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Ricardo Flaitt

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Manifestação aprofundará crise de governabilidade

A estrutura política brasileira é alicerçada no Executivo, no Legislativo e no Judiciário. A governabilidade depende da harmonia dessa tríade fundamental para o Estado Democrático. Com apenas cinco meses de mandato, o governo Bolsonaro convive agora com a inversão da popularidade, como demonstrou pesquisa encomendada pelo mercado financeiro.

Manifestação aprofundará crise de governabilidade (Foto: Agência Brasil)
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A estrutura política brasileira é alicerçada no Executivo, no Legislativo e no Judiciário. A governabilidade depende da harmonia dessa tríade fundamental para o Estado Democrático. 

Com apenas cinco meses de mandato, o governo Bolsonaro convive agora com a inversão da popularidade, como demonstrou pesquisa encomendada pelo mercado financeiro.

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Divulgada no site Poder 360, “Pesquisa Ipesp encomendada pela XP Investimentos mostra que a avaliação negativa (ruim e péssimo) do governo Jair Bolsonaro chegou a 36%, alta de 5 pontos percentuais em comparação com o resultado do último levantamento, na 1ª Semana de maio. Já o nível de aprovação (ótimo ou bom) oscilou 1 ponto percentual e ficou em 34%.”

Em queda na popularidade, cada vez mais isolado em Brasília, rachas no partido e partidos antagônicos agrupando-se e lançando manifestos pró-direitos, eis que surgem as manifestações “governamentais”, no sentido de demonstrar força e, consequentemente, tentar pressionar Congresso e Judiciário, colocando-os como grandes entraves para o desenvolvimento da nação. Um grande tiro no escuro, pois o “emparedamento” ampliará a crise por governabilidade, que depende da simbiose entre os três poderes.

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Vale ressaltar que o Congresso Nacional, na prática, já segue atuando em um “parlamentarismo branco”, a exemplo da formatação de um novo projeto de Reforma da Previdência, completamente diferente da proposta apresentada pelo governo.

Na relação também tensa entre governo e judiciário, o STF acaba de aprovar que a homofobia (um dos principais traços explicitados durante a campanha de Bolsonaro) agora é crime. Um recado ao Executivo.

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Evidente que manifestações populares têm peso na sociedade, mas quando elas possuem reinvindicações por direitos sociais e realizadas pela oposição. Manifestações de situação são esvaziadas de sentido, enfraquecem quem está no poder ou ocultam projetos de ruptura na estrutura.

Mesmo que os atos levem milhares ou milhões às ruas, há que se compreender que as decisões se resolvem no tabuleiro político, em Brasília, compreendendo também Congresso e Judiciário, quem de fato determinam os movimentos das peças.

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É fato histórico que o povo nas ruas tem uma participação limitada no sistema e esses atos só ganham sentido se a intenção é criar um caminho para, futuramente, implodir dois pilares (Legislativo e Judiciário) do regime democrático. Eis o grande ponto obscuro, que só ganharão luz com os movimentos governamentais posteriores às manifestações. Em síntese: aonde se quer chegar colocando o Congresso Nacional e o Judiciário em uma bandeja para as massas?

O momento histórico, que pode parecer simples demonstração de força da situação, também pode ser limiar entre democracia e autoritarismo. 

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