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Denise Assis

Jornalista e mestra em Comunicação pela UFJF. Trabalhou nos principais veículos, tais como: O Globo; Jornal do Brasil; Veja; Isto É e o Dia. Ex-assessora da presidência do BNDES, pesquisadora da Comissão Nacional da Verdade e CEV-Rio, autora de "Propaganda e cinema a serviço do golpe - 1962/1964" , "Imaculada" e "Claudio Guerra: Matar e Queimar".

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Lula deu recado para novo ministro das Minas e Energia: “tem que parar de privatizar”

"Lula prometeu a volta da carteira assinada com emprego de qualidade para os trabalhadores, e crédito para os que optarem por empreender", escreve Denise Assis

(Foto: Ricardo Stuckert)
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Por Denise Assis, para o Jornalistas pela Democracia

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva soube da declaração do novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, de que privatizaria toda a Petrobras, enquanto falava no ginásio do Sport Club, em Juiz de Fora, (Zona da Mata – MG), para um público estimado em 15 mil pessoas, da cidade e de municípios da região.

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Seu discurso, até então, se pautava pelas referências às lideranças que haviam falado antes: a representante dos catadores e Adenildes Maia, uma animadora de coletivos de Hip-Hop, das periferias, dedicada a fomentar a Cultura. A fala de Lula seguia nesta linha, a de incentivar e descentralizar as atividades culturais. “A Cultura não pode ser somente a que passa na televisão. Vai ter cultura da Zona da Mata, vai ter cultura de Pernambuco, porque é preciso que esse povo conheça uma cultura mais rica”, dizia, como resposta às falas anteriores.  

Lembrou, depois de a ex-secretária de Saúde Ana Pimentel citar o trabalho abrangente de vacinação contra a covid, no município, que cobriu mais de 80% dos moradores, com duas doses, que em seu governo, assombrado pela gripe H1N1, conseguiu em três meses vacinar 83 milhões de pessoas no Brasil todo. E seguia nesta toada, elogiando a tenacidade da prefeita, Margarida Salomão (PT), que concorreu quatro vezes ao cargo, tal como ele – que seguindo os conselhos de D. Lindu –, nunca desistiu de perseguir o sonho de chegar à presidência.  

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Para delírio da plateia, fez referência ao mineiro Juscelino Kubitscheck, recordando que Juscelino prometeu fazer 50 anos em cinco, mas que adaptaria seus planos para realizar 40 anos em quatro.  

Prometeu ampliar o aeroporto, citando outro presidente, desta vez, um filho de Juiz Fora, Itamar Franco, responsável pela inovação, já modesta para esses tempos.  

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Prometeu a volta da carteira assinada com emprego de qualidade para os trabalhadores, e crédito para os que optarem por empreender. E certamente informado de que 40% dos lares do município são geridos por mulheres, destacou a pouca valorização do trabalho feminino em casa. “Muitas trabalham fora, para outras, a repórter costuma perguntar: ‘a senhora não trabalha?’ Como não trabalha? Essas mulheres lavam, passam, esfregam, cozinham, e costumam ser tratadas como escravas”, protestou, sob aplausos.

Numa referência ao encontro que teve pela manhã, com reitores das universidades federais, assim que chegou à cidade, indignou-se com o fato de o Brasil só ter tido uma universidade em 1920. “A elite nunca levou a sério a educação”, destacou.  

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Foi neste ponto que todo o seu discurso cordato, falando da força do amor contra o ódio, que seu rosto se tornou afogueado, seu tom mais indignado e ele protestou: “tem que parar de privatizar! Parar com a privatização dos Correios, da Petrobrás, da Eletrobras! Eu quero lembrar que sem a Eletrobras nós não teríamos feito o programa Luz para Todos”. E prosseguiu: “hoje nós temos 390 empresas importando gasolina, quando somos independentes na produção de petróleo”.

E aproveitando que já havia subido o tom, entrou num tema que até então não vinha tratando: o golpe, que para ele vai ser democrático e popular. “Bolsonaro fala em golpe todo o dia. A imprensa fala em golpe. E ele vai ver o golpe que ele vai sofrer no dia 2 de outubro. O povo vai dar um golpe no autoritarismo dele e vai reestabelecer a democracia nesse país. Vai ser o primeiro golpe democrático e popular. Golpe sem fuzil, sem metralhadora. É um golpe da eleição democrática", previu.  

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E para rechaçar as denúncias constantes e sem provas, de que as urnas são passíveis de fraude, como alega Bolsonaro, Lula rebateu: "Ele está dizendo que a urna vai praticar roubo. Sabe por que eu confio na urna? Porque se pudesse roubar na urna eletrônica, o torneiro mecânico não teria sido presidente da República duas vezes", disse. E saiu para o abraço, engolfado pela multidão que queria fotografá-lo, abraçá-lo e chegar perto.

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