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Lais Gouveia

Mineira, jornalista e ativista da mídia livre

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Live de famosos vira pretexto para festinhas particulares e novas contaminações

Por Laís Gouveia: “Quero deixar bem claro aqui que sou a primeira a defender a live dos artistas que produzem entretenimento em tempos de isolamento. O problema é quem transforma tal evento numa festa particular, chama geral para sua casa, faz churrasco. A estrela principal deixa de ser Bruno e Marrone dá o palco ao coronavírus”

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Desde que o confinamento começou, os shows dos famosos em lives, para contribuir no isolamento social, virou uma febre entre os brasileiros. Tem sertanejo, samba, pagode e muitas postagens do público que, em casa, vibra com seu artista favorito. 

Inciativa bacana, importante. No entanto, o que era pra ser algo para entreter de forma individual, virou, em muitas vezes, o encontro com a galera nas residências. Chama vizinho, namorado, primo do namorado,  sogra, pai, mãe, cachorro periquito e avó do periquito. 

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Acende a churrasqueira e muita cantoria.  Muitos abraços e beijos apertados. Selfies, declarações. 

Não me contaram, eu vi. Nas ruas, as pessoas amontoam-se nas filas para comprar algo essencial para sobrevivência humana, e não, não é papel higiênico (risos). A fissura pelos ovos de páscoa fizeram os brasileiros formarem grande aglomerações.

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Voltando as festinhas, fiquei perplexa com os stories nas minhas redes durante o feriado. Era churrasco, encontro de família, azaração. Tudo como se estivéssemos no início do ano, como se nada estivesse acontecendo com o mundo. 

As pessoas pensam que o vírus fica da porta para fora, como se a casa fosse um santuário protetor . “No bar é arriscado, tá fechado, então que a alegria continue em nossas residências”. 

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É de um individualismo e egoísmo sem precedentes. Enquanto milhares de profissionais de saúde arriscam-se nos corredores dos hospitais e tantos familiares não podem ao menos acompanhar o enterro de seus entes, uma parcela da população ainda insiste em bancar o “vida loka” e sair por fazendo suas festinhas. 

Mais de mil mortos no Brasil. “Ah, mas nem da minha família mesmo”. 

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Não faço mais um apelo, é nível desespero mesmo. Botem a mão na consciência, é um sacrifício agora em nome da sobrevivência. Eu sei que é um saco, um tédio, que é legal abraçar, beijar, encontrar a turma, mas essa postura agora apenas aumenta as chances de vivermos uma tragédia anunciada nos próximos dias. 

Fiquem em casa. Sem festas. 

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