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Nêggo Tom

Cantor e compositor.

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Marcão do Povo e o nazismo como política de saúde pública

Alguns apresentadores funcionam como garotos de recado de seus patrões, e dos “patrões” destes. Marcão se encaixa nesse perfil. Logo ele, que apresenta um matutino escatológico chamado “Primeiro Impacto”, cujas matérias são quase sempre pontuadas com sangue e a vibe da atração remete os telespectadores, a uma espécie de “fim do mundo” nosso de cada dia

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A pandemia provocada pelo Covid-19, está encorajando algumas pessoas a mostrarem o que têm de pior, como solução para os problemas da sociedade neste momento. Já tivemos alguns “briefings” passados por gente fina, elegante e muito sincera, como Roberto Justus e o dono do Madero, que nos deu a exata noção do valor que a vida dos outros tem para eles.

Seguindo na mesma linha de raciocínio, o apresentador do SBT, Marcão do Povo, sugeriu a construção de um campo de concentração controlado por militares das três forças armadas, para isolar e tratar os infectados pelo vírus. A brilhante ideia, segundo ele, teria como objetivo desafogar as grandes cidades, impedir que o governo federal destine dinheiro desnecessariamente para os estados e restabelecer a normalidade na vida das pessoas, que poderiam voltar ao trabalho normalmente.

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Já estaria num nível hard de leviandade, se parasse por aí. Só que não parou. Continuando a sua explanação, ele pediu ao presidente Jair Bolsonaro que baixe um decreto instituindo esse tipo de isolamento para os infectados, sob pena de prisão por parte do Exército, para os Governadores que não acatassem a determinação. Não é difícil deduzir, que a punição deve ser estendida aos cidadãos infectados, que recusassem a internação na rede “Auschwitz” de saúde pública.

Vejo que, não por acaso, o jornalista em questão foi contratado por S.S – com o perdão do trocadilho anti semita, que as iniciais do nome do dono do baú possa sugerir – após ter chamado a Cantora Ludmilla de “macaca”. Mas, cada fascista no seu galho. A emissora é dele, e ele contrata quem ele quiser. O problema é que entre a sugestão de Marcão do Povo, e a política nazista de dizimação de Judeus imposta por Hitler, há uma linha bem tênue.

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Não era apenas uma piada, quando se fazia comparações entre o atual governo e seus apoiadores, com seres reencarnados oriundos das mais profundas trevas medievais. Os seus pensamentos estão alinhados com o que há de mais retrógrado, e seus projetos com o que já houve de mais cruel na história da humanidade. Tais inspirações só podem vir do umbral. Óbvio, que Marcão fala em nome de alguém. Não que ele também não seja um obsidiado pelo fascismo. Seu gracejo racista contra Ludmilla, diz muito a respeito.

Porém, alguns apresentadores funcionam como garotos de recado de seus patrões, e dos “patrões” destes. Marcão se encaixa nesse perfil. Outro dia, chegou a repudiar o pânico que estava sendo causado na população, por conta das previsões sempre alarmistas e negativas, expostas pelos noticiários. Logo ele, que apresenta um matutino escatológico chamado “Primeiro Impacto”, cujas matérias são quase sempre pontuadas com sangue e a vibe da atração remete os telespectadores, a uma espécie de “fim do mundo” nosso de cada dia.

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Em seu rompante de eugenia, o apresentador bolsonarista me fez lembrar de uma música de Jackson do Pandeiro, cujo refrão diz: “O diabo quando não vem, manda um secretário”. Nesse caso, eu diria que, quando o rei da cloroquina não fala besteira, um súdito fala por ele. E, contrariando o que diz a Bíblia, tem servo que consegue ser maior do que o seu Senhor. Pelo menos, no quesito ideias absurdas, Marcão conseguiu superar o ocupante da cadeira de presidente da república. Um feito, que não deveria servir de orgulho para ninguém.

Ao que tudo indica, essa gente tem a intenção de reeditar a história, em seus momentos mais abomináveis. Na visão deles, o povo deve carregar o seu “Madero” de cada dia nas costas, pois, apenas os “Justus” herdarão a terra. É um “Hang” Bang declarado, que, “Macedo” ou mais tarde, quer espalhar milhões de anti corpos pelo chão. Se não tem pão, que tomem cloroquina. Ou então, que queimem na fogueira da santa aquisição do capital. O meu acima de tudo. A morte acima de todos.

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