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Laurez Cerqueira

Autor, entre outros trabalhos, de Florestan Fernandes - vida e obra; Florestan Fernandes – um mestre radical; e O Outro Lado do Real

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Lança-chamas sobre o Palácio do Planalto

"Depois dos lança-chamas de Gustavo Bebianno sobre o Palácio do Planalto, o jogo saiu da fase 'presidente trapalhão' e saltou para a de 'o que fazer com Jair Bolsonaro'", diz o colunista Laurez Cerqueira, para quem a "palavra impeachment voltou a ecoar entre as paredes dos gabinetes da Praça dos Três Poderes, em Brasília"; "O ideal seria a realização de novas eleições. Proporcionar à população, num amplo debate nacional, a oportunidade de desfazer a fraude eleitoral e resgatar a democracia, mas o Congresso e os Tribunais são muito pequenos para decisões grandiosas"

Lança-chamas sobre o Palácio do Planalto (Foto: Adriano Machado - Reuters)
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Depois dos lança-chamas de Gustavo Bebianno sobre o Palácio do Planalto, o jogo saiu da fase "presidente trapalhão" e saltou para a de "o que fazer com Jair Bolsonaro".

A palavra impeachment voltou a ecoar entre as paredes dos gabinetes da Praça dos Três Poderes, em Brasília.

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O episódio dos áudios de diálogo entre o ministro Gustavo Bebianno e o presidente, expôs ainda mais, com riqueza de detalhes, o comentado desequilíbrio, as fraquezas, e o absoluto despreparo de Jair Bolsonaro para exercer a Presidência da República. Não há mais dúvidas.

Isso já é reconhecido pelos grandes grupos de imprensa em editoriais contundentes.

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Além disso, o presidente tem sua família investigada pelo Ministério Público e pela Polícia Federal. Até mesmo sua esposa, Michelle Bolsonaro, devido a movimentação de vultosas quantias de misterioso dinheiro. Todos envolvidos num liame com milícias do crime organizado. Uma completa desmoralização.

Humilhado publicamente, Bebianno apresentou, como revide, provas cabais de que o presidente mentiu e que é uma pessoa mau-caráter. Trata-se de amostra dos bastidores da eleição e do governo de Bolsonaro, que escandalizaram o país.

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Bebianno riscou o chão para o enfrentamento. Os sinais são de que a escalada das revelações vai acontecer na medida do avanço das investigações sob responsabilidade e proteção de Sérgio Moro, ministro da Justiça e comandante da Polícia Federal.

Resta saber se nas mãos de Moro as investigações serão tratadas com o devido rigor e imparcialidade, como manda a lei, ou se o Ministério da Justiça e a Polícia Federal serão transformados em "Fornos Privilegiados" a fim de preparar convenientes pizzas para os banquetes do Palácio do Planalto.

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A ida de Bolsonaro ao Congresso para levar pessoalmente o projeto de reforma da Previdência, parece ser mais uma decisão intempestiva, em hora inconveniente, que certamente causará mais desgastes.

A entrega ostensiva de medida tão impopular, que subtrai direitos da população, alimenta ainda mais as chamas do incêndio.

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Isso se faz quando o governante está politicamente em alta, em lua de mel com a população. Não é o caso.

O escândalo das candidaturas "laranja" do PSL e os vídeos "lança-chamas" crepitam no monturo da base de sustentação do governo, no Congresso Nacional, com estragos difíceis de serem reparados. Uma base que sequer se consolidou.

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As denúncias têm potencial altamente explosivo. As investigações, se feitas com o devido rigor e imparcialidade, podem revelar as conexões entre o Caixa 2 das "candidaturas laranjas" do PSL com o Caixa 2 que pagou as empresas impulsionadoras das fake news nas eleições.

Ou seja, o futuro da chapa Jair Bolsonaro – Hamilton Mourão está no TSE. O processo sobre as fake news está no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nas mãos do ministro Jorge Mussi, conhecido como ministro durão, por não fazer concessões.

Os últimos fatos envolvendo o governo bem que poderia encorajar o tribunal para tomar uma decisão de acordo com a gravidade das denúncias.

A possibilidade de impeachment de Jair Bolsonaro ronda o Palácio do Planalto como uma nuvem carregada de raios mortais. O vice, General Hamilton Mourão, esfrega as mãos a espera da oportunidade de assumir o lugar do capitão.

Vai depender do fechamento da fábrica de crises, de até onde vai o desgoverno, a decadência da economia e os níveis de desemprego

Outra possibilidade seria o titular aceitar a condição de "presidente decorativo", com uma sala decorada com fantasias de poder, mas apenas com a tarefa de carimbar e assinar atos do governo.

O ideal seria a realização de novas eleições. Proporcionar à população, num amplo debate nacional, a oportunidade de desfazer a fraude eleitoral e resgatar a democracia, mas o Congresso e os Tribunais são muito pequenos para decisões grandiosas.

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