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José Reinaldo Carvalho

Jornalista, editor internacional do Brasil 247 e da página Resistência: http://www.resistencia.cc

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Manobras militares na Europa ameaçam a paz mundial

"A guerra começa aqui e aqui a paramos", é o lema dos manifestantes. Uma singela demonstração, que se soma a outras que têm ocorrido em países europeus, contra a gigantesca mobilização de tropas e armamentos levada a efeito pela Otan

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Manifestantes antimilitaristas espanhóis bloquearam no último sábado (17) no porto de Sagunto, Valência, a saída de tanques de guerra no momento em que se iniciava o seu deslocamento no quadro das manobras militares da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) designadas como "Trident Juncture 2015".

Por meio de nota, a organização Antimilitaristas, afirma que o povo não pode permanecer indiferente a tais manobras e tem o dever de interromper o fluxo de armamentos no território espanhol.

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"A guerra começa aqui e aqui a paramos", é o lema dos manifestantes. Uma singela demonstração, que se soma a outras que têm ocorrido em países europeus, contra a gigantesca mobilização de tropas e armamentos levada a efeito pela Otan.

Os exercícios Trident Juncture 2015 mobilizam 36 mil soldados, mais de 230 unidades terrestres, aéreas e navais e forças de operação especial de mais de 30 países membros da Aliança e parceiros, mais de 60 embarcações e 140 aviões de guerra, além de outros artefatos da indústria militar de 15 países para avaliar de quais armas necessita a Otan no processo de "renovação" que vem desenvolvendo. Um dos objetivos das atuais manobras é testar a Força de Resposta Rápida da Aliança Atlântica.

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As manobras se iniciaram no final de setembro e durarão até 6 de novembro. Na próxima semana, desenvolver-se-á sua segunda etapa, com fogo real, em Portugal, Espanha e Itália.

O objetivo proclamado da Aliança Atlântica ao consolidar a Força de Resposta Rápida é estender cada vez mais a sua área de influência e intervenção, da Europa à África e à Ásia, com perspectiva global. A Força de Resposta Rápida tem 40 mil efetivos e inclui a chamada "Força de ponta", com altíssima prontidão operativa. Segundo comunicado, a Trident Juncture 2015 mostra "o novo e maior nível de ambição da Otan para conduzir a guerra moderna conjunta", provando ser "uma Aliança com funções de liderança".

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A organização tem 28 Estados membros da América do Norte e da Europa. Outros 22 países estão engajados no chamado Conselho de Parceria Euro-Atlântico. Ao seu lado, outros 19 países estão ligados à Otan através de programas como o "Diálogo do Mediterrâneo", a "Iniciativa de Cooperação de Istambul" ou a "Parceria para a Paz".

Desde 1991, a Otan expandiu o quadro de membros e o teatro de operações, o que por si só revela o seu objetivo fundamental: ser uma ferramenta primordial na dominação imperialista ocidental sobre o planeta.

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A Otan é uma inimiga da paz, está comprometida com as doutrinas do primeiro ataque e dos ataques preventivos. Como uma aliança militar ofensiva, está sempre pronta para intervir antes mesmo de a diplomacia ser acionada, caso seja de interesse das grandes potências que a comandam. A expansão e as intervenções da Otan são diretamente responsáveis pela desestabilização, pelas turbulências, pela violência e pela guerra.

No ano passado, o Conselho Mundial da Paz, liderado pela ex-deputada federal brasileira Socorro Gomes, lançou um apelo assinalando enfaticamente que a "Otan é uma inimiga da paz e dos povos". A Aliança Atlântica intervém em várias partes do globo, como fez na antiga Iugoslávia, no Afeganistão, na Líbia e no Iraque. E se adestra para agir no mesmo sentido na Ucrânia e na Síria. Em suas intervenções, a Otan usa armas tóxicas que contêm urânio empobrecido ou fósforo branco e considera as armas nucleares parte fundamental da sua estratégia de defesa.

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A última cúpula da Otan realizada no País de Gales, em setembro do ano passado, desenvolveu ainda mais as decisões da Cúpula de Lisboa (2010), quando a Aliança Atlântica formalizou seu novo conceito estratégico. A perspectiva é reforçar o caráter militarista e agressivo da organização, como instrumento das potências estadunidense e europeias para intervir militarmente onde requeiram suas necessidades de saquear as riquezas dos povos e estabelecer esferas de influência.

Os brasileiros e latino-americanos não devemos ser indiferentes à existência desta gigantesca máquina de guerra. São explícitas as ambições da Aliança em face do Atlântico Sul e não faltam por aqui lideranças subservientes que se dispõem a fazer seu jogo. Nos anos 1990, o então presidente argentino Carlos Menem, proclamou "relações carnais" com os Estados Unidos e pediu o ingresso do país na Otan como "membro associado".

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Lutar pela dissolução da Otan é, assim, um dever internacionalista coincidente com os interesses nacionais. Esta luta faz parte das plataformas de mobilização dos povos e das organizações sociais e políticas que defendem a paz, a justiça social e o progresso.

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