Manaus: Resultado do desgoverno. Não se negocia com a máfia, muito menos se faz parte
As ligações do executivo federal aparentemente segundo imensa parte da imprensa nacional, tem fortes ligações com determinados grupos mafiosos cariocas.
Durante a intervenção militar no Rio de Janeiro a vereadora Marielle Franco fiscalizava os militares, ou seja, era uma personagem incômoda para o Exército. Conforme evidências colhidas pela polícia carioca (Gaeco) ela foi assassinada pela milícia do Escritório do Crime de Rio das Pedras. A operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), mais conhecida por “intervenção militar”, teve no seu comando o General Braga Neto, atual ministro da defesa e durante toda a duração da GLO nem o General Braga Neto nem o secretário da segurança pública, outro general, não chegaram a “descobrir” os mandantes do assassinato de Marielle, em resumo o crime executado pelos milicianos parece que ficou restrito a queima de um arquivo e convenientemente não se foi mais a fundo nas conclusões da investigação.
A não descoberta dos mandantes, provavelmente porque esses eram muito próximos ao poder federal, ou talvez fazendo parte dele, foi conveniente para o interventor, para manter os cargos ministeriais, porém essa liberalidade de não chegar a raiz do problema junto com a atual “passada de pano” para o general Pazzuelo, lançou uma sinalização extremamente perigosa que talvez o primeiro reflexo seja a queima de ônibus, ambulâncias, agências bancárias, prédios públicos, caixas eletrônicas, automóveis de aplicativos e privados, ou seja, Manaus encontra-se fora de controle das chamadas “forças de segurança”.
O motivo de toda essa perda de controle segundo o testemunho de alguns criminosos, que pode ou não ser verdade, é a concorrência organizada pelo secretário de segurança pública Bonatio através de uma milícia baseada em alguns membros da Polícia Militar do Amazonas que assassinaram um dos líderes do Comando Vermelho em Manaus.
Mas se é o Comando Vermelho ou qualquer facção criminosa que está comandando a bagunça é um detalhe, o mais importante é a capacidade de algumas dezenas de indivíduos colocarem uma cidade como Manaus em quase em pane. O importante é saber por que essas criaturas conseguem com uma ação desorganizada simplesmente colocar em cheque todo o sistema de segurança de uma cidade com mais de um milhão de habitantes.
A falta de ação do governo federal, representado pelas forças armadas nem conseguem ou não querem achar os comandantes do assassinato de Marielle, passam pano para um general que contrariou o código militar e no topo disso tudo temos um presidente da República que aparentemente tem ligações, pelo menos de amizade, com uma organização criminosa, ou seja, está se rompendo a institucionalidade do país. Isso provém da negociação a parceria que altos cargos mantém com máfias brasileiras e como se sabe para se perder o controle da segurança pública jamais se deve negociar com máfias.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

