovida pelos Governos Lula e Dilma. Esse período foi marcado por uma verdadeira revolução na educação, que seguiu o preceito do grande mestre Paulo Freire, "se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda".

Para se ter uma ideia das inúmeras conquistas sociais neste período, o orçamento do Ministério da Educação passou de R$ 18 bilhões para R$ 115,7 bilhões, entre 2002 e 2014 e com a expansão das universidades federais e programas como o Prouni e o Fies, o número de estudantes universitários mais do que dobrou. Resultado: o país que levou cinco séculos para ter 3,5 milhões de jovens nas universidades, precisou de apenas 13 anos para chegar aos 7,1 milhões de estudantes em cursos de ensino superior.

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Nas Universidades Federais, os estudantes das classes D e E passaram a representar 2/3 dos alunos, o que só foi possível graças a programas de inclusão universitária, como as leis de Cotas e o Plano Nacional de Assistência Estudantil (PNAES), de concessão de bolsa mensal para estudantes de baixa renda. Já o número de escolas técnicas passou de 11 para 420 unidades e mais de 12 milhões de jovens tiveram acesso ao Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Sem contar a instituição do Piso Salarial Nacional do Magistério, buscando corrigir uma injustiça de décadas com os professores.

Sim, foi uma revolução, que passou por todos os níveis da educação, da creche à pós-graduação. Agora, todos esses avanços estão sendo esfacelados pelo governo golpista de Michel Temer, que vem paulatinamente destruindo as políticas sociais construídas nos 13 anos de governos petistas.

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Um dos retrocessos mais graves foi, seguramente, a Proposta de Emenda a Constituição (PEC 55) que congelou os gastos públicos por 20 anos. O resultado desta medida já vem sendo sentindo, um exemplo são as universidades federais que ameaçam fechar as portas. O governo também aprovou a chamada Reforma do Ensino Médio sem qualquer discussão com a sociedade. O projeto retira, dentre outras medidas, a obrigatoriedade de disciplinas como Filosofia e Sociologia.

Já programas como o Pronatec e Ciência sem Fronteiras simplesmente acabaram. Outros como o Fies, sofrerão fortes mudanças. Estudantes pobres, que são o foco do programa, vão encontrar mais dificuldade na hora de quitar o financiamento. Os que fecharem contratos com o Fies a partir de 2018 terão que pagar o dinheiro do empréstimo com desconto automático na folha de pagamento após concluírem o curso.

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São muitos os retrocessos na educação e em outras áreas. Em apenas um ano, conseguiram impor este nível inédito de regressão social e democrática. Diante de tudo isso, que caminho nos resta? Somente um, acredito: a resistência. Precisamos manter a capacidade de indignação e mobilização para dizer "não" ao retrocesso e construir um novo tempo. Deposito minha esperança nos jovens e estudantes que corajosamente participam, em todo o Brasil, das manifestações e resistem bravamente, como no ano passado quando ocuparam escolas públicas em defesa da liberdade, do pensamento crítico e de uma educação de qualidade. Exemplos, como esses, devem seguir nos iluminando na luta por uma sociedade mais justa e para que, em um futuro breve, possamos ter novamente motivos para comemorar o Dia do Estudante.

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