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Cesar Calejon

Jornalista, mestre em Mudança Social e Participação Política pela USP com especialização (MBA) em Relações Internacionais pela FGV. Autor dos livros A ascensão do bolsonarismo no Brasil do Século XXI, Tempestade Perfeita: o bolsonarismo e a sindemia covid-19 no Brasil e Sobre Perdas e Danos: negacionismo, lawfare e neofascismo no Brasil

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Lula é a liderança natural para uma Internacional Progressista

"Para muito além de assumir a Presidência, Lula tem um cargo maior de estadista junto à sociedade internacional"

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert)
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Por Cesar Calejon

Em seu artigo, intitulado Capital has an Internationale and it is going fascist: time for an international of the global popular classes (O capital tem uma Internacional e está se tornando fascista: hora de uma internacional das classes populares globais), o sociólogo estadunidense (Universidade da Califórnia) William I. Robinson argumenta que “(...) o trumpismo nos Estados Unidos, o bolsonarismo no Brasil e, em graus variados, outros movimentos de extrema-direita em todo o mundo representam a extensão da globalização capitalista por outros meios, nomeadamente por um estado policial global em expansão e uma mobilização neofascista”. 

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Segundo Robinson, com quem conversei longamente via telefone na última semana, existe uma classe capitalista transnacional que busca “(...) criar um novo equilíbrio de forças políticas diante do colapso do bloco histórico capitalista global de curta duração. O que está surgindo é uma Internacional do fascismo do século XXI. Grupos de extrema direita e neofascistas em todo o mundo, por exemplo, comemoraram a vitória eleitoral de outubro de 2018 do fascista Bolsonaro”, explica o sociólogo. 

Ainda de acordo com ele, além de agentes políticos de um fascismo do século XXI, como Bannon ou Salvini, essa classe capitalista transnacional “(...) apostou (literalmente) em Bolsonaro e ficou encantada com sua vitória”. 

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Robinson argumenta que, assim como nos Estados Unidos sob Trump, Bolsonaro propôs a privatização e a desregulamentação da economia por atacado, abrindo a Amazônia para interesses madeireiros, mineradores e do agronegócio transnacional, a tributação regressiva e a austeridade geral, juntamente com a repressão em massa e a criminalização de movimentos sociais e comunidades vulneráveis que podem se opor a este programa. 

“Como Johnson (2018) observou no dia seguinte à vitória de Bolsonaro, os 'capitalistas do mundo estão salivando com as novas oportunidades de investimento' que Bolsonaro promete. Os mercados de capitais e os fundos brasileiros dispararam nas bolsas de valores do mundo no dia seguinte à sua vitória eleitoral. Aqui vemos os 'salários do fascismo' para um capitalismo global em crise”, ressalta o sociólogo. Em ampla medida, o bolsonarismo ascendeu ao (e manteve-se no) poder por um aspecto central da sua gestão frente ao governo federal: avançar a agenda neoliberal de forma absolutamente irrestrita. 

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Por meio da falácia da “austeridade fiscal” e do Teto de Gastos, a direita liberal conseguiu marcar três posições fulcrais às suas pretensões e extremamente deletérias para o restante da população brasileira, sobretudo para as camadas mais empobrecidas: (1) o aumento do desemprego e a consequente alteração da relação de forças entre empregados e empregadores, (2) a debacle do Estado e a abertura de novos setores a serem explorados pela iniciativa privada e o (3) encaminhamento de boa parte das famílias para as mãos do mercado financeiro.

Neste sentido, para muito além de derrotar o bolsonarismo em outubro deste ano, faz-se necessária a elaboração de dois aspectos centrais que sejam capazes de combater a ofensiva neofascista desta classe capitalista transnacional: (1) elaborar um projeto sólido de país para a retomada da soberania e do desenvolvimento do Brasil e (2) organizar, conforme propõe Robinson, uma Internacional Progressista do século XXI. Neste contexto, Lula é a figura central para esses dois processos.

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No que diz respeito ao primeiro, o petista demonstrou a sua capacidade durante os anos em que esteve à frente da chefia do Executivo: reduziu as desigualdades, aumentou a produção da nação, implementou políticas afirmativas sem precedentes e conduziu o Brasil ao posto de sexta maior economia do mundo. 

Independentemente do posicionamento político que se adote dentro do espectro político-ideológico ou de eventuais críticas que possam ser feitas ao Partido dos Trabalhadores, existem indexadores sociais sólidos, como o Índice de Gini, o PIB, o IDH, as Reservas Internacionais e muitos outros que demonstram a inexorabilidade desses fatos. Ou seja, Lula está apto a fazer, porque já fez e deixou o governo, em 2010, com 87% de aprovação popular. 

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Com relação ao segundo, Lula é, novamente, a figura mais preparada no âmbito internacional para assumir tal posição. O petista é o primeiro líder que saiu do chão das fábricas, no qual bate o coração do proletariado nacional, para assumir a Presidência da República. Lula foi o primeiro – e único até a presente data – operário que, de fato, assumiu o comando de uma democracia com mais de 200 milhões de habitantes. 

Dada a importância do Brasil junto à sociedade internacional e a relevância da trajetória de Lula neste contexto, nenhuma outra figura política tem melhores credenciais e condições para liderar a formação de uma Internacional Progressista que seja capaz de combater a onda de neofascismo que está se formando impulsionada pelos principais capitalistas do planeta. 

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Neste contexto, Lula, para muito além de assumir a Presidência da República do Brasil a partir de janeiro de 2023, tem um cargo maior de estadista junto à sociedade internacional para lutar pela emancipação de trabalhadores de todo o mundo.

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