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Joaquim de Carvalho

Colunista do 247, foi subeditor de Veja e repórter do Jornal Nacional, entre outros veículos. Ganhou os prêmios Esso (equipe, 1992), Vladimir Herzog e Jornalismo Social (revista Imprensa). E-mail: joaquim@brasil247.com.br

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“Lava Jato colocou um genocida no poder”: o depoimento de Delgatti à Justiça (vídeo)

O hacker foi interrogado e não se intimidou. Além de acusar os procudores em Curitiba e Moro, revelou que antes de entregar as mensagens a Glenn, procurou o MPF, mas foi ignorado, conta Joaquim de Carvalho.

Delgatti, Moro e Dallagnol (reprodução) (Foto: Delgatti, Moro e Dallagnol (reprodução))
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Walter Delgatti Neto, o hacker que mudou a história do Brasil, disse ao juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal, que a Lava Jato conspirou para perseguir Lula e é responsável pela existência de um genocida no comando do governo federal.

“Se não temos vacina, é porque há um genocida no poder, e quem colocou ele lá foi a Lava Jato”, afirmou, em depoimento no processo em que é acusado de organização criminosa, lavagem de dinheiro e interceptação telefônica ilegal.

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Pela intercepção, Delgatti estaria sujeito à pena de três meses a um ano. Porém, o Ministério Público considerou que cada invasão corresponde a um crime e, portanto, ele está sujeito a uma pena de mais de 300 anos.

“Não me arrependo”, disse ele ao juiz. “Mesmo quando eu estava preso, sabia que havia feito algo importante para o meu país”, acrescentou.

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O magistrado, que proibiu Delgatti de dar entrevista depois da exclusiva que ele deu à TV 247, demonstrou interesse sobre a a fala do interrogado e, a certa altura, censurou o advogado de Deltan Dallagnol, pela postura agressiva.

“Pergunte sobre fatos, doutor. Nas alegações finais, o senhor pode fazer a contestação”, declarou.

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Delgatti também revelou que, antes de procurar Manuela D’Ávila e ser encaminhado a Glenn Greenwald, tentou entregar as mensagens à então procuradora geral da República, Raquel Dodge, e ao presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, José Robalinho Cavalcanti.

Os dois leram as mensagens, mas não teriam dado atenção.

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Delgatti continua morando com a avó em Araraquara, está proibido de acessar equipamentos de informática, com computadores ou celulares. 

Por essa razão, não consegue trabalhar. 

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Ele já fez pré-matrícula em uma faculdade de Direito da cidade, para continuar os estudos, interrompidos quando foi preso, em 2019.

Delgatti, no entanto, não pode frequentar, já que, em razão da pandemia, elas são virtuais.

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Também usa tornozeleira eletrônica, embora não funcione. Seu advogado, Ariovaldo Moreira, já pediu a retirada do equipamento, mas o juiz negou.

Ao reiterar os pedidos de retirada da tornozeleira e a revogação da proibição de acesso a computadores, o Ministério Público foi contra.

“Ele conhece muito de informática. Seria como dar milho para galinha”, disse o procurador presente na audiência.

Ele ainda comparou o acesso de Walter Delgatti a computadores à entrega de uma arma a um policial processado por homicídio.

Advogados presentes protestaram. Delgatti manteve a calma. “Eu tenho a consciência tranquila. Eu fui preso, mas sempre fui livre. Ao contrário dos procuradores e do Moro. Eles estão presos à consciência deles, porque sabem que fizeram algo muito errado”, disse.

Veja o vídeo com alguns dos melhores momentos do depoimento do Delgatti.

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