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      Valter Pomar

      Historiador e integrante da Direção Nacional do PT

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      Leiam Amoêdo

      Não adianta fazer uma campanha moderada, não adianta fazer autocríticas, não adianta fazer concessões programáticas, não adianta elogiar tucanos e torquemadas. "Eles" não admitem nossa "existência"

      Leiam Amoêdo

      O senhor João Amôedo assinou e o jornal Folha de S. Paulo de 21 de outubro de 2018 publicou artigo intitulado "Estamos ainda distantes do Brasil que queremos".

      O artigo anuncia que, no domingo 28 de outubro, Amoêdo votará "mais uma vez contra o PT, mas, como das vezes anteriores, não é em um projeto em que acredito".

      Amoêdo não explica por quais motivos ele não acredita em Bolsonaro, acerca do qual nos diz apenas que faria "um governo cujos planos e capacidade de execução desconhecemos".

      Por outro lado, Amoêdo desanca o PT. Entre as críticas usuais, aparecem três afirmações que recapitulo a seguir, na mesma ordem em que aparecem no artigo supracitado:

      1/ o PT "deveria ter seu registro no mínimo questionado";

      2/ "ninguém que tenha um mínimo de informação e coerência pode aceitar a existência de um partido como o PT";

      3/ "a saída do PT do poder de forma consistente só acontecerá com a nossa evolução como sociedade".

      O roteiro está claro.

      1/ Cassar o registro do PT.

      2/ Proibir que o PT exista.

      3/ Eliminar as condições de uma possível ressurgência do PT.

      Amoêdo foi candidato à presidência da República pelo partido Novo. Recebeu 2.679.744 votos no primeiro turno. Seu patrimônio, declarado ao TSE, é de 425 milhões de reais.

      Sua posição sobre o PT é a mesma de boa parte da "elite" econômica: usar Bolsonaro para "limpar as cavalariças". E depois, no futuro, produzir uma alternativa "consistente".

      Acontece que "ninguém que tenha um mínimo de informação e coerência" pode desconhecer que acerca dessas coisas (eleger um fascista, cassar e caçar a esquerda), só se pode ter certeza sobre como começam. Mas ninguém pode ter certeza sobre como terminam. E geralmente não terminam nada bem.

      Seja como for, os petistas e toda a esquerda precisam ter claro que este é o plano de grande parte das "elites" brasileiras.

      Não adianta fazer uma campanha moderada, não adianta fazer autocríticas, não adianta fazer concessões programáticas, não adianta elogiar tucanos e torquemadas. "Eles" não admitem nossa "existência".

      Mais um motivo para derrotar esta gente no dia 28 de outubro.

      * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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