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Legitimação da violência na era bolsonarista

Quem são os culpados pelas mortes na escola pública em Suzano? Será que os culpados são apenas os dois jovens que puxaram o gatilho? Perguntas de difíceis respostas, mas que servem como introdução à reflexão no pós tragédia. A sociedade brasileira mergulhou num obscurantismo brutalmente violento nestes tempos bolsonaristas

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Quem são os culpados pelas mortes na escola pública em Suzano? Será que os culpados são apenas os dois jovens que puxaram o gatilho?

Perguntas de difíceis respostas, mas que servem como introdução à reflexão no pós tragédia. A sociedade brasileira mergulhou num obscurantismo brutalmente violento nestes tempos bolsonaristas. É impossível afirmar a relação direta do atual presidente brasileiro com a tragédia em Suzano, mas podemos estabelecer, sim, entre suas defesas e a legitimação de atitudes como a ocorrida no dia 13/03/2019, protagonizada por dois adolescentes.

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Nosso presidente tem um longo histórico de defesa da violência em seu currículo. Já afirmou na televisão que a ditadura tinha que ter matado uns trinta mil; protagonizou um episódio conhecido com a Deputada Maria do Rosario, ao fazer apologia ao estupro; é defensor ardoroso da população, falava até bem pouco tempo antes da eleição que bandido bom é bandido morto; todos os seus filhos têm o mesmo perfil violento.

O símbolo maior de sua campanha foi a famosa "arminha com a mão" como principal solução para os problemas de segurança pública em nosso país. Não apresentou um único projeto para a educação e a saúde.

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O presidente chegou a afirmar que "violência se combate com violência" e que a polícia precisa ter autorização para matar e com isso pretende flexibilizar leis que tentam impedir que o Brasil tenha a polícia que mais mata no mundo. É a reinstalação do Código de Hamurabi à brasileira, melhor, à Bolsonaro.

Houveram vários episódios durante a campanha em que ele aparece incitando a violência. Ameaçou metralhar petistas e comunistas em um comício no Acre. Impossível esquecer a cena deplorável de um presidenciável simulando uma metralhadora e dizendo aquelas barbaridades. Esse é apenas um entre outros tantos disparates cometidos por Bolsonaro durante sua longa carreira política.

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O fato que chama mais atenção, dentre todos os casos escandalosos de estímulos à violência cometidos por Jair Bolsonaro, é a ocasião em que, num ato político, estava com uma menininha no colo e pergunta a ela se ela sabe atirar e ajuda a inocente criança a fazer o gesto infame e brutal, para uma criança, da "arminha com a mão" popularizado em sua campanha.

Tudo isso, amigas e amigos, depõe contra o atual presidente. Ele não apenas incita o ódio e a violência, ele canaliza a canalhice de uma sociedade debilmente adoecida e que, através do executivo, não vê mais barreiras morais para fazerem defesas de opiniões absurdas que atentam diretamente contra os direitos humanos.

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Tudo foi sendo liberado, naturalizado até chegarmos nesta encruzilhada. Nesse ponto precisamos urgente decidir o que fazer com a nossa sociedade. Não há mais tempo. É retomar nossa democracia corroída por todo tipo de violência e injustiça ou aceitarmos a barbárie.

Todos os mortos, inclusive os dois jovens assassinos, na tragédia na cidade de Suzano são vítimas. São vidas que foram tragadas por esta espiral de violência que parece não ter fim e que aumenta a cada dia. Violência que toma conta do nosso país nos últimos anos.

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A eleição de Bolsonaro mostrou com exatidão assustadora que nossa sociedade precisa de intervenção urgente, divina talvez, pois os poderes instituídos parecem não mais cumprirem os papéis para os quais foram pactuados. Não foi uma eleição dentro da normalidade, já que os principais concorrentes pareciam representar pólos opostos e o vencedor foi o defensor da barbárie tendo se utilizado do medo, mentira e da ignorância para se eleger.

E a barbárie é fácil identificar quando perdemos a capacidade de se indignar diante da violência, quando perdemos a empatia, quando não suportamos o diferente e o divergente. Eis as barbaridades incitadas por este governo.

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Dois cidadãos brasileiros se auto-exilaram por medo dessa violência. Uma vereadora foi morta por essa violência. Pessoas foram executadas em uma escola pública por mãos de meninos que, provavelmente, foram estimulados quase toda sua vida por discursos odientos como os de Bolsonaro.

Não é exagero então afirmar que o presidente e seus eleitores tem as mãos igualmente ensanguentadas.

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