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Leopoldo Vieira

Jornalista profissional, pós-graduado em Administração Pública e Ciência Política. Trabalhou como analista sênior de política na Faria Lima (TradersClub) e nos ministérios do Planejamento, Secretaria de Governo e Relações Institucionais nos governos Dilma Rousseff e Lula

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Lula ou Bolsonaro?

As pessoas de bem, aquelas que querem um Brasil grande de novo e tolerante, serão reveladas nesta escolha.  Assim como as forças e lideranças políticas que serão cúmplices dessa tragédia ou as que, mesmo com obices, não irão se omitir 

As pessoas de bem, aquelas que querem um Brasil grande de novo e tolerante, serão reveladas nesta escolha.  Assim como as forças e lideranças políticas que serão cúmplices dessa tragédia ou as que, mesmo com obices, não irão se omitir  (Foto: Leopoldo Vieira)

Você prefere um Brasil da distribuição de renda, crescimento, democracia e direitos humanos ou o completo oposto?

Cada vez mais as pesquisas apontam que o país não terá outra opção a não ser fazer esta escolha.

Não se trata da polarização que Marina Silva denunciou em 2010 e 2014 e nem apenas entre uma agenda mais social ou mais liberal.

Lula x Bolsonaro vem se consolidando como o vetor eleitoral do ano que vem, até mesmo em estados mais distantes da vida de Brasília, como o Pará: http://diogenesbrandao.blogspot.com.br/2017/08/doxa-pesquisas-lula-e-bolsonaro-estao.html?m=1

Claro que ainda há muita água para rolar, mas a terra infértil gerada pa Lava Jato e pelo Impeachment de Dilma Rousseff já obriga os brasileiros a anteciparem esta decisão.

Aliás, a sociedade parece já estar fazendo. Falta ainda os políticos de outros espectros ideológicos, mas de verve democrática, e até mesmo os agentes econômicos, acordarem para o fato de que o tempo é cada vez menor para pensarem neste cenário que vêm resistindo em aceitar.

Todos sabem que Lula não é o "populismo radical de extrema-esquerda" que os Founding Fathers do Real alertaram em sua carta, na qual pediram a refundação do ninho tucano.

A insistência em demonizar Lula, em aplaudir a subida de degraus rumo à sua interdição, só joga água na fervura, aí sim, do populismo radical de extrema-direita de Bolsonaro.

As pessoas de bem, aquelas que querem um Brasil grande de novo e tolerante, serão reveladas nesta escolha. Assim como as forças e lideranças políticas que serão cúmplices dessa tragédia ou as que, mesmo com obices, não irão se omitir.

Não é como em 1989. Muito menos como nos pleitos posteriores.

Mais do que nunca, cabe dizer "acorda, Brasil".

Os que defendem a independência econômica, soberania política e justiça social não podem piscar. Nem os que, discordando de como fazer isso, sabem diferenciar sua divergência com o legado de Lula de assistir um apologista da ditadura, tortura, justiçamento e estupro na cadeira presidencial.

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.