Liberar geral?
Nessa guerra, quem perde é o cidadão, que fica no meio do tiroteio chorando sobre os corpos de seus filhos, como recentemente, na festa junina .
A liberação e regulamentação da produção de maconha é vista como uma estratégia eficaz para diminuir o tráfico de drogas e os problemas sociais a ele associados.
Esse é um dos argumentos que possibilitaria o Estado retirar do controle das organizações criminosas um mercado que hoje movimenta bilhões, de forma ilícita.
Isso seria há algumas décadas, poque agora, as organizações criminosas estão infiltradas, não somente no tráfico de drogas, mas em praticamente todos os serviços prestados à população.
“Guerra ao tráfico’ é uma expressão desastrada, assim como foram as ações policiais nas comunidades. Nas grandes capitais, as raízes do crime organizado se expandiram para além do tráfico de drogas.
Nessa guerra, quem perde é o cidadão, que fica no meio do tiroteio chorando sobre os corpos de seus filhos, como recentemente, na festa junina no Morro Santo Amaro.
Se isso é ‘guerra’, o Estado está rendido com suas políticas ineficazes de repressão e humanização.
Internet, gás de cozinha, luz, água, transporte, alvará, Tv a cabo, são alguns dos ‘serviços’ oferecidos pelo Estado paralelo, além dos lucrativos e internacionais negócios das drogas e armas.
A organização também estendeu seus braços para além dos becos e se organizou do legislativo ao judiciário.
Tem solução? Liberar tudo, da internet ao transporte? — Não sei.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

