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Paulo Moreira Leite

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Mais Médicos dá aula de História ao bolsonarismo

"Quando o país se prepara para enfrentar o novo coronavírus, o Ministério da Saúde pede auxílio ao Mais Médicos, herança de Dilma que Bolsonaro fez o possível para destruir", escreve Paulo Moreira Leite, do Jornalistas pela Democracia

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Por Paulo Moreira Leite, do Jornalistas pela Democracia

Tratado a cusparadas pelas entidades corporativas da medicina privada, sabotado de forma  arrogante por Jair Bolsonaro, o programa Mais Médicos está de volta como uma chance do país impedir que o Coniv-19 se transforme numa catástrofe medieval.

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Sete meses depois que o governo desativou o Mais Médicos, anunciando que iria substituí-lo por um programa com outro nome que até hoje não saiu do papel, o Ministério da Saúde anunciou uma virada de 180 grau. 

Reabriu do projeto lançado por Dilma em 2013 e anuncia para breve a convocação de novos profissionais, que serão destinados a participar do atendimento em grandes cidades, onde o Coniv-19 tem potencial para atingir um maior número de pessoas.

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"Bolsonaro deve desculpas ao povo brasileiro," afirma o deputado Alexandre Padilha (PT-SP) que, como ministro da Saúde, estava ao lado de Dilma Rousseff no lançamento do programa. "Por briga ideológica, deixou a população sem  seus médicos e agora tenta voltar atrás".

Numa resposta ao Brasil que em 2013 foi às ruas para pedir, entre outras coisas, Medicina-padrão FIFA, o governo Dilma lançou um projeto de reestruturação da saúde pública brasileira. Baseado num sistema criado na Cuba de Fidel Castro, e que incluiu a participação de profissionais cubanos dispostos a ocupar vagas deixadas em aberto por médicos brasileiros e voluntários de outros países, o programa levou atenção básica a pontos remotos, garantindo assistência a 60 milhões de cidadãos.  

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A partir de 2019, quando tentou  transformar uma visível melhoria no tratamento da população em absurda  luta ideológica,  Bolsonaro retirou milhares de médicos do programa, prejudicando uma população carente de pelo menos 8 milhões de pessoas. As sequelas previsíveis da mudança foram o  aumento da dengue, uma elevação nos casos de pneumonia e na mortalidade infantil.

O Brasil já enfrentava esse retrocesso na saúde pública quando surgiram os casos de infecção e morte produzidas pelo Coniv-19 na China e, mais tarde, na Itália e outros países. 

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Não era nem um pouco difícil imaginar o que poderia ocorrer num país onde o governo, por iniciativa própria e interesses políticos imundos  decidira desmanchar o único programa capaz de atingir a população que reside na ponta mais miserável do país, onde médico só se vê em novela de TV.

Alguma dúvida? 

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