Legislatura morna reforça clima de eleição no Congresso
Paralisia legislativa e foco em disputas internas antecipam corrida eleitoral para 2026 no Congresso
A ausência de pautas robustas e o excesso de agendas corporativistas e personalistas traduzem o que foi o ano legislativo até aqui. Tanto na Câmara quanto no Senado, pouco ou nada se avançou em matérias ditas de interesse público. Pelo contrário, os projetos de maior repercussão e que demandaram maior dedicação foram aqueles que atendem a interesses próprios, internos e ideológicos, sem relação com a pauta do país. São eles: aumento no número de deputados, anistia, fim do foro, sem falar na disputa com o Judiciário pelas emendas parlamentares.
O projeto prioritário do governo, que trata da ampliação da isenção do Imposto de Renda, ainda aguarda apreciação e pode ter sua análise arrastada até o fim do ano, segundo o relator Arthur Lira (PP-AL). De resto, medidas fiscais, com intuito arrecadatório, também caminham a passos lentos. Enquanto isso, deputados e senadores gastam parte do tempo “ocioso” para tratar de algo que ainda não deveria estar na ordem do dia, mas que já consome as rodas de conversa: a eleição de 2026.
Deputados e senadores admitem que o ano legislativo acabou. A avaliação é de que pouco ou nada deve avançar até dezembro. Enquanto isso, é cada um por si na busca por seus projetos pessoais, seja para se reeleger, seja para ascender a um novo cargo político.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.




