Lula operário do Reino de Deus

Passadas as polêmicas já esclarecidas pelo site do Vaticano, e concentrando-se no ato de solidariedade do Papa Francisco ao ex-presidente Lula, gostaria de fazer algumas considerações a respeito do profundo significado deste ato, quem é Lula e qual o real motivo de sua prisão.

Para o Papa, representante de Cristo na terra, Lula é um verdadeiro discípulo de Cristo e operário do Reino de Deus, reino de justiça, verdade e paz. Sua luta pelos mais pobres está em plena consonância com a doutrina social da Igreja e a mensagem deixada por Jesus nos evangelhos.

Outra evidência deste discipulado é o fato de Lula ser alvo de constante perseguição da mídia e condenação infundada da justiça, fatos vividos pelo próprio Jesus que alertou a seus discípulos: "perseguiram a mim, também perseguirão a vós" (João 15:20).

Cristo não foi preso e crucificado pelo bem que fez, mas por desmascarar a hipocrisia das classes dominantes de sua época. De modo similar vemos uma expressiva parcela da população, manipulada pela elite e seus tentáculos dos meios de comunicação, relevarem os avanços econômicos e sociais vividos nos governos Lula e se juntarem ao coro da elite hipócrita que não admite a falência de sua política de submissão aos interesses financeiros internacionais.

Mas o Papa, que conhece muito bem a realidade latino-americana, sabe da importância e do carisma deste operário do reino e enxerga como nenhum outro o papel de Lula para o Brasil, a América Latina e para o Mundo como um verdadeiro discípulo do reino de amor e justiça trazido por Jesus a todos os homens de boa vontade.

Para concluir, gostaria de dizer que este período de reclusão de Lula, mesmo se injusto e intencionalmente proposto para tirá-lo das eleições, tem sido para ele um momento de crescimento espiritual e tenham a certeza de que Lula sairá ainda mais forte, potencializado em espírito e verdade. Uma prova disso é o relato de muitos que o visitam pensando em encontrar alguém enfraquecido e se surpreendem por perceberem nele uma luz, um força, um fogo que, parafraseando Chiara Lubich, "consome tudo o que deve cair e deixa em pé somente a verdade".