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Rachel Vargas

Jornalista há 20 anos, atuou nas principais redações do país, como Correio Braziliense, Jornal de Brasília, TV Band, TV Justiça, Record TV e CNN. Há dois anos, começou a atuar em consultorias políticas e se especializou como consultora de relações institucionais e governamentais.

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Legislatura morna reforça clima de eleição no Congresso

Paralisia legislativa e foco em disputas internas antecipam corrida eleitoral para 2026 no Congresso

Presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, Davi Alcolumbre e Hugo Motta (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

A ausência de pautas robustas e o excesso de agendas corporativistas e personalistas traduzem o que foi o ano legislativo até aqui. Tanto na Câmara quanto no Senado, pouco ou nada se avançou em matérias ditas de interesse público. Pelo contrário, os projetos de maior repercussão e que demandaram maior dedicação foram aqueles que atendem a interesses próprios, internos e ideológicos, sem relação com a pauta do país. São eles: aumento no número de deputados, anistia, fim do foro, sem falar na disputa com o Judiciário pelas emendas parlamentares.

O projeto prioritário do governo, que trata da ampliação da isenção do Imposto de Renda, ainda aguarda apreciação e pode ter sua análise arrastada até o fim do ano, segundo o relator Arthur Lira (PP-AL). De resto, medidas fiscais, com intuito arrecadatório, também caminham a passos lentos. Enquanto isso, deputados e senadores gastam parte do tempo “ocioso” para tratar de algo que ainda não deveria estar na ordem do dia, mas que já consome as rodas de conversa: a eleição de 2026.

Deputados e senadores admitem que o ano legislativo acabou. A avaliação é de que pouco ou nada deve avançar até dezembro. Enquanto isso, é cada um por si na busca por seus projetos pessoais, seja para se reeleger, seja para ascender a um novo cargo político.

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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