Maceió: abaixo as privatizações! Fora Bolsonaro!
Patrimônio nacional, com um papel estratégico na estabilidade da economia, estão sendo entregues a preço de banana a quem não tem interesse nenhum na geração de emprego ou na oferta do serviço ao todo da população, pois coloca seu lucro acima de tudo
Por Micnéias Róberth, na edição 1º do panfleto do Comitê de Luta Contra o Golpe - Maceió
Desde o golpe de 2016, o Estado brasileiro vem atuando como um verdadeiro cachorro treinado dos grandes capitalistas: sempre pronto para trazer o que seu dono pedir. Um dos mais valiosos pedidos que estes senhores têm feito são as empresas públicas; patrimônio nacional, com um papel estratégico na estabilidade da economia, estão sendo entregues a preço de banana a quem não tem interesse nenhum na geração de emprego ou na oferta do serviço ao todo da população, pois coloca seu lucro acima de tudo.
É o caso da antiga CEAL, responsável por distribuir a energia elétrica em nosso estado, que foi vendida por míseros 50 mil reais. Só no 1º trimestre de 2019, a equatorial - empresa que adquiriu a estatal - teve 213 milhões de lucro; uma diferença absurda! Tudo isso conseguido a partir da demissão de mais de 500 trabalhadores, só no estado de AL EM 2018, da redução de direitos trabalhistas e do aumento da tarifa da energia elétrica para o consumidor comum desde então.
É importante ressaltar que o caso da CEAL não está isolado do todo e para exemplificar não é necessário muito esforço. Um dos nossos maiores patrimônios nacionais, a Petrobrás, está sendo esquartejada para facilitar sua venda. Estão reduzindo nossa produção de derivados de petróleo e cada vez mais importando do exterior, o que afeta diretamente o preço de todos os produtos. Seja pelo valor extra da importação, seja pelas alterações de preço do mercado internacional e do valor do dólar, qualquer produto do “mercadinho da esquina” precisa ser transportado para chegar lá, por isso o aumento do preço dos derivados do petróleo influi diretamente no preço da cesta básica e de outros produtos essenciais.
Esse cenário aponta para uma piora das condições de vida dos trabalhadores, no estado de Alagoas e no país inteiro. Com a privatização, o preço dos serviços prestados aumentam e o impacto no bolso da população é gigantesco; o aumento dos número de desempregados pressiona os salários dos que ainda o tem para baixo. E a consequência lógica é a redução do poder de compra dos mais pobres, piora do quadro da fome e uma crise social ainda maior do que a que vivemos. Tudo isso em favor do enriquecimento de uma minoria de banqueiros e empresários que controla os aparelhos de Estado e os grandes meios de comunicação.
Só a força da classe trabalhadora e do povo oprimido, organizados em conselhos/comitês de luta nos bairros e nos locais de trabalho, é capaz de barrar essa ofensiva e instituir um governo popular que atenda aos seus interesses. É preciso impulsionar a organização popular, sob a bandeira do "Fora Bolsonaro e todos os golpistas!", pois essa é a única palavra de ordem que aponta quem é o inimigo político e unifica os diversos setores em luta em torno de um objetivo comum.
Fora Bolsonaro e todos os golpistas!
Abaixo a frente ampla! Por uma frente popular, de esquerda!
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

