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Ribamar Fonseca

Jornalista e escritor

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Lula, o pesadelo da direita

Todos os brasileiros sabem que foi o torneiro mecânico quem elevou o Brasil à posição de sétima economia do planeta, colocando o país entre as grandes potências mundiais, o que até hoje está entalado na garganta do sociólogo, intelectual, poliglota e ateu FHC

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A Operação Lava-Jato, que havia perdido espaço na mídia para a fúria oposicionista de Eduardo Cunha e as manobras para a execução do projeto de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, voltou a ocupar o noticiário, dividindo-o agora, porém, com a Operação Zelotes, porque ambas apontaram sua artilharia para os filhos de Lula. Ao mesmo tempo em que minimiza as notícias sobre os milhões de reais de Cunha em bancos suíços e os procedimentos legais para puni-lo, a mídia dá ênfase à delação premiada e à ação da Polícia Federal contra os filhos do ex-presidente, mesmo sem qualquer prova que os incrimine. Descobriram, ao que parece, ser esse o melhor caminho para tirar Lula da sucessão presidencial em 2018.

O processo funciona mais ou menos assim: a Operação Lava-Jato prende alguém que confessa ter roubado milhões da Petrobrás e promete devolver pelo menos a metade. Depois de algum tempo na cadeia e informado que poderá obter a liberdade fazendo delações,  o "alguém" resolve dedurar qualquer um, independente de possuir provas ou não. Mesmo sendo réu confesso ganha, então, a liberdade e a vítima citada, se tiver alguma ligação com o ex-presidente Lula, salta para as manchetes, recebendo de imediato o rótulo de corrupto e sendo condenado instantaneamente. Se o delator, porém,  por descuido, dedurar alguém do PSDB, por exemplo, vai perder o seu tempo e a liberdade, porque os carcereiros não  o levarão a sério.

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Na Operação Zelotes, que investiga os sonegadores de impostos  (e não a venda de Medidas Provisórias, como  diz a TV Globo),  acontece mais ou menos a mesma coisa. Naturalmente que os investigados são grandes empresas, incluindo grupos de comunicação – até porque pobre não tem milhões para pagar propinas – mas por isso mesmo essa operação não recebeu da mídia o mesmo tratamento dado à Lava-Jato,  pelo menos até o momento em que alguém no Ministério Público vislumbrou a possibilidade de envolvimento de um dos filhos de Lula. E fez-se uma batida policial no escritório dele. Foi o suficiente para a Zelotes ganhar as manchetes, pois até então, por motivos óbvios, não havia interesse em divulgar as investigações da Policia Federal nessa área. E o cerco a Lula, já deflagrado pelas revistas semanais, em especial a "Veja", tornou-se mais intenso, sobretudo depois que o projeto de impeachment de Dilma perdeu força.

Só um cego não vê que por detrás de tudo isso existem as chamadas "forças ocultas", hoje não tão ocultas, empenhadas em afastar o ex-presidente de qualquer pretensão de voltar ao Palácio do Planalto. A campanha sistemática movida contra ele na mídia e nas redes sociais, criminalizando-o e ao PT, no entanto, parece que não tem sido suficiente para minar a sua popularidade e o seu prestígio internacional, porque não conseguiu apagar as suas realizações, especialmente no campo social. Prova disso são as pesquisas, que ainda o apontam na liderança da preferência do povo para voltar à Presidência da República, apesar do estrago feito, entre as pessoas mais fracas do juízo, pelo noticiário tendencioso. Ao contrário do que pensam os controladores da mídia, porém, o brasileiro não é idiota para acreditar em tudo o que dizem.

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O fato é que eles não descansarão enquanto não conseguirem impedir a volta de Lula ao Planalto. Mil e um artifícios ainda serão usados até as eleições presidenciais de 2018 para torná-lo inelegível, se não for através do seu desgaste junto ao eleitorado provavelmente será – pelo menos vão tentar desesperadamente – através da Justiça. Eles sabem que não conseguirão vencê-lo pelo sistema democrático, no voto, porque o povão humilde, pobre, que foi o principal beneficiário do seu governo,  o quer novamente no comando da Nação. E justamente porque sua maior preocupação é melhorar a qualidade de vida do povo brasileiro, reduzindo a fome que assola grande parte do nosso planeta, que a elite de barriga cheia e dinheiro no banco  não quer a sua volta. Ela, a elite, lembra aquele personagem de Chico Anysio, cujo bordão era: "Tenho horror a pobre".

Esse sentimento anti-pobre, aliás, que caracteriza os tucanos elitizados, acabou fazendo surgir, na Câmara dos Deputados, um Robin Hood às avessas: o deputado Ricardo Borges, do PP do Paraná, relator do Orçamento para 2016, que resolveu tirar dos pobres para dar aos ricos. Após propor um corte de 35% no Bolsa Família, despertando a indignação da presidenta Dilma, do PT e da grande maioria do povo, decidiu apresentar outra proposta, agora  engordando os recursos destinados aos partidos políticos em R$ 600 milhões.  Espertamente, como se todo mundo fosse besta, tenta compensar a perda das doações das empresas às campanhas eleitorais, que já foram proibidas pelo Supremo Tribunal Federal, decisão  aplaudida pelos brasileiros sérios. E as bochechas dele nem tremem ou coram diante de propostas indecentes como essas.

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Mas apesar da campanha que estimulou o ódio e a intolerância entre a população, criando um sentimento antipetista que se reflete na hostilização de figuras ligadas ao governo ou ao PT – o senador Eduardo Suplicy foi a sua mais recente vítima – Lula deve voltar, em 2018, para desespero dos tucanos e companhia. Quanto mais batem nele mais ele cresce, obtendo o justo reconhecimento, dentro e fora do país, pelo seu trabalho à frente dos destinos da nação. As manifestações, por ocasião do transcurso do seu aniversário natalício esta semana, refletem sem nenhuma dúvida a vontade do povo em vê-lo novamente no Palácio do Planalto. Afinal, todos os brasileiros sabem que foi o torneiro mecânico quem elevou o Brasil à posição de sétima economia do planeta, colocando o país entre as grandes potências mundiais, o que até hoje está entalado na garganta do sociólogo, intelectual, poliglota e ateu FHC.

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