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Valéria Guerra Reiter

Escritora, historiadora, atriz, diretora teatral, professora e colunista

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Melões, motéis e falcatruas

"O parlamento é um útero que gera "alguns" descendentes de espanhóis, portugueses, franceses (especialmente),que criam leis fascistas e racistas que colocam o povo à mercê de uma eterna e sombria falta de mobilidade social"

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O Brasil já foi Ilha de Vera Cruz e Terra de Santa Cruz. Foram feitos inúmeros tratados, que "rachavam" o continental e rico território, entre diversos colonizadores sedentos de domínio: Tratado de Tordesilhas, Tratado de Madri e outros.  A prática da colonização se tornou febre durante o mercantilismo, forma de capitalismo, que queria acumular ouro e terras.

Aventurar em um mar tenebroso valia cada alma perdida, e por certo as rotas já haviam sido experimentadas antes de alguns “descobrimentos”. Vasco da Gama, Américo Vespúcio, Pedro Álvares Cabral e muitos naturalistas aventureiros serviam muito bem às suas Coroas/metrópoles na “sagrada e profana” saga de invadir e espoliar territórios com cheiro de prosperidade, em um projeto pessoal de poder.

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Querendo ou não descendemos deles, de geração em geração nasceram brasileiros sedentos de posse e domínio. O parlamento é um útero que gera "alguns" descendentes de espanhóis, portugueses, franceses (especialmente),que criam leis fascistas e racistas que colocam o povo à mercê de uma eterna e sombria falta de mobilidade social. Vide o PL 5595/20 , que enseja tornar "a maltratada  Educação" em serviço “essencial”, justamente em meio a esta cruel pandemia. É mais ou menos como “chutar cachorro morto”.

Através dos séculos, o povo aqui gestado foi sendo vítima do assalto de seus valores culturais, e sob a cruz e o chicote da catequese está abarrotando a base alargada da pirâmide que hoje contém 15 milhões de famintos...ao lado de 12 milhões de analfabetos. Aproximadamente 30 milhões de brasileiros gemem e choram suas desditas sussurrando: “Deus está no controle”, a maioria nasce e morre sem saber quem foram os jesuítas, e quem foi o Marquês de Pombal...

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O último foi designado pela Metrópole portuguesa para assumir (entre outros comandos)  a pasta da Educação à época. E este senhor dominava de longe a colônia brasileira. Ele empreendeu desigualdade educacional para todos. O déspota esclarecido foi de (1750 a 1777), o braço direito de Portugal, e empreendeu aqui inúmeras reformas; e nenhuma delas incluía a ascensão dos coloniais, não muito diferente do planejamento dos contrareformadores jesuítas.

Ele expulsou os jesuítas, nossos seculares professores/castradores e tinha carta branca do rei D. José l; como ministro, porém passou um pouco do limite quando ordenou mortes de integrantes de famílias nobres portuguesas, e foi parado pela rainha Maria I.

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À guisa de tais histórias que remontam há quase três séculos, verificamos que a situação se perpetua nos dias atuais veja:

 "Cascavel'' era descrito por colunas sociais de Roraima como um dos empreendedores mais promissores da região Norte – ele nasceu em Capanema, no interior do Paraná, mas se estabeleceu na região da Amazônia como assessor da diretoria da empresa de ônibus União Cascavel (daí o apelido). A partir daí, ascendeu na carreira como empresário e político simultaneamente – foi  proprietário de fazendas, empresa de polpa de frutas e alimentação, franquias em shoppings em Boa Vista e Manaus e dois motéis. No campo político, elegeu-se prefeito de Mucajaí (RR) aos 24 anos, depois deputado estadual, chegando ao posto de presidente da Assembleia de Legislativa de Roraima, vice-governador e, por último, deputado federal.”

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   O fragmento supracitado advindo de fonte pública jornalística demonstra que o povo admoestado por séculos de infectada subalternidade precisou assistir à morte de quase 600 mil compatriotas  (por suposta negligência) serem investigadas por uma Comissão instituída por iniciativa senatorial para trazer à tona o charco da política partidária no Brasil.

Agora, a nós historiadores cabe a missão de jogar luzes sobre os fatos para ordená-los prodigiosamente, a fim de historicizar a origem de tanta desigualdade e abuso, ao longo do (ainda em curso) plano colonial sem fim.

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Qual a diferença entre Ignácio de Bulhões e o ex-assessor do ministério da Saúde, o senhor Airton Cascavel?

Ambos receberam concessões senhoriais. Só que o primeiro ganhou a sesmaria norte, hoje o conhecido bairro "Campo" na ilha de Paquetá (metade das terras) ofertadas por Estácio de Sá (seu companheiro de viagem), em 1565.  E o outro recebeu um alto cargo de confiança para gerir a saúde, em meio a uma das pandemias mais graves do planeta, em 2021,  no século pós-moderno XXI. Infelizmente, não há nada de novo no front.

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