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Virginia Berriel

Executiva Nacional da CUT

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Luta e esperança

A esperança tomou conta das ruas no sábado, 29 de maio. Em todos os estados brasileiros e em diversas cidades do país ocorreram manifestações

(Foto: Reprodução)
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A esperança tomou conta das ruas no sábado, 29 de maio. Em todos os estados brasileiros e em diversas cidades do país ocorreram manifestações. Inclusive em países da Europa - Londres (Reino Unido), Paris (França), Bruxelas (Bélgica), Lisboa (Portugal), Amsterdã (Holanda), Genebra (Suíça) e Berlim (Alemanhã) -, além de Nova York (Estados Unidos). No Brasil e nos demais países a luta foi uma só: pela vida e pelo Fora Governo Bolsonaro.  

Sabe aquela sensação de felicidade, de vontade de gritar muito sem parar: “nós vamos virar esse jogo, não há mau que dure a vida toda, tudo isso vai passar”? Essa sensação gostosa e vibrante senti várias vezes no dia 29 de maio, quando marchamos do Monumento Zumbi dos Palmares ao Largo da Carioca e, por fim, na Cinelândia. Juntos na luta pela vida, por vacina, pelo auxílio emergencial de 600 reais e, principalmente, no grito de “Fora governo de genocidas!”

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A felicidade em rever amigos, companheiros, mesmo sem poder abraçá-los, foi extremamente gratificante. Uma coisa tão simples, mas tão grande ao mesmo tempo. Reconfortante. Estamos vivos! Viva! 

Também bateu tristeza naquele momento. Lembrei de amigos que partiram, que não estavam ali porque foram vencidos pela Covid-19. Um misto de emoção e dor. A ausência da companheira Ligia Deslandes, que sempre estava conosco, me fez encher os olhos de lágrimas. Espiritualmente ela estava por ali.

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E fomos vendo os amigos, um e outro e tantos... A alegria foi sendo recuperada, o sentimento de luta, de dever contra o fascismo e o governo da morte e da destruição nos levou para uma manifestação. A manifestação da esperança, estampada em várias cores, na menina, na mulher, na mãe e avó, várias gerações vibrantes. Nos jovens, milhares e milhares deles, nos LGBTQI+, nos idosos, nos artistas. Uma diversidade de pessoas motivadas pelo desejo de lutar contra a barbárie.

O espaço para a concentração no Monumento a Zumbi dos Palmares ficou pequeno e assim foi ao longo da Presidente Vargas, tomando a avenida quase por inteira. A avenida avermelhou, mas destaco também o colorido e, principalmente, o verde e amarelo da nossa bandeira que foram subtraídos pelos fascistas. As cores da nossa Pátria serão sempre as nossas cores, empunhadas com orgulho pelos diversos manifestantes. 

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A diversidade foi composta pelas mulheres, pelos jovens, pelos LGBTQI+, pelos negros dos diversos movimentos. A alegria contagiante da luta se destacou nessa manifestação cheia de vida e expressão. 

A Arte e Cultura tão abandonadas, sufocadas e pisadas por este governo, estavam ali, vivas. Os artistas se fizeram presentes e de cabeça erguida caminharam para mostrar que eles exigem respeito, que a arte é alimento para nossas vidas e sobreviverá ainda que tentem matá-la. 

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Não vi ninguém sem máscara, pelo contrário, vi muita gente usando duas máscaras e com o face shield, aquele protetor acrílico para o rosto, e muito álcool em gel. Claro que em alguns momentos houve aglomeração. Foram 50 mil pessoas, impossível não aglomerar, por mais que fosse necessário o distanciamento.

Um rio de gente em luta

O dia 29 de maio será mais um dia a ficar na história do Rio de Janeiro e do Brasil como o dia em que a população teve coragem de sair às ruas porque tem mais medo do vírus presidente do que da Covid-19.

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O grito por vacina, por comida no prato ecoou por todos os cantos. O Fora Bolsonaro era gritado e aplaudido.  

Não se pode subestimar a vontade da população e daqueles que lutam por mudanças. Vale, inclusive para a Justiça que, desde o Golpe em 2016 e das absurdas reformas onde a CLT foi rasgada, tem ignorado tantas reclamações, manifestações, denúncias, ações e, mesmo com provas, finge-se de cega e, às vezes, de surda.   

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Em que pese todo o sofrimento da Classe Trabalhadora, com os ataques permanentes, a retirada de direitos, a precarização, a perda salarial e o desemprego altíssimo, os trabalhadores e os seus Sindicatos continuam na luta, firmes, estão em pé. 

Naquele Rio de gente que caminhou confiante pela Presidente Vargas, Senhor dos Passos, Praça Tiradentes, Rua da Carioca até a Cinelândia, havia, além de uma população cansada de reivindicar, sindicalistas e militantes, a certeza de que venceremos através da luta e mobilização com o povo nas ruas. 

Não poderia deixar de falar sobre as 200 mil pessoas que tomaram as diversas quadras da Avenida Paulista, um mundo de gente que não acabava mais. A beleza daquelas imagens e o grito de Fora Bolsonaro somente contrastam com a feiura e o disparate, do que aconteceu em Pernambuco onde a polícia atacou manifestantes com balas de borracha e spray de pimenta, de forma gratuita e inaceitável. Dois homens com perda da visão e a vereadora Liana Cirne, do PT/PE, agredida covardemente pela polícia.

A luta pela esperança foi retomada. Estamos vivos e derrubaremos esse governo de genocidas. 

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