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Luiz Fernando Padulla

Professor, biólogo, doutor em Etologia, mestre em Ciências, autor do blog 'Biólogo Socialista'

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Limpeza étnica e o bolsonarismo

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Não é de hoje que o povo palestino vem sofrendo com constantes ataques por parte de um estado farsante chamado Israel. Para ser mais exato, desde 1948. O extermínio dos palestinos é algo pensado e planejado pelo sionismo, tendo como idealizador o húngaro Theodor Herzl, que promoveu uma organização internacional para defender a ideia de constituição de um Estado Nacional para os judeus na Palestina.

(E antes que me acuse de ser antissemita, é preciso que se diferencie antissemitismo de antissionismo. Até porque muitos judeus são antissionistas. Lutar contra a opressão e o imperialismo promovidos pelo apartheid de Israel é ser antissionismo, uma causa humana. O que Hitler e sua alcunha nazifascista pregam é o combate aos judeus, o que é um crime e deve ser igualmente combatido).

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O dedo do imperialismo, o mesmo que controla grande parte da mídia, filtra e impede que os bombardeios e atrocidades contra a Palestina cheguem até a população. E quando isso é inevitável, camuflam os fatos, sempre tratando Israel como vítima e os oprimidos, como radicais.

As ações da Rússia contra os nazistas – comprovadamente! – da Ucrânia são igualmente tratadas como criminosas, ignorando a realidade e pintando a imagem de inocentes atacados pelo “ditador” Putin. Isso, claro, para atender aos interesses do imperialismo ocidental (EUA), vendendo a imagem “democrática” estadunidense, manipulando a massa que passa a demonizar aqueles que não interessam aos EUA.

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E se formos analisar, a própria ONU é conivente com tudo isso. Em seu falacioso Conselho de Segurança, dão voz (e voto) para aqueles que são os verdadeiros genocidas. Apesar de recentes manifestações solicitando que Israel retire-se dos territórios palestinos, que claramente está buscando “controle completo” sobre o território palestino, nada de concreto ocorre. Assim, Israel segue seus crimes com a certeza de impunidade – e apoio dos EUA, que lucra com o lobby feito pelo American-Israeli Public Affairs Committee (AIPAC) aos congressistas dos EUA, que oferece ajuda financeira a Israel desenvolver suas forças armadas e, em contrapartida, abastecendo a indústria bélica estadunidense.

Foi a mesma ONU quem, em 1947, com a Resolução 181, criou o Estado sionista de Israel, dividindo a Palestina e destinando 55% para os judeus e 45% para os muçulmanos. De forma obtusa, a menor porção de terras para a população originária, ainda que três vezes maior que os tais judeus. E mais do que isso, também destinaram aos sionistas as terras mais férteis.

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Israel segue assassinando de forma direta e indireta. Nações que seguem comercializando e financiando empresas sionistas, como foi o caso do Brasil em 2017 – na ocasião, o Exército Brasileiro fechou acordo de R$ 6,3 bilhões com os israelenses, incluindo a empresa Elbit, fabricante dos drones que mataram 164 crianças palestinas em Gaza, durante a ofensiva de 2014, segundo levantamento da ONG Defense for Children International Palestine (DCI) – são igualmente responsáveis. Os crimes de guerra por parte de Israel estão tornando Gaza um lugar inóspito para a sobrevivência. De acordo com o Instituto Global pela Água, Meio Ambiente e Saúde (GIWEH), os constantes ataques e bloqueios contra os palestinos afetam mais de 2 milhões de pessoas nessa região, que têm apenas 4 horas de eletricidade por dia. Paralelamente, 97% da água potável está contaminada com esgoto e água do mar, e metade das crianças apresentam desnutrição crônica. A limpeza étnica e o apartheid israelense estão escancarados.

Não é surpresa que nas manifestações antidemocráticas do presidente (sic) Jair Bolsonaro vemos constantemente bandeiras de Israel e EUA, mostrando que esse sujeito é a concretização de tudo aquilo que ele fala e representa. Não à toa, reflete ainda na parte de seu eleitorado fiel que se sente representado, podendo expressar seus desejos nazifascistas com o argumento de “liberdade de expressão”. Expressão essa que visa a aversão aos pobres (aporofobia), que mata pela fome, que promove o avanço do nutrício justamente para afetar os mais desfavorecidos na sociedade, seja pelos alimentos de baixa qualidade nutricional, seja pela contaminação pelos agrotóxicos. Expressão essa que se concretiza em balas reais, fruto da incitação deste que nos desgoverna.

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Nas eleições que se aproximam, espero que derrotemos esse projeto nefasto e desumano, que ceifou vidas e mais vidas, seja pelo negacionismo, pela ingerência, seja pelas políticas de extermínio das populações negras, quilombolas, indígenas, periféricas, LGBTQIA+. No entanto, o bolsonarismo seguirá presente com sua aversão aos que são diferentes do que defendem. E derrotar esse nazifascismo será tarefa árdua.

Assim, a luta pela Palestina é uma luta internacionalista. É uma luta contra a hegemonia dessa direita raivosa, preconceituosa, assassina. Combater a entidade sionista é nosso dever. Ser a voz de nossos camaradas palestinos, sobrepondo o silêncio influente da mídia imperialista, é o que devemos fazer.

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Palestina luta e resiste!  

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