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Helena Chagas

Helena Chagas é jornalista, foi ministra da Secom e integra o Jornalistas pela Democracia

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Lula vira preso de alta periculosidade política

"As instituições do poder morrem de medo do que poderá vir a dizer ou fazer, de uma eventual mobilização de seus seguidores e do impacto disso no cenário político — ainda que no espaço restrito e no curto tempo de um velório", avalia a jornalista Helena Chagas, do Jornalistas pela Democracia; "Seria preciso estar muito fraco para isso, situação aparentemente impensável para um governo que acaba de assumir na plenitude dos poderes do Estado Democrático de Direito. Uma República que tem medo das palavras de um presidiário que vai a um enterro e voltará em seguida à cadeia não pode andar bem das pernas"

Lula vira preso de alta periculosidade política (Foto: Ricardo Stuckert)
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Por Helena Chagas, no Divergentes e para o Jornalistas pela Democracia

As negativas da Justiça de Execuções Penais de Curitiba e da Polícia Federal, e o jogo de cena do presidente do STF, Dias Toffoli — que só atendeu ao pedido de Lula para ir ao velório do irmão quando este já estava sendo enterrado — só reforçam o que já se sabia: o ex-presidente foi enquadrado como preso de alta periculosidade política. As instituições do poder morrem de medo do que poderá vir a dizer ou fazer, de uma eventual mobilização de seus seguidores e do impacto disso no cenário político — ainda que no espaço restrito e no curto tempo de um velório.

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Basta mover uma palavrinha para que preso de alta periculosidade política se torne preso político. É isso que as autoridades que negaram a Lula um direito previsto em lei — e que nem a ditadura militar lhe negou quando, na prisão, perdeu a mãe — estão conseguindo fazer: fortalecer o discurso de que ele sofre perseguição política.

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A sequência de desculpas furadas para a negativa, agravadas pela tardia e estranha determinação de Toffoli de que o ex-presidente encontrasse a família numa unidade militar em São Paulo, com a possibilidade de que o corpo do irmão fosse para lá levado, compõem uma narrativa pouco convincente. Até mesmo personagens insuspeitos de nutrir qualquer simpatia pelo petista, como o general Hamilton Mourão, vice-presidente da República, consideraram que a permissão para ir ao enterro de um irmão é um ato humanitário. O episódio repercute fortemente nas redes e chegará à mídia internacional.

Qual seria o dano trazido ao país pela presença de Lula no enterro do irmão? Uma manifestação da militância petista? Bem provável que houvesse, mas daí a achar que isso abalaria o governo, o Judiciário, o Congresso, o bispo, vai uma longa distância. Ou não?

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Seria preciso estar muito fraco para isso, situação aparentemente impensável para um governo que acaba de assumir na plenitude dos poderes do Estado Democrático de Direito. Uma República que tem medo das palavras de um presidiário que vai a um enterro e voltará em seguida à cadeia não pode andar bem das pernas.

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